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O que é histerossonografia e como é realizada?

por Dr. Augusto Bussab



"A saúde reprodutiva da mulher conta, atualmente, com uma grande diversidade de exames e procedimentos, que permitem a identificação de doenças de forma cada vez mais precoce e, com isso, ampliam as possibilidades de tratamento bem-sucedido e cura. Os exames clínicos, laboratoriais e de imagem são ferramentas […]"
O que é histerossonografia e como é realizada?

A saúde reprodutiva da mulher conta, atualmente, com uma grande diversidade de exames e procedimentos, que permitem a identificação de doenças de forma cada vez mais precoce e, com isso, ampliam as possibilidades de tratamento bem-sucedido e cura.

Os exames clínicos, laboratoriais e de imagem são ferramentas fundamentais para a realização de diagnósticos acurados, já que fornecem dados sobre o monitoramento de processos e a avaliação da integridade dos órgãos e estruturas reprodutivas das mulheres e, portanto, sobre sua saúde reprodutiva.

Entre eles, os exames de imagem têm um papel importante, pois permitem a visualização das diversas estruturas do sistema reprodutivo feminino em pleno funcionamento, permitindo a identificação precisa das alterações que causaram determinadas doenças e condições.

A ultrassonografia pélvica é um dos exames de imagem mais conhecidos das mulheres que frequentam regularmente o ginecologista e cuidam de sua saúde reprodutiva, tanto em sua modalidade suprapúbica, quanto na transvaginal.

A partir da tecnologia ultrassonográfica, outros exames cada vez mais precisos foram desenvolvidos, incluindo o ultrassom com Doppler, que permite a observação do fluxo sanguíneo local, e a histerossonografia, indicada para avaliação morfológica do útero e das tubas.

Atualmente a histerossonografia é considerada um exame de excelência para a identificação de doenças como miomas, pólipos e endometriose, entre outras enfermidades que levam à infertilidade feminina, especialmente em função de sua alta eficácia e baixo custo, sendo um exame também simples e com poucas contraindicações.

Leia o texto a seguir e entenda melhor o que é e como é realizada a histerossonografia.

O que é a histerossonografia?

A histerossonografia é um exame de ultrassom que busca obter imagens do útero, cavidade uterina e parte das tubas, para a investigação de malformações anatômicas e a presença de massas tumorais aderidas a essas estruturas.

Estudos mostram que as aplicações pioneiras da ultrassonografia na investigação morfológica do útero datam da década de 1960, porém, os principais aprimoramentos dessas técnicas ocorreram somente no final da década de 1980, com o surgimento dos transdutores transvaginais.

A partir deles, foram propostas técnicas complementares ao ultrassom transvaginal, como a inserção de substâncias inertes no interior da cavidade uterina durante a execução do exame, com o propósito de melhorar a definição das imagens obtidas, sem interagir com a superfície da cavidade uterina. Esta técnica foi denominada histerossonografia.

A histerossonografia é realizada com um transdutor transvaginal associado a um pequeno cateter, que injeta uma solução salina no interior da cavidade uterina, preenchendo-a até que se distenda (aumente de volume).

Isso faz com que o útero aumentado exponha um nível maior de detalhes sobre sua anatomia e a composição do endométrio, camada que reveste internamente a cavidade uterina, permitindo a obtenção de imagens que forneçam dados mais precisos.

A histerossonografia é um exame de alta precisão, com taxas de sensibilidade e especificidade próximas a 100%, quando comparadas às demais modalidades da ultrassonografia ginecológica.

Quando a histerossonografia pode ser solicitada?

A histerossonografia não é considerada um exame de rotina das consultas ginecológicas que a mulher deve fazer regularmente para o monitoramento de sua saúde reprodutiva, porém é um exame muito comum no processo de investigação da infertilidade.

Entre as principais doenças que a histerossonografia pode diagnosticar, destacamos:

A histerossonografia também é indicada para avaliação da cavidade uterina das mulheres com SUA (sangramento uterino anormal) antes e depois da menopausa, infertilidade e aborto de repetição, além dos casos em que os resultados de outros exames não foram conclusivos.

As contraindicações deste exame são poucas, mas incluem a presença de gravidez e de infecções ativas nas estruturas do sistema reprodutivo feminino, que podem ser agravadas pelo procedimento.

Como é feita a histerossonografia?

A histerossonografia é um exame simples, que pode ser realizado na própria clínica e não demanda anestesia, ainda que analgésicos possam auxiliar no controle de possíveis cólicas ou sensações de incômodo decorrentes da distensão do útero.

A mulher deve ficar em posição ginecológica, como no exame rotineiro de ultrassom transvaginal, enquanto o médico introduz uma cânula no interior do útero pelo canal vaginal. A cânula está acoplada ao transdutor transvaginal e também a uma espécie de balão, que bloqueia o colo do útero, impedindo que o líquido saia.

O exame dura em média 30 minutos e logo após a sua realização a mulher já pode retomar sua rotina normalmente. Em alguns casos, há uma continuidade da sensação de cólica e desconforto pélvico por algumas horas após a conclusão do exame, que podem ser solucionados por analgésicos.

A histerossonografia pode diagnosticar a infertilidade feminina?

A histerossonografia é um exame comum nos processos de investigação da saúde reprodutiva da mulher, tanto nos casos de infertilidade por aborto de repetição e por falhas na receptividade endometrial, causados por danos uterinos, quanto por impossibilidade da fecundação, decorrente de danos tubários.

No entanto, mesmo para esses casos, a medicina reprodutiva pode oferecer saídas interessantes para quem deseja engravidar.

Atualmente, entre as principais técnicas de reprodução assistida, a FIV (fertilização in vitro) é uma das mais bem-sucedidas, podendo ser indicada para a maior parte dos casos de infertilidade, incluindo aqueles provocados por dano tubário ou uterino.

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