O que é nidação e qual sua relação com a fertilidade?

Seja pelo método natural, seja por tratamento de reprodução assistida, como inseminação artificial (IA) ou fertilização in vitro (FIV), a chegada de um bebê sempre gera expectativa nos futuros pais.

No entanto, com essa expectativa surgem também as dúvidas, como, por exemplo: existe algum sinal que confirme a gravidez? O sangramento da menstruação é um indício de que a mulher não está grávida? Essa última dúvida, inclusive, tem relação com o tema deste post: a nidação.

Se você deseja saber mais sobre esse assunto, continue lendo esse artigo!

O que é nidação?

A nidação é uma etapa importante dentro do processo de gravidez. Problemas nessa fase podem levar a mulher à infertilidade, que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma doença do sistema reprodutor que se caracteriza pela falha em conseguir uma concepção após 12 meses ou mais de tentativas regulares sem uso de contraceptivos.

A nidação é uma das fases do processo de gravidez que apresenta grande relevância, uma vez que ela representa o momento em que o embrião, já na etapa de blastocisto, cerca de cinco dias após a concepção nas tubas uterinas, se fixa na parede do endométrio.

A nidação é, portanto, o momento que indica o início de uma gravidez, em que o óvulo fecundado consegue se fixar na parede uterina. Essa etapa precisa ocorrer para que a gestação evolua normalmente.

Além disso, é nessa etapa que tem início a formação de estruturas embrionárias importantes para o bom desenvolvimento do feto ao longo do período gestacional, como a placenta, o saco amniótico e o cordão umbilical.

A nidação pode gerar um pequeno sangramento, que não deve ser visto como um mau sinal, pelo contrário. Esse processo pode representar que a gravidez teve início, mas uma parcela pequena das mulheres manifesta esse sintoma.

Quando a nidação acontece dentro do processo de gravidez?

Para entender melhor quando a nidação ocorre, é importante conhecer o processo que acontece antes mesmo de essa fase se iniciar.

Assim que o óvulo é fecundado, gerando o zigoto, ele se desloca através das tubas uterinas e chega ao útero. Esse trajeto pode demorar de 4 a 6 dias. Durante esse tempo, o zigoto sofre divisões celulares que o fazem aumentar de tamanho e se tornar um embrião, que, antes de alcançar a cavidade uterina, atinge a fase de blastocisto e se fixa na parede do útero, o endométrio, caracterizando a nidação e o início da gravidez.

Nesse momento, o organismo passa a manifestar sinais de que algo diferente está ocorrendo, como pequenos sangramentos, desconforto na região pélvica e do baixo-ventre, cólicas semelhantes às dores sentidas na menstruação, elevação da temperatura, entre outros.

Mas é importante ressaltar que nem toda mulher apresenta esses sintomas da nidação e algumas mulheres podem sangrar durante a implantação do embrião no endométrio. Isso acaba fazendo que a maioria delas só perceba que está grávida quando a sua menstruação atrasa ou quando surge algum outro sinal característico de gravidez.

Como a nidação acontece no organismo

Chegando ao útero, o embrião se fixa em algum ponto do endométrio, a camada que reveste internamente o útero. Para que isso aconteça efetivamente, o útero deve estar preparado, receptivo à implantação do embrião.

Durante a implantação, o embrião libera substâncias que absorvem células endometriais para que ele possa se fixar. Dessa forma, ele se une ao endométrio, podendo causar pequeno sangramento.

O processo de nidação é influenciado por dois fatores essenciais, que é a qualidade do embrião (espermatozoide e óvulo) e a forma como ele é recebido pelo útero.

A qualidade embrionária influencia diretamente no processo de nidação. Ou seja, dependendo do tipo de problema que o embrião apresente, a nidação pode não ocorrer.

A forma como o embrião fecundado é recebido pelo útero também interfere no processo de nidação, pois, caso o endométrio não esteja preparado adequadamente para receber o embrião, devido a fatores como malformação, presença de cicatrizes que comprometem a cavidade uterina, pólipos endometriais, desequilíbrios hormonais, endometriose, entre outros fatores, a gestação pode não acontecer.

O corpo feminino naturalmente faz a preparação do endométrio com hormônios. Já em técnicas de reprodução assistida, a preparação é feita com medicamentos hormonais.

Qual a relação entre nidação e infertilidade?

Existem alguns fatores que podem influenciar no processo de nidação, gerando, inclusive, algumas complicações nessa etapa, o que pode impedir a gravidez.

Sangramentos intensos podem ocorrer e ser resultado, por exemplo, de problemas hormonais ou no endométrio, o que compromete a evolução da gravidez.

A deficiência de progesterona, deslocamento do endométrio e gestação tubária também são exemplos de complicações que podem prejudicar o processo de nidação.

Sendo assim, é extremamente importante tomar os cuidados necessários e fazer as avaliações adequadas para saber como anda a sua saúde reprodutiva, até mesmo para evitar que algum tipo de complicação ocorra e ponha em risco não só a sua gravidez, como também a sua possibilidade de ter filhos no futuro.

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