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Reprodução assistida e tipo de parto: existe alguma restrição?

por Dr. Augusto Bussab



"Reprodução assistida, é a área da medicina que utiliza diferentes técnicas e procedimentos médicos para auxiliar a reprodução humana. Assim, possibilitam a gravidez quando fatores de infertilidade, femininos ou masculinos, impedem que aconteça de forma natural. Pessoas que estão tentando engravidar há mais de um […]"
Reprodução assistida e tipo de parto: existe alguma restrição?

Reprodução assistida, é a área da medicina que utiliza diferentes técnicas e procedimentos médicos para auxiliar a reprodução humana. Assim, possibilitam a gravidez quando fatores de infertilidade, femininos ou masculinos, impedem que aconteça de forma natural.

Pessoas que estão tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, período que determina a infertilidade, e precisam recorrer a esses tratamento para ter filhos biológicos, têm uma dúvida bastante comum; se existe alguma restrição ao tipo de parto na reprodução assistida.

Porém, apesar de as técnicas auxiliarem a gravidez, elas não interferem no nascimento do bebê. Após a concepção, todas as etapas acontecem como na gestação natural, desde a implantação do embrião, quando ele se fixa ao endométrio, camada interna uterina para dar início à gestação.

Portanto, não existe nenhuma restrição ao tipo de parto só pelo fato de a gravidez ocorrer com auxílio da reprodução assistida. Para entender melhor o assunto, continue a leitura do texto até o final. Ele aborda do funcionamento das técnicas de reprodução assistida aos tipos de parto, e as situações em que ambos são indicados. Confira!

Conheça as técnicas de reprodução assistida e saiba como elas funcionam

Hoje, três técnicas de reprodução assistida estão disponíveis para o tratamento da infertilidade, relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV). Veja abaixo como cada uma delas funciona e quando são indicadas:

Relação sexual programada (RSP)

A RSP é a mais simples das técnicas de reprodução assistida. O tratamento é realizado apenas em duas etapas, estimulação ovariana e programação da relação sexual.

Estimulação ovariana é um procedimento em que medicamentos hormonais são utilizados para estimular a função dos ovários e promover o desenvolvimento de mais folículos ovarianos, que contêm o óvulo imaturo.

No ciclo menstrual natural, embora vários folículos sejam recrutados e cresçam, apenas um se desenvolve, amadurece e rompe na ovulação, liberando seu óvulo, também maduro, para ser fecundado pelo espermatozoide.

Por ser uma técnica de baixa complexidade, ou seja, prever a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas, são utilizadas dosagens hormonais mais baixas para obter entre 1 e 3 folículos maduros.

O desenvolvimento folicular é acompanhado por exames de ultrassonografia transvaginal realizados a cada dois ou três dias, permitindo determinar o momento ideal para novos medicamentos os induzam ao amadurecimento final e rompimento, e, consequentemente, programar o melhor período para intensificar a relação sexual, uma vez que a ovulação marca o período de maior fertilidade da mulher.

A RSP é geralmente indicada para distúrbios de ovulação leves, como oligovulação, quando a liberação do óvulo acontece apenas em alguns poucos ciclos durante o ano. É mais adequada para mulheres com até 37 anos, que ainda possuem bons níveis de reserva ovariana, quantidade de folículos presentes nos ovários que diminui com o envelhecimento. As tubas uterinas e os espermatozoides do parceiro também devem estar saudáveis.

Após a fecundação, a gravidez acontece como na gestação natural: a primeira célula do embrião, chamada zigoto, formada pela fusão dos gametas, óvulo e espermatozoide, sofre sucessivas divisões celulares ainda nas tubas uterinas.

O embrião é transportado ao útero enquanto se desenvolve e chega a esse órgão aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento, iniciando a interação com o endométrio para se implantar, fase em que é conhecido como blastocisto.

Nessa camada, ele permanece abrigado até a formação da placenta. No final da oitava semana de gestação, passa a ser denominado feto até o nascimento.

Inseminação artificial (IA)

A IA também é considerada uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade, pois prevê igualmente a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. No entanto, além da estimulação ovariana, permite ainda a seleção dos melhores espermatozoides pelo preparo seminal, técnica que os capacita por diferentes métodos.

