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Como saber se estou ovulando?

por Dr. Augusto Bussab



"Como saber se estou ovulando é uma dúvida comum de muitas mulheres. A ovulação é importante no processo reprodutivo e marca o período de maior fertilidade, quando há mais chances de engravidar. O sistemas reprodutores feminino e masculino são compostos por órgãos que funcionam em […]"
Como saber se estou ovulando?

Como saber se estou ovulando é uma dúvida comum de muitas mulheres. A ovulação é importante no processo reprodutivo e marca o período de maior fertilidade, quando há mais chances de engravidar.

O sistemas reprodutores feminino e masculino são compostos por órgãos que funcionam em sincronia para proporcionar a gravidez. Porém, existem algumas diferenças reprodutivas entre homens e mulheres, incluindo o tempo de duração da fertilidade.

As células sexuais femininas, ou gametas, são os óvulos e ficam armazenados nos folículos ovarianos, unidades funcionais dos ovários que proporcionam o ambiente ideal para que eles se desenvolvam, amadureçam e sejam liberados durante o ciclo menstrual para o encontro com o espermatozoide, fecundação.

As mulheres já nascem com todos os folículos, formados ainda durante o desenvolvimento intrauterino, o que é denominado reserva ovariana. Nos ciclos menstruais, vários são recrutados, mas apenas um se torna dominante e amadurece; os outros são naturalmente eliminados pelo organismo.

Por isso, a fertilidade feminina sofre um declínio natural à medida que a mulher envelhece. A fase fértil inicia na puberdade quando ocorre a primeira menstruação (menarca) e finaliza na menopausa, com a última, etapa em que já não há mais folículos.

Por outro lado, os gametas ou células sexuais masculinas, os espermatozoides, são produzidos durante toda a vida dos homens desde a puberdade. Essa produção contínua acontece nos túbulos seminíferos, estruturas enoveladas localizadas nos testículos.

Milhares de espermatozoide são liberados durante a ejaculação, mas apenas um deles encontra o óvulo para fecundá-lo.

O tempo de sobrevida dos gametas também é um diferencial. Os óvulos, depois de liberados, podem sobreviver por 24h, enquanto os espermatozoides sobrevivem no organismo feminino por aproximadamente 72 horas.

Este texto explica tudo sobre a ovulação, orientando a resposta para a pergunta ‘como saber se estou ovulando’ e a forma de calcular o período fértil, além de destacar os tratamentos quando há problemas de ovulação. Continue a leitura até o final e confira!

O que é ovulação?

Na primeira fase do ciclo menstrual, chamada folicular, os hormônios FSH, folículo-estimulante e LH, hormônio luteinizante, atuam no recrutamento e desenvolvimento dos folículos ovarianos. Enquanto se desenvolvem, os folículos passam a secretar estrogênio, hormônio responsável pelo espessamento do endométrio, camada de revestimento interno do útero na qual o possível embrião formado na fecundação se implanta para dar início à gravidez.

Entre os folículos recrutados, um se destaca e conclui o amadurecimento. Quando ele está maduro ocorre um pico desses hormônio, induzindo-o ao rompimento para liberação do óvulo. Ovulação é o nome atribuído a esse evento e geralmente ocorre na metade do ciclo menstrual.

Quando há fecundação, o folículo rompido se transforma em corpo-lúteo, uma glândula endócrina temporária que secreta progesterona, hormônio que vai garantir o preparo final do endométrio e a manutenção da gestação.

Se o óvulo não for fecundado, é naturalmente absorvido pelo organismo. Os níveis hormonais diminuem provocando a descamação do endométrio, originando a menstruação e o início de um novo ciclo.

O primeiro dia da menstruação, portanto, também representa o início do ciclo menstrual, por isso é importante sempre registrar a data para facilitar o cálculo do período fértil.

Como saber se estou ovulando?

Mulheres que têm o ciclo regular, de 28 dias, podem calcular facilmente o dia da ovulação, uma vez que o folículo se rompe geralmente no meio do ciclo menstrual. Se a menstruação iniciar no dia 5, por exemplo, é só adicionar 14 dias à data e a ovulação provavelmente ocorrerá no dia 19.

Para calcular o período fértil, entretanto, é preciso considerar também o tempo de sobrevida de óvulos e espermatozoides, 24h e 72h respectivamente. Assim, quando o folículo se rompe no dia 19, no intervalo entre o dia 16 e o dia 20 há mais chances de se obter uma gravidez.

Além disso, quando o folículo está maduro e próximo ao rompimento o corpo sinaliza de diferentes formas: as mamas ficam mais sensíveis e o muco cervical, substância produzida pelas glândulas do colo do útero, se torna mais líquido e elástico, com consistência semelhante à da clara do ovo, para facilitar o transporte dos espermatozoide no organismo feminino.

Esse sinais são particularmente importantes quando os ciclos menstruais são irregulares, ou seja, ocorrem em intervalos mais curtos ou longos do que o considerado normal, que varia entre 25 e 35 dias, embora a maioria das mulheres mantenha a média de 28 dias.

Ciclos que ocorrem continuamente de forma irregular podem indicar distúrbios de ovulação, considerados a causa mais comum de infertilidade feminina. Por isso, é importante observar a regularidade se houver a intenção de engravidar, registrar a data do primeiro dia da menstruação também é recurso útil nesses casos.

Para reforçar o cálculo do período fértil é possível contar ainda com os testes de ovulação, eles são facilmente encontrados em farmácias.

Agora que a pergunta ‘como saber se estou ovulando’ foi respondida, entenda como é possível engravidar quando os ciclos menstruais são irregulares e resultam em infertilidade por distúrbios de ovulação. As técnicas de reprodução assistida ajudam bastante a aumentar as chances de gravidez nesses casos.

Infertilidade e reprodução assistida

Hoje, as técnicas de reprodução assistida proporcionam a solução da grande maioria dos problemas de infertilidade feminina e masculina.

As três principais são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). As duas primeiras são classificadas como de baixa complexidade, pois preveem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. Enquanto na FIV, de alta complexidade, o processo é realizado em laboratório.

A etapa inicial de todas é a estimulação ovariana, procedimento realizado com medicamentos hormonais para induzir o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos ovarianos, obtendo, dessa forma, mais óvulos disponíveis para a fecundação. É especialmente importante quando há distúrbios de ovulação.

Porém, cada técnica utiliza um protocolo diferente, assim como devem ser observados critérios como a idade e permeabilidade tubária para a indicação da mais adequada.

Mulheres com distúrbios de ovulação mais leves normalmente iniciam o tratamento com a RSP, que utiliza dosagens hormonais mais baixas para estimular o desenvolvimento folicular e obter no máximo 3 óvulos. No entanto, devem ter até 35 anos, idade em que os níveis da reserva ovariana ainda estão mais altos, permitindo melhor resposta aos medicamentos hormonais, e as tubas uterinas saudáveis, pois, são elas que sediam a fecundação.

Acima dessa idade e quando os distúrbios ovulatórios são mais graves é indicado o tratamento com a FIV, que utiliza protocolos mais robustos para obter pelo menos 10 óvulos, selecionados e utilizados na fecundação. Os embriões formados são transferidos ao útero materno após alguns dias de desenvolvimento.

Como as tubas uterinas não têm nenhuma função no tratamento com a FIV, a técnica também é indicada nos casos em que as tubas uterinas estão obstruídas.

Todas, quando bem indicadas, aumentam as chances de gravidez de mulheres com distúrbios ovulatórios.

Siga o link e saiba mais sobre o calendário do período fértil!


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