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Quantos embriões posso transferir na FIV?

por Dr. Augusto Bussab



"Embrião é o termo que define o estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano. É formado na fecundação, evento em que ocorre a fusão do óvulo com o espermatozoide gerando sua primeira célula com a informação genética dos pais. Durante os ciclos menstruais ou […]"
Quantos embriões posso transferir na FIV?

Embrião é o termo que define o estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano. É formado na fecundação, evento em que ocorre a fusão do óvulo com o espermatozoide gerando sua primeira célula com a informação genética dos pais.

Durante os ciclos menstruais ou reprodutivos das mulheres, vários folículos, estruturas que contêm os óvulos imaturos, são recrutados e crescem. Entre eles, um se torna dominante, desenvolve, amadurece e rompe liberando o óvulo na ovulação.

O óvulo é captado pelas tubas uterinas, órgãos em que a fecundação acontece e aguarda por 24h o encontro com o espermatozoide.

Quando ocorre a ejaculação do homem, milhares de espermatozoides são liberados, um deles alcança o óvulo e o penetra formando o zigoto, célula primordial que sofre sucessivas divisões enquanto o embrião é transportado das tubas ao útero, órgão no qual se implanta para dar início à gestação e permanece abrigado até o nascimento, sendo denominado feto a partir da 8ª semana.

O embrião, portanto, é um elemento fundamental para o sucesso da gravidez, tanto na gestação natural quando na obtida com auxílio das técnicas de reprodução assistida, entre elas a fertilização in vitro (FIV), a mais complexa, que prevê a formação de embriões em laboratório com posterior transferência ao útero materno.

Para saber quantos embriões podem ser transferidos na FIV e entender melhor o tratamento com a técnica é só continuar a leitura do texto até o final. Confira!

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV reproduz em laboratório duas etapas importantes da gravidez, a fecundação e o cultivo ou desenvolvimento inicial dos embriões.

O tratamento inicia com a estimulação ovariana, em que são dos utiliza medicamentos hormonais para estimular a função ovariana e o desenvolvimento de mais folículos, acompanhado por exames de ultrassonografia transvaginal realizados a cada dois ou três dias.

No momento que eles atingem o auge do desenvolvimentos, novos medicamentos são administrados para induzi-los ao amadurecimento final e rompimento. A ovulação ocorre aproximadamente 36 horas após a administração dos medicamento indutores, período em que os folículos maduros são coletados por punção folicular.

A punção folicular é um procedimento realizado por uma agulha finíssima acoplada a uma seringa de sucção e guiado por ultrassonografia. Cada folículo maduro é individualmente aspirado e seu óvulo extraído em laboratório. Após serem extraídos os melhores óvulos são selecionados para a fecundação.

Enquanto a mulher passa pela estimulação ovariana, as amostras de sêmen do parceiro são coletadas e submetidas ao preparo seminal, técnica que permite a seleção dos melhores espermatozoides a partir de sua capacitação por diferentes métodos.

Atualmente, a fecundação é realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) na maioria da clínicas de reprodução assistida do mundo todo. Nesse método, cada espermatozoide é novamente avaliado por um microscópio de alta magnificação e injetado diretamente no citoplasma do óvulo por um micromanipulador de gametas.

Os embriões formados são acomodados em incubadoras e podem se desenvolver por até seis dias. Esse processo é acompanhado diariamente por um embriologista, que determina a melhor fase para serem transferidos.

A transferência pode ocorrer em duas fases do desenvolvimento embrionário, D3 ou clivagem, entre o segundo e terceiro dia e no blastocisto ou D5, entre o quinto e sexto dia.

A opção pela transferência em D3, entretanto, geralmente é feita quando uma quantidade menor de embriões foi formada ou se eles tiverem a saúde mais frágil, tornando mais adequado seu desenvolvimento em ambiente natural.

Porém, geralmente opta-se pela transferência no blastocisto pela maior sincronização fisiológica, uma vez que é nessa fase que ocorre a implantação no endométrio na gestação espontânea.

Saiba quantos embriões podem ser transferidos na FIV

No Brasil, a reprodução assistida é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que determina as regras para utilização das técnicas.

Para a transferência de embriões, o CFM considera principalmente a idade da mulher, uma vez que as mais jovens têm mais chances de a implantação do embrião ser bem-sucedida, uma vez que possuem níveis mais altos de reserva ovariana, quantidade de folículos presentes nos ovários desde o nascimento, que também respondem pela secreção de estrogênio e progesterona, hormônio envolvidos no preparo do endométrio.

Assim, segundo o CFM podem ser transferidos:

  • mulheres com até 37 anos podem receber 1 ou 2 embriões;
  • mulheres acima dos 37 anos podem receber até 3 embriões.

Os embriões que não forem transferidos a fresco, embriões excedentes, podem ser congelados e usados em um próximo ciclo de tratamento, se se não houver sucesso gestacional, ou no futuro para obter uma nova gravidez.

Por outro lado, os que não forem utilizados em nenhuma das duas situações, podem ser doados para pessoas que não conseguem engravidar com os seus gametas ou estudos de célula-tronco. Esse destino, entretanto, deve ser definido em contrato antes de o tratamento iniciar.

Siga o link e conheça em detalhes o funcionamento da FIV e as regras que orientam o tratamento com a técnica!


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