Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

O que são as trompas de Falópio?

por Dr. Augusto Bussab



"Conhecer o funcionamento do sistema reprodutor feminino é muito importante, principalmente para aqueles casais que estão querendo realizar o sonho de ter um bebê. Nesse sentido, as trompas de Falópio, também conhecidas como tubas uterinas, exercem um papel fundamental para que a gravidez aconteça e […]"
O que são as trompas de Falópio?

Conhecer o funcionamento do sistema reprodutor feminino é muito importante, principalmente para aqueles casais que estão querendo realizar o sonho de ter um bebê. Nesse sentido, as trompas de Falópio, também conhecidas como tubas uterinas, exercem um papel fundamental para que a gravidez aconteça e um novo ser humano seja gerado.

Por sua participação fundamental nesse processo, qualquer alteração na função que desempenham interfere diretamente na fertilidade feminina.

Continue a leitura deste texto até o final para conhecer mais sobre as trompas de Falópio!

O que são as trompas de Falópio ou tubas uterinas?

O sistema reprodutor feminino é composto, basicamente, pelo útero, duas tubas uterinas, dois ovários, colo do útero e pela vagina. As trompas de Falópio são dois tubos musculares com aproximadamente 10 cm de comprimento, localizadas a cada lado do ovário, cuja função é a condução do óvulo e dos espermatozoides para a fecundação e o transporte do embrião formado até o útero.

Além disso, são responsáveis pela ovulação: na ampola, sua porção mais dilatada, ocorre o encontro do óvulo com o espermatozoide. Dessa fusão resulta o zigoto, célula primordial, estágio pré-embrião. O zigoto se torna embrião a partir da primeira divisão celular.

A divisão celular acontece ainda nas trompas de Falópio. Durante esse processo, o embrião é transportado ao útero e no quinto dia de desenvolvimento, na fase de blastocisto, se implanta no endométrio para dar início à gravidez, processo chamado implantação embrionária ou nidação.

Quais funções as trompas de Falópio exercem no sistema reprodutor feminino?

De uma forma resumida, as trompas de Falópio têm quatro funções principais:

  • capturar o óvulo liberado durante a ovulação;
  • transportar os espermatozoides até o óvulo;
  • sediar a fecundação (encontro do espermatozoide com o óvulo);
  • transportar o embrião (depois da fecundação) até o útero, para que ele possa se implantar e se desenvolver.

O que pode afetar as trompas de Falópio e levar à dificuldade de engravidar?

Existem alguns problemas que podem afetar as trompas de Falópio e, consequentemente, dificultar a gravidez pelo método tradicional.

Se houver lesões ou quaisquer obstruções nas trompas de Falópio, isso pode impedir a passagem do óvulo e/ou espermatozoide. Dessa forma, torna-se impossível o encontro dos dois gametas. As obstruções podem ser provocadas por inflamações tubárias, por exemplo, ou que afetam outros órgãos reprodutores.

Geralmente são consequência da doença inflamatória pélvica (DIP), na maioria da vezes provocada por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Quando atinge as tubas uterinas, é chamada salpingite. Quando atinge os ovários, é ooforite. Já quando afeta o endométrio, é chamada de endometrite. Todas elas podem comprometer a fertilidade feminina.

Além disso, doenças femininas comuns durante a fase reprodutiva, como a endometriose e os miomas uterinos, também podem resultar em obstruções. Miomas uterinos que crescem próximos ao óstio tubário, abertura que as liga ao útero, podem impedir o transporte dos espermatozoides.

Já a endometriose tubária pode causar alterações na anatomia do órgão, provocando obstruções e comprometendo a sua função. As obstruções nas tubas uterinas são, inclusive, consideradas a segunda causa mais comum de infertilidade feminina. Elas podem ser uni ou bilaterais.

Quando não é possível engravidar em razão de obstruções tubárias, seja pelo motivo que for, é possível realizar o sonho de ter filhos com o tratamento por fertilização in vitro (FIV).

A FIV foi desenvolvida na década de 1970 e tornou-se conhecida na ocasião como a técnica do “bebê de proveta”, por possibilitar a fecundação e geração de embriões em laboratório, posteriormente transferidos ao útero para que se implantem naturalmente. Dessa forma, as tubas uterinas não possuem nenhuma função no processo.

O tratamento, entretanto, é feito em etapas e algumas antecedem a fecundação e são fundamentais para que o processo seja bem-sucedido.

  • estimulação ovariana;
  • aspiração folicular e coleta e preparo do sêmen;
  • a terceira etapa é a fecundação em si;
  • cultivo embrionário;
  • transferência dos embriões ao útero, que é a última etapa.

Na estimulação ovariana, a mulher utiliza medicamentos para estimular o desenvolvimento dos folículos, induzindo-os também ao amadurecimento e rompimento. Como no ciclo menstrual apenas um folículo amadurece a ponto de liberar o óvulo, na reprodução assistida é importante estimular os ovários para termos um número maior de folículos e, assim, de óvulos.

Quando os folículos atingem o tamanho esperado, é feita a coleta do líquido que está em seu interior, que é também onde fica o óvulo. Cada folículo guarda apenas um óvulo, por isso precisamos aspirar diversos folículos.

Simultaneamente à coleta dos óvulos, o sêmen é coletado e os espermatozoides selecionados por técnicas de preparo seminal. Hoje, a maioria das clínica utiliza a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) para a fecundação. Nesse método, cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo.

Após a fecundação, os embriões ficam em incubadoras por um tempo determinado de acordo com as características do casal e da qualidade dos gametas e embriões, e depois são transferidos ao útero, terminando assim o processo de FIV.

Gostou de aprender mais sobre as trompas de Falópio? Toque aqui e conheça todas as possíveis causas de infertilidade feminina.


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Prxima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...