A variação nos nÃveis hormonais durante o ciclo menstrual é o que cria as condições ideias para o perÃodo fértil da mulher e é um dos principais fatores relacionados com a fertilidade. Ao longo do ciclo, os nÃveis de hormônio alteram-se e estimulam de maneira diferente os ovários e o tecido interno do uterino, chamado de endométrio, para proporcionar a ovulação e preparar o útero para uma possÃvel gravidez.
A alteração dos nÃveis hormonais que acontece em algumas mulheres pode trazer consequências para a fertilidade, pois o ovário deixa de ser estimulado da maneira correta e natural, e a ovulação é afetada. Nesses casos, a estimulação ovariana é indicada.
Acompanhe o texto para saber mais sobre esse procedimento!
O que é a estimulação ovariana?
A ovulação é controlada pela ação dos hormônios progesterona, estrogênio, folÃculo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). Após a menstruação, o corpo feminino aumenta a produção do FSH, que estimula o amadurecimento dos óvulos nos ovários. Aproximadamente no meio do ciclo (14º dia), há um pico de LH, que estimula o folÃculo mais maduro a liberar o óvulo, ocorrendo a ovulação.
Em algumas mulheres, há alterações hormonais que trazem prejuÃzo na liberação do óvulo, de forma que a ovulação não acontece ou o óvulo liberado não é maduro o suficiente para ser fecundado.
Nesses casos, a estimulação ovariana pode ser indicada. Ela consiste na estimulação dos ovários com o uso de medicamentos compostos à base de hormônios. Dessa forma, os nÃveis hormonais da mulher são controlados de forma a garantir a estimulação suficiente e correta dos ovários.
Quando é indicada?
A estimulação ovariana é indicada nos casos de alterações da ação natural dos hormônios no corpo da mulher que levam à  ovulação irregular ou impedem a ovulação, como:
- mulheres com idade superior a 35 anos (menor quantidade de folÃculos ovarianos);
- falência ovariana precoce;
- mulheres com distúrbios hormonais comprovados;
- mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos (SOP).
Para que o procedimento seja realizado, é necessária a confirmação de que a mulher possui útero e ovários viáveis e que ainda tenha número suficiente de folÃculos que possam ser estimulados.
Além disso, devem ser respeitadas as contraindicações:
- histórico de câncer de mama, útero ou ovário;
- sangramento vaginal de causa desconhecida;
- problemas de tromboembolismo;
- tumores no hipotálamo ou na hipófise.
Qual o objetivo da estimulação ovariana?
A estimulação ovariana é a primeira etapa das técnicas de reprodução assistida, como a relação sexual programada, a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV), para garantir a formação de um óvulo maduro, saudável e viável para ser fecundado naturalmente ou em ambiente laboratorial.
O médico especialista em reprodução é o responsável por indicar o uso da estimulação, prescrever as dosagens hormonais e acompanhar o procedimento.
Como ela pode aumentar as chances de gravidez?
Em um ciclo menstrual normal, a mulher tem vários folÃculos se desenvolvendo no interior de seus ovários, mas apenas um amadurece e libera um óvulo após o pico de LH. Com a estimulação ovariana, mais folÃculos são estimulados nos ovários, de forma que mais de um óvulo maduro é liberado. O objetivo é garantir a formação de um bom número de óvulos maduros, que possam ser fecundados pelos espermatozoides posteriormente.
A estimulação ovariana garante que vários folÃculos que seriam perdidos amadureçam e tenham seus óvulos aproveitados. Ela aumenta as chances de gravidez, pois possibilita a formação de mais embriões viáveis.
A estimulação ovariana é uma importante etapa de grande parte das técnicas de reprodução assistida, sendo um dos fatores principais para o sucesso dos procedimentos.
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