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Miomas: conheça os tipos e o que podem causar

por Dr. Augusto Bussab



"Quer saber mais sobre miomas e seus efeitos na reprodução assistida? Leia este texto!"
Miomas: conheça os tipos e o que podem causar

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 80% das mulheres em idade fértil possuem ou já tiveram miomas, no entanto a maioria delas não apresenta nenhum sintoma e, às vezes, podem nunca saber que tiveram a doença.

Isso acontece porque os miomas podem apresentar diferentes tamanhos e se instalar em diferentes lugares do útero, o que nem sempre provoca qualquer alteração

Geralmente, os miomas são identificados durante um exame de ultrassom.

O que são miomas?

Os miomas uterinos são formações não cancerígenas que geralmente surgem durante o período fértil da mulher, período que se estende da primeira até a última menstruação, menarca e menopausa, respectivamente.

Por vezes, tais formações atingem grandes dimensões e podem causar dores abdominais intensas. Em outros casos, no entanto, os miomas são assintomáticos, portanto não causam sinais ou sintomas.

A classificação dos miomas está relacionada ao local que ele se forma. Existem diversos tipos de miomas:

Miomas intramurais

São os tipos mais comuns de miomas, uma vez que é do tecido da camada intermediária do útero que eles se formam. Os miomas intramurais podem se formar em locais mais próximos da camada serosa, serem realmente centrais no miométrio ou se aproximar do endométrio.

Miomas subserosos

Os miomas subserosos se formam pressionando a camada externa do útero e podem crescer o suficiente para afetar a morfologia do órgão.

Miomas pediculados

Os miomas pediculados alcançam a cavidade uterina e ficam presos às camadas uterinas por uma haste cujo nome é pedículo, que os sustentam.

Miomas submucosos

Os miomas submucosos se desenvolvem pressionando o endométrio, camada interna do útero. Esses miomas são os que mais oferecem risco de afetar a fertilidade feminina, uma vez que preenchem parte do útero e podem provocar alterações no endométrio, levando a falhas de implantação e abortamentos.

Sintomas dos miomas

Muitas mulheres não apresentam sintomas. Quando eles estão presentes, no entanto, têm relação com a localização das formações, assim como o tamanho e a quantidade.

Nas mulheres que apresentam sintomas, os mais comuns são:

  • Sangramento menstrual intenso;
  • Períodos menstruais com duração superior a uma semana;
  • Pressão ou dor pélvica;
  • Inchaço ou aumento do abdômen;
  • Micção frequente;
  • Prisão de ventre;
  • Dores nas costas ou nas pernas.

Raramente um mioma causa dor aguda. Ainda na medicina, não está claro por que os miomas se desenvolvem, porém vários fatores podem influenciar a sua formação:

Hormônios

Tanto estrogênio quanto a progesterona são hormônios produzidos pelos ovários, cuja função, entre outras, é tornar o endométrio mais espesso durante cada ciclo menstrual para receber o embrião. Os miomas também sofrem influência hormonal, portanto crescem ou regridem de acordo com sua ação, por isso na menopausa a doença tende a diminuir.

Histórico familiar

Os miomas têm um aspecto genético. Assim, é importante analisar o histórico familiar ao avaliar uma paciente com um possível desenvolvimento de miomas.

Como prevenir os miomas

Embora se estudem as causas dos tumores de miomas, poucas evidências científicas estão disponíveis sobre como evitá-los. Apenas uma pequena porcentagem desses miomas requer tratamento. Em geral, fazer escolhas de estilo de vida saudável podem diminuir o risco de miomas.

Para um diagnóstico adequado, a mulher precisa consultar seu ginecologista para a realização de um exame pélvico. Esse exame é feito para verificar a condição, o tamanho e a forma do útero. Ainda assim, ela pode precisar de outros exames, que incluem ultrassonografia e ressonância magnética.

Tratamento de miomas

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e depende de uma série de fatores, como idade da paciente, vontade de engravidar e principalmente as características da doença, como sintomas e consequências.

Clínico

De forma geral, o tratamento clínico deve ser sempre a primeira opção devido ao menor risco que oferecem e para preservação da capacidade reprodutiva da mulher.

Dos tratamentos clínicos possíveis, os mais indicados são:

  • pílulas anticoncepcionais;
  • hormônios;
  • anti-inflamatórios;
  • implantes hormonais cujo objetivo é impedir a menstruação.

Cirúrgico

A técnica cirúrgica de tratamento dos miomas é chamada miomectomia, que pode ser realizada por:

  • videolaparoscopia;
  • histeroscopia;
  • histerectomia;
  • embolização.

A videolaparoscopia utiliza instrumentos e uma câmera para retirar os focos da doença por pequenas incisões feitas na região abdominal da mulher.

A histeroscopia é realizada por via vaginal, portanto não envolve nenhum tipo de incisão na região abdominal. Só é indicada para a retirada de miomas que estejam na cavidade uterina.

A histerectomia é a retirada do útero, geralmente realizada também por via vaginal. Ela só é indicada em casos muito graves e se a mulher não tiver mais a intenção de ter filhos.

A embolização é a obstrução do vaso que leva sangue ao útero e também sustenta o mioma. Trata-se de uma intervenção complexa, indicada para casos muito específicos.

Reprodução assistida

Quando a mulher quer engravidar, o caso precisa ser estudado para que seja possível determinar a melhor conduta de tratamento e indicar a técnica de reprodução assistida mais adequada, geralmente a fertilização in vitro (FIV).

Você gostou deste texto? Então continue a leitura sobre miomas e FIV!

 


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