Dessa forma, é indicada para fatores de infertilidade feminina e masculina de menor gravidade, como distúrbios de ovulação, problemas no muco cervical substância produzida pelo colo uterino que facilita a entrada e transporte os espermatozoides, e pequenas alterações nos gametas masculinos.

Possibilita ainda a gravidez de casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras que desejam ser mães independentes, que para utilizarem essa técnica de reprodução assistida precisam contar com a doação de sêmen.

Após selecionados, são inseridos em um cateter e depositados no útero durante o período fértil da parceira, apontado pelos exames de ultrassonografia transvaginal que acompanham o desenvolvimento folicular. O tratamento, portanto, é realizado em três etapas diferentes: estimulação ovariana, preparo seminal e inseminação intrauterina.

Essa técnica é adequada igualmente para mulheres que ainda possuem uma boa reserva ovariana e as tubas uterinas saudáveis. Depois da fecundação, assim como na RSP, as etapas acontecem como na gestação natural.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV é a mais complexa entre as técnicas de reprodução assistida. Reproduz, em laboratório, etapas importantes, como a fecundação e o desenvolvimento inicial do embrião. O tratamento é realizado em cinco etapas, estimulação ovariana, preparo seminal, fecundação, cultivo embrionários e transferência dos embriões ao útero materno.

Na estimulação ovariana, após a administração do medicamentos que induzem a ovulação, os folículos maduros são coletados individualmente por um procedimento chamado aspiração folicular e seus óvulos posteriormente extraídos e selecionados em laboratório. Simultaneamente, os espermatozoides do parceiro são capacitados e selecionados pelo preparo seminal.

Após a escolha dos melhores gametas, a fecundação é realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada um é injetado diretamente no citoplasma do óvulo.

Os embriões formados são, então, acomodados em incubadoras, em meios de cultura que simulam o ambiente natural, em que podem se desenvolver até seis dias. A transferência ao útero pode ser feita em duas fases do desenvolvimento embrionário, entre o segundo e terceiro dia, chamada de D3 ou clivagem, quando iniciam as divisões celulares, ou entre o quinto e sexto dia, no blastocisto.

A definição é feita de acordo com cada caso e considera fatores como a saúde do embrião e a necessidade de ele desenvolver-se em ambiente uterino, quando geralmente é mais frágil. Após a transferência a implantação acontece naturalmente, bem como o desenvolvimento da gravidez.

A FIV permite a solução de praticamente todas as necessidades reprodutivas, dos fatores de infertilidade mais graves, femininos ou masculinos, à gravidez de casais homoafetivos de ambos os sexos e pessoas solteiras, independentemente identidade de gênero.

Após conhecer o funcionamento das técnicas de reprodução assistida, é possível perceber que não há nenhuma restrição ao tipo de parto. Porém, como desenvolvimento da gestação acontece naturalmente, pode haver, por exemplo, a necessidade de o nascimento ocorrer por cesárea.

Tipos de parto

Existem dois tipos principais de parto: vaginal ou cesárea. No vaginal, como o nome indica, o bebê é expulso naturalmente, pelo canal vaginal, enquanto na cesárea o nascimento ocorre por cirurgia.

O parto vaginal, por sua vez, tem diferentes variações, desde o natural, feito sem nenhum tipo de intervenção médica, ao normal, em que medicamentos para aliviar a dor ou ajudar nas contrações e procedimentos como a episiotomia, corte feito no períneo para facilitar a saída do bebê, podem ser utilizados.

A opção pela cesárea normalmente é feita em situações em que o parto vaginal não é possível ou se a gravidez representar risco para a mãe e o feto, como por exemplo, nos casos de placenta prévia, descolamento da placenta, ruptura uterina, sofrimento fetal ou posição anormal do feto.

Assim, independentemente de a gravidez ser espontânea ou com auxílio da reprodução assistida, a definição do melhor tipo de parto é feita pelo especialista junto com a mãe, e considera o resultado dos exames de pré-natal, que acompanham o desenvolvimento gestacional.

Siga o link e conheça em detalhes o tratamento por fertilização in vitro (FIV), considerada a principal técnica de reprodução assistida!


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