A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar.
Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de saúde, textos que abordam o tema e nas técnicas de reprodução assistida, que auxiliam a gravidez quando há dificuldades reprodutivas.
Gônadas são as glândulas sexuais de mulheres e homens, responsáveis pela produção dos principais hormônios e das células sexuais, óvulos e espermatozoides, os gametas, que carregam os genes.
Embrião, por sua vez, é o estágio de desenvolvimento inicial do futuro ser humano. É gerado pela fusão dos gametas e passa por diferentes estágios de desenvolvimento, importantes igualmente na gestação espontânea e na obtida com auxÃlio da reprodução assistida.
Mostramos, neste texto, o que é mórula, embrião e blastocisto e qual é relação entre eles. Continue a leitura até o final e confira!
Fecundação e embrião
Embora a gravidez dependa do funcionamento adequado dos órgãos reprodutores de mulheres e homens, é no organismo feminino que as principais etapas acontecem.
Durante o ciclo menstrual, vários folÃculos, estruturas que contêm o óvulo imaturo armazenadas nos ovários desde o nascimento, são recrutados e crescem, um deles se destaca, amadurece e rompe liberando seu óvulo na ovulação.
O óvulo liberado é captado pelas tubas uterinas, órgãos em a fecundação acontece, que fazem a ligação entre os ovários e o útero, e fica disponÃvel por 24 horas. Quando o homem ejacula os espermatozoides viajam pela extremidade das tubas conectada ao útero e embora milhares sejam liberados na ejaculação, apenas os mais capacitados chegam à s tubas e somente um alcança o óvulo para fecundá-lo.
Fecundação é o evento em que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, camada de glicoproteÃnas que protege o óvulo, e o penetra, resultando na fusão dos pronúcleos com as informações genéticas dos pais que vão ser transmitidas aos filhos, gerando a primeira célula do embrião, denominada zigoto, que sofre sucessivas divisões celulares ainda nas tubas uterinas enquanto é transportado ao útero, que identificam seus diferentes estágios de desenvolvimento.
Mórula
As divisões celulares iniciais são conhecidas como clivagem. Nas primeiras 24h o zigoto se divide em duas células filhas, os blastômeros, que têm a metade do seu tamanho. Em aproximadamente 40h ocorre a segunda divisão, quando ambas se dividem simultaneamente em quatro células.
Na terceira e quarta divisões, que também ocorrem simultaneamente cerca de 4 dias depois da fecundação, um aglomerado de células com 16 blastômeros é criado, formando a mórula, um maciço celular em que todas as células são compactadas, embora ainda sejam indiferenciadas. A compactação celular é, inclusive, uma das caracterÃsticas da mórula, um dos estágios que identificam o desenvolvimento do embrião.
Após a compactação, as células começam a se dividir mais rapidamente e a se diferenciar no grupo celular externo, conhecido como trofoblasto, que vai formar a placenta e os anexos embrionários, e, internas, embrioblasto, que vai formar o embrião propriamente dito e seus sistemas orgânicos. O embrião chega ao útero ainda na fase de mórula.
Blastocisto e nidação
Entre o quinto e sexto dia de desenvolvimento, passa a ser denominado blastocisto, estágio de desenvolvimento em que já possui centenas de células diferenciadas, quando se fixa no endométrio, tecido epitelial altamente vascularizado que reveste o útero internamente, para dar inÃcio à gestação.
Nesse processo, conhecido como implantação ou nidação, o blastocisto deve romper a zona pelúcida que permanece protegendo-o nos primeiros dias, o que é chamado de eclosão. Após eclodir, o inicia a interação com o endométrio e se implanta.
Para a nidação ser bem-sucedida, o endométrio é devidamente preparado por hormônios durante o ciclo menstrual, tornando-se mais espesso e vascularizado, caracterÃstica que vai permitir a troca de nutrientes com a mãe até que a placenta esteja estabelecida.
No final da oitava semana de gestação o embrião passa a se denominado feto, denominação que rebe até o nascimento, e já começa a ter uma aparência mais humana. A gravidez dura entre 37 e 42 semanas, calculadas a partir do primeiro dia da última menstruação.
Nas técnicas de reprodução assistida baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), a fecundação acontece como na gestação natural, nas tubas uterinas, assim, a formação do embrião, mórula e blastocisto também acontecem naturalmente.
Na fertilização in vitro (FIV), por outro lado, técnica de alta complexidade, a fecundação e o desenvolvimento do embrião são etapas realizadas em laboratório, de forma controlada. Posteriormente, eles são transferidos diretamente ao útero materno.
Depois de formados os embriões são acomodados em incubadoras, em meio de cultura que simulam o ambiente natural e podem se desenvolver até o blastocisto. Todo o processo é acompanhado diariamente por um embriologista, que os observa das divisões celulares iniciais e formação do maciço celular caracterÃstico da mórula até que atinja a fase de blastocisto.
Na FIV, a transferência pode ser feita em dois estágios de desenvolvimento, clivagem, no inÃcio das divisões células e no blastocisto. O mais adequado em cada caso é indicado pelo embriologista.
Siga o link e conheça a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), um método de fecundação incorporado à FIV na década de 1990, que aumentou ainda mais os percentuais de sucesso gestacional proporcionados pela técnica.
A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]
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