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O que são sinequias uterinas?

por Dr. Augusto Bussab



"Saiba o que são as sinéquias uterinas e seus efeitos na fertilidade feminina"
O que são sinequias uterinas?

Sinequias uterinas são formações de tecido fibroso patológico semelhantes a cicatrizes. Podem prejudicar a fertilidade feminina, uma vez que existe a possibilidade de ocuparem parte do útero, dificultando a gestação.

Dessa forma, assim que sintomas dessa condição de saúde surgem, é importante que uma investigação médica seja iniciada.

No texto de hoje, falarei tudo sobre sinequias uterinas e seus riscos à fertilidade das mulheres.

Sinequias uterinas

Sinequias uterinas é o nome dado às aderências pélvicas que se formam no interior do útero, com uma aparência semelhante à de cicatrizes, podendo se manifestar em diferentes estágios.

São relativamente comuns em mulheres que sofreram algum tipo de trauma no interior uterino, como curetagem, aborto espontâneo ou precisaram passar pela remoção de pólipos uterinos ou miomas.

Por ser um problema que ocorre na camada muscular uterina, portadoras de endometriose também estão sujeitas ao surgimento de sinequias uterinas.

Pacientes que fizeram cesariana ou passaram por algum outro tipo de cirurgia intrauterina também podem desenvolver essa condição de saúde.

Diferentes estágios

As sinequias uterinas podem ser classificadas em diferentes estágios:

  • Leve;
  • Moderado;
  • Grave.

Quando consideradas leves, o tecido uterino apresenta pequenas quantidades de aderências.

No estágio moderado, as aderências contam com a presença de um tecido fibroso que reveste diferentes regiões do endométrio, podendo causar danos à cavidade uterina.

Por fim, no estágio grave, as sinequias uterinas se tornam um tecido denso, com potencial dano ao tecido uterino.

Mulheres com sinequias precisam fazer acompanhamento médico, pois existe o risco de infertilidade.

Relação com a síndrome de Asherman

Quando as aderências pélvicas ocorrem de maneira acentuada e densa, como é o caso das sinequias uterinas em estágio grave, o problema recebe a nomenclatura de síndrome de Asherman.

Sintomas

Uma dificuldade enfrentada pela mulher com sinequias uterinas é descobrir que é portadora da condição, uma vez que essa condição de saúde não apresenta nenhum tipo de sintoma.

É muito comum que mulheres descubram as sinequias uterinas durante uma consulta de rotina.

No entanto, em raras situações, existem alguns sintomas que podem indicar que há algo errado na saúde uterina. Os principais sinais de sinequias uterinas são:

  • Alterações do fluído menstrual;
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Ocorrência de abortos espontâneos;
  • Surgimento de problemas durante o processo gestacional.

É comum que, devido a alguns desses sintomas, a mulher busque por ajuda profissional e descubra que é portadora desse problema.

Caso a mulher descubra apenas durante a gravidez que possui sinequias uterinas, sua gestação passa a ser considerada de risco e necessita de cuidados especiais, para que problemas não ocorram durante o período gestacional restante.

Diagnóstico

O diagnóstico dessa condição de saúde só pode ser feito por meio de investigação da cavidade uterina. Quando em estágio graves, exames observacionais identificam facilmente esse problema.

Em estágios menos avançados, exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal e histeroscopia, podem ajudar no diagnóstico.

Tratamento

O tratamento das sinequias uterinas depende diretamente da gravidade do problema. Quanto mais superficial for o problema, mais simples será o tratamento e quanto mais profunda for a ocorrência das aderências, mais complexo será para tratá-las.

Por isso, o tratamento é dividido em dois tipos distintos: simples e complexo.

Tratamento simples

O tratamento simples é indicado para mulheres que apresentam aderências finas e geralmente é feito com a técnica de histeroscopia ambulatorial e na maioria das vezes apresenta bons resultados, diminuindo as sinequias ou até mesmo eliminando-as.

Tratamento complexo

Quando as aderências se mostram mais resistentes, faz-se necessário o tratamento complexo, que exige uma intervenção cirúrgica rápida e simples. Muitas vezes, mulheres submetidas a esse tipo de procedimento têm alta no mesmo dia.

Sinequias, gravidez e reprodução assistida

É grande o número de mulheres que nutrem o desejo da maternidade. Entretanto, essas aderências uterinas podem ser um obstáculo.

Na maioria das vezes, mulheres com anormalidades na anatomia do útero não conseguem engravidar. Quando conseguem, a gestação pode ser de risco.

No entanto, isso não quer dizer que uma mulher que tem sinequias uterinas e engravide vá sofrer aborto. Nem sempre.

Para mulheres que desejam ser mães e são portadoras desse tipo de aderência uterina, a reprodução assistida pode ser uma opção importante.

Como o óvulo é fecundando em ambiente controlado e os embriões formados são posicionados de maneira anatômica favorável dentro do útero, as chances de o procedimento dar certo são grandes. Por isso, a reprodução assistida é uma alternativa importante que deve ser buscada por mulheres que foram diagnosticadas com essa condição de saúde.

Caso você ainda tenha dúvidas sobre sinequias uterinas, basta deixar um comentário nesse post que seu questionamento será rapidamente respondido.


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Aleksandra Almeida da silva
2 de setembro de 2019 18:21

Tenho sindrome de asheman já fiz uma histeroscopia cirúrgica mais não adiantou tive um aborto espontâneo esse ano será que tem cura ou dependo do estágio não tem jeito.

Dr. Augusto Bussab
Reply to  Aleksandra Almeida da silva
4 de setembro de 2019 16:08

Olá Aleksandra, é difícil responder sem avaliarmos. Nos casos mais sérios pode ser que precisemos da ajuda de útero solidário.

Fernanda
17 de outubro de 2019 19:43

Fiz o exame de histerossalpingogragia e recebi a seguinte informação: cavidade uterina triangular, com falha de enchimento na porção ístmica no corno direito, e de topografia normal, ao método.

Isso dificulta que eu engravide?

Dr. Augusto Bussab
Reply to  Fernanda
12 de novembro de 2019 09:44

Olá Fernanda,
É importante analisar o raio-x, para caso necessário solicitar exames complementares, só o resultado não é o suficiente.

Jaqueline Paula Martins de Souza
29 de fevereiro de 2020 12:15

Tenho esse problema fiz uma histeroscopia mais não resolveu o médico disse que vai fazer a videlocopia aquele cirurgia a leise que chamamos será que vai resolver a minha e a grave

Dr. Augusto Bussab
Admin
Reply to  Jaqueline Paula Martins de Souza
17 de abril de 2020 14:57

Olá Jaqueline, tudo bem?!

Por favor, reformule sua pergunta, pois não entendi o que quiz dizer.
Muito obrigado!

Abraço, Dr.Augusto

Karina Ventura
26 de agosto de 2020 20:03

Boa noite, Dr. Qual o protocolo que o Sr. Utiliza para evitar recorrência após histeroscopia?

Dr. Augusto Bussab
Reply to  Karina Ventura
10 de novembro de 2020 09:30

Olá, Karina!

O protocolo utilizado, é entrar com estrogênio no pós-operatório.

Tenha um excelente dia!

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