Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

Infertilidade sem Causa (ISCA)

por Dr. Augusto Bussab



"Para chegarmos a esse diagnóstico devemos excluir todas as possíveis causas de infertilidade que estão ao nosso alcance. Saber que todas as possibilidades foram excluídas é importante do ponto de vista médico e gera mais tranquilidade e segurança para os casais seguirem em frente. Apresentaremos […]"

Para chegarmos a esse diagnóstico devemos excluir todas as possíveis causas de infertilidade que estão ao nosso alcance. Saber que todas as possibilidades foram excluídas é importante do ponto de vista médico e gera mais tranquilidade e segurança para os casais seguirem em frente. Apresentaremos mais a frente quais os exames que consideramos importantes para essa avaliação;

O fato de não se encontrar uma causa clara não quer dizer que não se tenha nada: a maioria dos casais que são rotulados como infertilidade sem causa aparente na verdade apresentam vários fatores muito leves associados, que muitas vezes passaram despercebidos ou não foram valorizados, mas que somados impedem a gestação.

O que devemos ter para sermos considerados um casal com Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA)?

Ciclos menstruais regulares: mulheres com ciclos < 25 dias ou > 35 dias provavelmente tem problemas de ovulação;

Relações sexuais frequentes: sabemos que menos do que 2 relações sexuais por semana diminuem a chance de o casal conseguir a gestação. Pode não haver nenhum fator de infertilidade, apenas poucas relações;

Reserva de óvulos normal: algumas mulheres, mesmo que jovens, apresentam um envelhecimento precoce do ovário. Isso pode ocorrer de forma silenciosa, sem sintoma algum. Avaliar a reserva de óvulos através da contagem de folículos antrais no ultrassom e da dosagem de hormônio anti-mulleriano é essencial para descartar essa causa.

Útero normal: sabemos que alterações na cavidade endometrial (pólipos e sinéquias) e na parede do útero (adenomiose e alguns tipos de miomas) podem passar despercebidas ao ultrassom e serem responsáveis por quadros de infertilidade. Por isso, a realização de Histeroscopia e ressonância magnética de pelve pode ser de grande utilidade na avaliação da infertilidade sem causa aparente.

Tubas normais: com frequência, recebemos mulheres que dizem já ter investigado tudo e que não fizeram uma boa avaliação das trompas. Histerossalpingografias com boa qualidade é fundamental para a identificação de qualquer má formação nas trompas. Consultar um especialista que recomende um bom lugar para se fazer o exame é essencial.

Cabe lembrar que pela frequência do fator tubário, devemos sempre valorizar mesmo pequenas alterações que aparecem nos exames. Na suspeita diagnóstica, recomendamos a realização de testes complementares como pesquisa de DSTs (a principal causa de obstrução nas trompas) e videolaparoscopia, que permitirá diagnóstico e tratamento.

Não ter endometriose: percebemos que algumas mulheres que tem endometriose não tem qualquer sintoma. Por isso, é essencial, antes de rotulá-los como infertilidade sem causa aparente, procurar ativamente pela doença. Ressonância magnética de pelve e ultrassonografia pélvica com preparo intestinal são dois exames que com frequência pedimos com esse intuito. Casos suspeitos podem ser confirmados e tratados por videolaparoscopia.

Não ter alterações genéticas: cerca de 4% dos casais inférteis apresentam alterações genéticas que impedem a gestação ou levam a abortamentos de repetição. Portanto, ter cariótipo normal é essencial antes de rotularmos o casal como sem causa aparente. Testes mais avançados de compatibilidade genética e exoma podem ser indicados em alguns casos.

Qualidade seminal normal: quando é percebido uma alteração no espermograma normalmente o exame deve ser repetido para a confirmação do diagnóstico. Além disso, avaliações mais profundas poderão ser necessárias, como avaliação da fragmentação de DNA e testes de aneuploidias espermáticas (SAT ou FISH).

Outros exames poderão ser necessários, de acordo com a avaliação de cada casal pelo especialista. Individualizar é o melhor caminho para se chegar diagnóstico preciso.

Quais os tratamentos para os casais com Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA)?

Baixa complexidade

Relação sexual programada: Consiste em acompanhar o ciclo menstrual da mulher, natural ou com indutores da ovulação (aumentam as chances de gestação), e orientar o casal a ter relação no período mais fértil do mês. O momento ideal para a relação sexual programada pode ser indicado através de ultrassom seriado onde o especialista consegue acompanhar o desenvolvimento folicular e indicar o período com maiores chances de sucesso do casal.

Inseminação Intra Uterina (Inseminação Artificial): semelhante à relação sexual programada, porém no período fértil colhe-se uma amostra de sêmen que será preparada no laboratório. Deposita-se uma amostra selecionada do espermatozóide no interior do útero utilizando um fino e delicado cateter. Este procedimento é feito para se ter certeza de que os espermatozoides chegaram a seu lugar de destino. Sempre lembrando que este procedimento é indolor.

Alta complexidade

Fertilização in vitro (FIV): Na fertilização in vitro (FIV) colocamos os embriões já formados dentro do útero. Dessa forma, temos muito mais controle sobre as etapas do processo reprodutivo que possam eventualmente estar falhando nos casais com infertilidade sem causa aparente.

Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Próxima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...