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O que é hormônio antimülleriano e qual sua relação com a fertilidade feminina?

por Dr. Augusto Bussab



"Durante o ciclo menstrual, os hormônios estimulam um folículo que, em determinado momento, se desvincula do ovário e libera um óvulo, que poderá ou não ser fecundado. A cada ciclo, apesar de um único óvulo ser liberado, milhares de folículos são perdidos. Como a mulher […]"
O que é hormônio antimülleriano e qual sua relação com a fertilidade feminina?

Durante o ciclo menstrual, os hormônios estimulam um folículo que, em determinado momento, se desvincula do ovário e libera um óvulo, que poderá ou não ser fecundado. A cada ciclo, apesar de um único óvulo ser liberado, milhares de folículos são perdidos.

Como a mulher já nasce com o número total de óvulos que terá disponível em toda a sua vida e uma grande perda acontece a cada mês, com o passar dos anos este número vai diminuindo.

A quantidade de folículos que a mulher ainda possui em seu ovário é chamada de reserva ovariana.

É importante ter conhecimento sobre este assunto se você é uma mulher que deseja engravidar, já que a quantidade de folículos interfere na fertilidade feminina, sendo importante até mesmo para aquelas que precisam passar por procedimentos de reprodução assistida.

Existem algumas formas de avaliar esta reserva, a fim de auxiliar mulheres que buscam uma gestação. A contagem de folículos e a dosagem de alguns hormônios, como o antimülleriano, são as principais possibilidades de avaliação.

Saiba mais sobre a importância deste hormônio na reprodução e qual a sua relação com a fertilidade da mulher:

O que é o hormônio antimülleriano?

O hormônio antimülleriano (HAM) é produzido pelas células ovarianas, e tem grande importância no processo de crescimento e desenvolvimento dos folículos. O exame de sangue que mede a dosagem deste hormônio é bastante útil na avaliação da reserva ovariana da mulher, pois é um teste diagnóstico.

Quanto maior for a quantidade de folículos no ovário, maior é a dosagem do HAM no sangue. Sendo assim, é possível saber a situação da reserva ovariana da mulher de acordo com o resultado do exame.

O teste que avalia a dosagem deste hormônio é a forma mais confiável de estimar a quantidade de óvulos, pois, ao contrário do FSH e do LH, o hormônio antimülleriano não varia ao longo do ciclo menstrual.

Isso faz com que seja possível avaliá-lo a qualquer momento, e que o exame pode ser realizado, inclusive, pelas mulheres que utilizam métodos anticoncepcionais.

Qual a sua relação com a fertilidade?

Sabendo que a reserva ovariana representa a quantidade de folículos que a mulher possui, deve-se considerar sua importância para a fertilidade.

Quando a reserva é baixa, o que ocorre mais comumente entre mulheres acima de 35 anos, as chances de engravidar acabam diminuindo, podendo causar a infertilidade.

Para avaliar a reserva ovariana, a mulher passa por alguns testes, sendo um deles o que avalia a dosagem do hormônio antimülleriano.

O resultado na análise sanguínea é verificado e valores entre 1,0 e 3,0 ng/ml são considerados normais. Já os valores abaixo de 1,0 ng/ml indicam baixa reserva.

A partir destes números, o médico consegue avaliar a situação da paciente e orientá-la na escolha da melhor opção na busca pela gravidez. Em alguns casos, indica-se a reprodução assistida.

O hormônio antimülleriano na reprodução assistida

Existem algumas técnicas de reprodução assistida para auxiliar casais que desejam ter filhos e passam por problemas de infertilidade.

Estes métodos são: a relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

A RSP e a IIU são técnicas de menor complexidade, indicadas em casos mais simples e problemas leves de infertilidade. Apesar de apresentarem boas taxas de sucesso, não são as mais eficazes.

A mais indicada atualmente é a FIV, na qual a fecundação é realizada em laboratório. Ela possui uma maior complexidade e grandes taxas de sucesso, sendo a mais eficaz entre os métodos atuais.

Mas independentemente da técnica recomendada para cada casal, saber a dosagem do hormônio antimülleriano pode ser bastante útil.

Para a realização de qualquer técnica de reprodução assistida, é necessário que a mulher passe pela estimulação ovariana e a indução da ovulação com o uso de medicamentos hormonais. A dosagem da medicação varia de paciente para paciente, de acordo com suas características, sua reserva ovariana e outros fatores.

Para programar a medicação a fim de evitar danos colaterais durante o tratamento, é fundamental avaliar a reserva ovariana da mulher e, para isso, o exame que avalia a dosagem do HAM é muito indicado devido a sua confiabilidade.

Um dos efeitos colaterais que pode ser causado por uma dosagem equivocada de hormônios para a indução da ovulação é a síndrome do hiperestímulo ovariano, que representa uma resposta exagerada dos ovários ao estímulo dos hormônios. Essa resposta causa:

  • Acúmulo de líquido no abdômen;
  • Aumento generalizado da permeabilidade vascular;
  • Inchaço;
  • Derrame pleural (líquido entre os pulmões);
  • Líquido no tórax;
  • Trombose;
  • Insuficiência renal;
  • Em casos mais graves, morte.

No tratamento, quando os níveis do hormônio antimülleriano são baixos, existe a necessidade de alguns protocolos de indução na ovulação de forma personalizada, e são acrescentadas medicações específicas, como a testosterona.

O médico vai avaliar todos os fatores, dentre eles a dosagem do HAM, a idade da mulher e outras questões que podem variar de pessoa para pessoa. Com isso, é possível tomar as decisões corretas no tratamento para a infertilidade.

Você pode saber mais sobre a infertilidade feminina, quais as possíveis causas desse problema e os tratamentos adequados em cada situação.


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