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O que é eclosão do embrião?

por Dr. Augusto Bussab



"Alguns casais, diagnosticados com infertilidade conjugal, encontram dificuldades em engravidar devido a problemas relacionados à implantação embrionária, momento que marca o início da gravidez. Embora com a fecundação seja formada a primeira célula de um embrião, a gestação só começa alguns dias depois desse evento, […]"
O que é eclosão do embrião?

Alguns casais, diagnosticados com infertilidade conjugal, encontram dificuldades em engravidar devido a problemas relacionados à implantação embrionária, momento que marca o início da gravidez.

Embora com a fecundação seja formada a primeira célula de um embrião, a gestação só começa alguns dias depois desse evento, quando o embrião, já composto por um número maior de células, se fixa no endométrio após a eclosão da zona pelúcida.

A zona pelúcida é uma membrana resquicial do óvulo, importante para manter a integridade e proximidade das primeiras células embrionárias, formando uma unidade – o embrião – durante o seu trajeto das tubas uterinas, onde se forma, até o útero, onde acontece toda a gestação.

Problemas na fase de eclosão do embrião podem gerar quadros de infertilidade feminina, que se manifesta mais pela aparente dificuldade em engravidar, já que as perdas gestacionais, nesses casos, podem acontecer antes mesmo dos primeiros sinais da gravidez.

Quer entender melhor o que é a eclosão do embrião e sua importância para que a gestação tenha início? Então aproveite a leitura do texto a seguir!

Como o embrião se forma?

Quando um casal mantém relações sexuais sem o uso de preservativos de barreira e durante o período fértil da mulher, são grandes as chances de que o encontro dos gametas aconteça, num processo chamado fecundação.

Na fecundação, que acontece nas tubas uterinas, um único espermatozoide deve conseguir penetrar a zona pelúcida óvulo, e chegar ao meio intracelular.

A zona pelúcida é a camada mais externa do óvulo, cuja função é impedir a entrada de mais de uma célula reprodutiva masculina, garantindo que a primeira célula embrionária seja formada pela fusão de apenas dois pronúcleos.

O pronúcleo é uma estrutura das células reprodutivas que contém metade do material genético de um ser humano. Assim, a fusão dos pronúcleos de espermatozoide e óvulo, e o pareamento dos materiais genéticos de ambos, forma um conjunto completo: o código genético do embrião.

O segundo evento que marca o desenvolvimento embrionário é o início das clivagens, processo pelo qual a célula primordial do embrião se multiplica, formando progressivamente os primeiros conjuntos de células indiferenciadas, que o compõem.

O que é eclosão do embrião?

A mórula é a primeira fase do desenvolvimento embrionário, resultado das clivagens iniciais, e nela o embrião é semelhante a uma amora, com diversas células envoltas pela zona pelúcida, que ainda resta do oócito. Nessa etapa, o embrião ainda está em trânsito entre as tubas uterinas e o útero.

O momento de chegada ao endométrio, coincide com o início da diferenciação das células embrionárias em trofoblasto, camada mais externa, precursora da placenta, e embrioblasto, células que compõem o embrião propriamente dito. O espaço entre elas, no centro do embrião, é preenchido por o fluido que passa da cavidade uterina pelas fissuras na zona pelúcida, que já começa a eclodir num processo chamado hatching.

Aproximadamente, no final da primeira semana após a fecundação, quando o hatching já aconteceu, a camada mais externa das células embrionárias se torna mais invasiva, aderindo ao endométrio com a liberação de enzimas que fixam o embrião na cavidade uterina, evento chamado implantação embrionária.

Qual a importância para a gravidez?

A implantação embrionária é fundamental para que a gestação tenha início, marcando o começo da preparação para a formação dos anexos embrionários, como a placenta, cordão umbilical e líquido amniótico, além do desenvolvimento do embrião propriamente dito.

Para que a implantação ocorra é preciso que o embrião entre em contato direto com o endométrio, o que prescinde do rompimento da zona pelúcida embrionária, já que essa membrana contém o embrião em seu interior.

Por isso, o processo de eclosão embrionária, em que acontece o hatching ou rompimento da zona pelúcida, é fundamental para a gestação como um todo, marcando o seu início.

E se a eclosão do embrião não acontecer?

É comum, principalmente em mulheres com mais de 35 anos, que a zona pelúcida dos óvulos seja mais espessa, devido à proximidade da menopausa. Essa condição dificulta também a fecundação, mas mesmo quando esses óvulos são fecundados, o embrião herda a zona pelúcida mais espessa e pode encontrar dificuldades em rompê-la para realizar a implantação embrionária.

Nesses casos, o mais frequente é que o endométrio não consiga reconhecer o embrião e o concepto seja eliminado junto com esse tecido durante a menstruação, inclusive antes mesmo de a mulher tomar conhecimento da gestação, já que a implantação embrionária leva a um aumento na produção de hCG (gonadotrofina coriônica humana), identificada nos exames de gravidez positivos.

Reprodução assistida e hatching assistido

A reprodução assistida é indicada para o atendimento de diversas demandas reprodutivas, incluindo mulheres já próximas à menopausa, que encontram dificuldades para engravidar devido a problemas relacionados à implantação embrionária.

A técnica mais indicada para esses casos é a FIV (fertilização in vitro), por permitir a fecundação por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) e também possibilitar a seleção tanto de óvulos, como de embriões mais aptos à implantação embrionária, e também pela possibilidade de realizar o hatching assistido.

No hatching assistido, realizado no final da etapa de cultivo embrionário, uma pequena fissura é feita na zona pelúcida dos embriões que serão transferidos, para facilitar o processo de rompimento e fixação no endométrio após a transferência, melhorando as chances de que o ciclo de tratamento resulte em uma gestação.

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