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O que é ultrassonografia pélvica?

por Dr. Augusto Bussab



"Na medicina, o ultrassom é o método por trás da ultrassonografia, um exame de imagem de alta abrangência e especialmente recomendado para a análise de órgãos e tecidos localizados na cavidade abdominal e pélvica."
O que é ultrassonografia pélvica?

A ultrassonografia é hoje um exame de imagem de alta acurácia e precisão, que está entre os mais solicitados e realizados no mundo, em diversas áreas da medicina. Na ginecologia e reprodução assistida, é fundamental para o diagnóstico de diversas doenças e condições, inclusive a infertilidade feminina.

No entanto, a história desse procedimento é mais longa do que parece.

No século XIX, a onda sonora é definida como aquela que resulta do contato entre os corpos e provoca vibração em forma de onda mecânica, perceptível ou não pelo ouvido humano.

A onda sonora tende a se propagar de forma circuncêntrica, ou seja, em todas as direções e em meios fluidos dotados de massa e elasticidade.

A amplitude dessas ondas sonoras pode ser medida e varia de acordo com a energia empregada no contato entre os corpos e o meio fluido por onde se propaga.

Ou seja, alterações no meio de propagação da onda sonora provocam mudanças na sua amplitude e vibração, que podem hoje ser registradas por aparelhos especializados.

Esses aparelhos mapeiam as oscilações das ondas sonoras e fornecem informações que são traduzidas em imagens.

O ultrassom é uma tecnologia baseadas nessas propriedades das ondas sonoras. Um aparelho emite ondas de ultrassom por uma superfície fluida que, ao encontrarem objetos em seus trajetos de propagação, refletem esses objetos formando imagens.

Na medicina, o ultrassom é o método por trás da ultrassonografia, um exame de imagem de alta abrangência e especialmente recomendado para a análise de órgãos e tecidos localizados na cavidade abdominal e pélvica.

Na ginecologia, a ultrassonografia pélvica hoje pode contar com duas modalidades, adequadas a tipos distintos de imagens: a ultrassonografia suprapúbica e a ultrassonografia transvaginal.

Na primeira, as imagens são mais abrangentes, porém menos detalhadas, enquanto o segundo tipo fornece imagens mais localizadas e com mais nitidez dos detalhes.

Entenda melhor o que é a ultrassonografia e como ela é usada na medicina reprodutiva nos acompanhando na leitura do texto.

O que é ultrassonografia pélvica?

A ultrassonografia pélvica é um exame de imagem que avalia a integridade da cavidade pélvico-abdominal, com auxílio de um aparelho de ultrassom.

As imagens fornecidas podem ser vistas em tempo real, em um monitor associado ao aparelho transdutor, cujo formato e tipo de imagem formada variam de acordo com a modalidade da ultrassonografia: suprapúbica ou transvaginal.

Suprapúbica

A modalidade suprapúbica foi o primeiro tipo de ultrassonografia ginecológica a ser desenvolvido pela ciência.

Nela, o transdutor do ultrassom é cuboide, porém sem arestas que possam machucar a mulher, e desliza por um gel aplicado sobre a pelve, para que o atrito não interfira nas imagens formadas por ele.

A ultrassonografia pélvica suprapúbica é capaz de fornecer imagens em tempo real que abrangem toda a cavidade pélvica e parte da cavidade abdominal, fornecendo informações sobre a anatomia dos órgãos e integridade dos tecidos como um todo.

Apesar de amplas, suas imagens não identificam detalhes de menores dimensões, sendo mais adequadas para a análise do panorama geral dos órgãos e tecidos da pelve.

Transvaginal

Já a modalidade transvaginal, mais recente tecnologicamente, o transdutor tem um formato filamentoso e é introduzido no canal vaginal revestido com um preservativo.

O aparelho que emite as ondas sonoras desliza pelo canal vaginal e atinge o colo do útero, possibilitando a formação de imagens mais aproximadas, com menos obstáculos físicos, já que a mucosa propaga melhor as ondas sonoras do que a pele.

A ultrassonografia transvaginal é ideal para a obtenção de imagens de alta resolução e que estejam focadas em áreas pequenas do sistema reprodutivo.

Assim como na modalidade suprapúbica, as imagens são obtidas em tempo real e podem ser acompanhadas pelo médico e pela mulher pelo monitor.

Uma das modalidades da ultrassonografia é a especializada para endometriose. Hoje, é um exame fundamental para o diagnóstico da doença e planejamento terapêutico.

Indicações da ultrassonografia

As indicações para cada uma das formas de ultrassonografia pélvica estão diretamente relacionadas ao tipo de imagem fornecida por cada uma delas.

A ultrassonografia pélvica suprapúbica fornece imagens mais amplas e por isso é importante para avaliar malformações uterinas e tubárias, deformações uterinas decorrentes de miomas e malformações anatômicas em geral, além da presença de tumores e também de cistos, quando estes têm dimensões maiores.

Já a ultrassonografia pélvica transvaginal, por fornecer imagens mais detalhadas e menos amplas, é indicada para o diagnóstico de endometriose, SOP (síndrome dos ovários policísticos), além de miomas e tumores especialmente localizados no endométrio e nos ovários (endometriomas).

Reprodução assistida

A ultrassonografia é um dos exames mais solicitados às mulheres antes, durante e depois da gestação.

Em diversas modalidades da reprodução assistida a ultrassonografia transvaginal é o exame de imagem que monitora a estimulação ovariana.

Na RSP (relação sexual programada) e na IIU (inseminação intrauterina), o objetivo da estimulação hormonal da ovulação é garantir que ao menos um folículo conclua seu processo de amadurecimento e seja liberado para a ovulação.

Nesses casos, a ultrassonografia transvaginal indica o momento em que a ovulação está acontecendo para que as próximas diretrizes sejam tomadas.

Na RSP, a ovulação é identificada para indicar os dias em que a mulher deve manter relações sexuais sem contraceptivos com maiores chances de resultar em gestação.

Já na IIU, indica o momento em que os espermatozoides serão inseminados no útero da mulher e têm mais chance de encontrar o óvulo nas tubas uterinas.

Na FIV (fertilização in vitro), como a fecundação acontece fora do corpo da mãe, o monitoramento da estimulação ovariana por ultrassonografia transvaginal indica o momento ideal para a coleta de óvulos, um procedimento minimamente invasivo feito por punção.

Além do monitoramento da ovulação, a ultrassonografia pélvica também é importante para determinar o melhor momento para a transferência embrionária, já que também é capaz de monitorar o espessamento do endométrio, indicando se há receptividade para a implantação embrionária.

Mesmo e especialmente após a confirmação da gravidez, as ultrassonografias pélvicas, sobretudo na modalidade suprapúbica, serão também uma rotina na vida da gestante.

Durante o período do pré-natal, esse exame é responsável por monitorar o desenvolvimento embrionário-fetal, possibilitando intervenções precoces, caso identifique qualquer problema com a mãe ou com o bebê.

Para saber mais sobre a ultrassonografia, toque no link.


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29 de julho de 2022 13:51

[…] o avanço da medicina diagnóstica e com a disponibilização de técnicas e instrumentos, como a ultrassonografia pélvica transvaginal e a histeroscopia, o diagnóstico pode ser feito com menor risco, de forma menos […]

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