A reprodução humana depende da ação dos hormônios da fertilidade, presentes no organismo de mulheres e homens. Os mais conhecidos são o estrogênio e a testosterona, hormônio feminino e masculino, respectivamente. Porém, existem outros hormônios igualmente importantes, como o LH e o FSH.
Cada um desses hormônios tem uma função específica, mas todos devem agir conjuntamente. Caso algum deles se apresente em níveis inadequados, pode comprometer o sistema reprodutor, diminuindo ou até anulando as chances de uma gravidez natural.
Por exemplo, o FSH e o LH têm sua produção sincronizada, o que significa que a flutuação dos níveis de um reflete diretamente nos níveis do outro, e ambos influenciam a produção dos demais hormônios da fertilidade – testosterona e estrogênio.
Como o sistema endócrino de mulheres e homens é semelhante, mesmo que os hormônios sexuais sejam definidos como “masculinos” e “femininos”, eles aparecem no organismo de ambos, em maior ou menor nível, o que define as funções primárias e secundárias. Portanto, todos são determinantes e imprescindíveis para a reprodução humana, independentemente do sexo.
Neste texto, apresentaremos os hormônios testosterona, estrogênio, FSH e LH, explicando sua função e relação com a fertilidade em homens e mulheres. Se você deseja saber mais sobre o assunto, acompanhe a leitura!
Hormônios da fertilidade em homens e mulheres
A disfunção hormonal pode estar diretamente ligada à infertilidade, tanto nas mulheres quanto nos homens. Um dos fatores de infertilidade feminina, por exemplo, é a diminuição dos hormônios sexuais, que têm sua produção reduzida em decorrência da idade, de doenças e outras condições.
Nos homens, porém, a produção do hormônio sexual testosterona nunca cessa, mas outros fatores podem comprometer a ação dele e dos demais hormônios que estão relacionados à formação dos espermatozoides, influenciando a sua qualidade e quantidade.
Estrogênio
Quando falamos em estrogênio, estamos nos referindo de maneira genérica ao grupo de hormônios da fertilidade que são predominantes nas mulheres: estradiol, estriol e estrona. Esse grupo é responsável pelo desenvolvimento das características femininas, além de possuir a função de promover e controlar a ovulação.
O estrogênio – também conhecido como estrógeno – age na regulação do ciclo hormonal e tem relação direta com a fertilidade e a reprodução. A produção desse hormônio ocorre nos ovários e se inicia no primeiro ciclo menstrual, terminando com a chegada da menopausa.
Apesar de ser considerado um “hormônio feminino”, o estrogênio também está presente no organismo masculino, sendo responsável pelo desenvolvimento saudável dos espermatozoides.
Níveis altos do hormônio em homens tendem a diminuir o nível de espermatozoides presentes no sêmen, resultando na infertilidade. Nas mulheres, o estrogênio elevado afeta a ovulação, tornando mais difícil engravidar.
Por isso, é bastante comum casais encontrarem dificuldades na tentativa de ter um filho por apresentar disfunção hormonal em decorrência do estrogênio alto.
FSH
O hormônio folículo-estimulante (FSH) é produzido na hipófise, sendo responsável pelo estímulo no funcionamento dos ovários nas mulheres e dos testículos nos homens. Já na puberdade, o FSH ajuda na regulação e na maturação do sistema reprodutor, agindo na liberação dos hormônios da fertilidade que resultarão no processo reprodutivo.
Por conta disso, possíveis alterações do FSH podem ocasionar a infertilidade feminina e masculina.
Níveis baixos do FSH em mulheres causam períodos menstruais irregulares e até ausentes em alguns casos, diminuindo chances de engravidar. Problemas de infertilidade também ocorrem quando a presença do FSH está acima do normal, por ocasião do mau funcionamento de ovários e testículos.
Nos homens, a ação do FSH em níveis normais é necessária para uma produção adequada de espermatozoides. A ausência completa desse hormônio, embora seja incomum, pode ocasionar nos homens problemas relacionados à azoospermia (falta de espermatozoides no sêmen ejaculado).
Casais que tiverem esse diagnóstico podem recorrer ao tratamento de reprodução assistida com doação de sêmen.
LH
O LH ou hormônio luteinizante aparece durante o ciclo menstrual com a função de provocar o rompimento do folículo, estimulando a saída do óvulo.
Além disso, o LH é estimulador da ação da progesterona, que é o hormônio responsável pela preparação do útero para o início da gestação, e por isso sua presença no organismo de mulheres que desejam engravidar é fundamental.
Produzido na hipófise, o LH é regulado pelo eixo hipotalâmico-pituitário-gonadal e trabalha em conjunto com o FSH, auxiliando também na produção dos espermatozoides.
Assim como o FSH, o LH tem a principal função de agir no desenvolvimento e no rompimento dos folículos até que ocorra a ovulação. Caso ocorra um desequilíbrio e o LH não se apresente em níveis normais, a ovulação pode ficar comprometida, causando infertilidade na mulher.
Testosterona
A testosterona é um hormônio predominantemente masculino, embora também esteja presente no organismo das mulheres, cumprindo um papel de grande importância para a fertilidade feminina.
Esse hormônio é produzido nos testículos e ovários, sendo responsável pelas características masculinas como pelos, aumento da massa muscular, engrossamento da voz, além de atuar na produção dos espermatozoides e na manutenção do desejo sexual.
O desequilíbrio da testosterona pode gerar problemas para homens e mulheres, incluindo a infertilidade, nos casos em que os níveis desse hormônio estejam abaixo do recomendado.
Todavia, existe a possibilidade de reposição hormonal da testosterona, que é feita por mecanismos diversos, conforme recomendação médica e apenas mediante a realização de exames laboratoriais que comprovem sua disfunção.
Papel dos hormônios da fertilidade na reprodução assistida
A participação dos hormônios da fertilidade nos tratamentos de reprodução assistida é fundamental, uma vez que a maioria dos processos envolve a necessidade da presença de óvulos e espermatozoides em boas condições para a fertilização.
Baseado nos resultados de uma série de exames que demonstram se há deficiência na produção dos principais hormônios sexuais – FSH, LH, Estrogênio e Testosterona –, o especialista indica a técnica mais adequada ao tratamento.
No entanto, o método de reposição hormonal também pode ser prescrito ao homem, caso o espermograma revele um número baixo de gametas masculinos e as causas não estejam relacionadas a outros problemas de saúde, como a varicocele.
É importante salientar que as causas da infertilidade devem ser avaliadas pelo médico a partir da realização de exames de imagem e de laboratório. Caso seja diagnosticada uma disfunção dos hormônios da fertilidade femininos ou masculinos, uma investigação minuciosa sobre a saúde do casal deve ser feita até que se conclua a origem do problema.
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