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Idade e reserva ovariana: qual a relação?

por Dr. Augusto Bussab



"Na sociedade de hoje, a infertilidade relacionada à idade é cada vez mais comum, pois, por vários motivos, muitas mulheres esperam até os 35 anos ou mais para começar suas famílias. Apesar de as mulheres estarem cada vez mais saudáveis, uma saúde melhor na idade […]"
Idade e reserva ovariana: qual a relação?

Na sociedade de hoje, a infertilidade relacionada à idade é cada vez mais comum, pois, por vários motivos, muitas mulheres esperam até os 35 anos ou mais para começar suas famílias.

Apesar de as mulheres estarem cada vez mais saudáveis, uma saúde melhor na idade adulta é insuficiente para neutralizar o declínio natural da fertilidade devido à idade.

Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides continuamente ao longo da vida, as mulheres nascem com um estoque finito de óvulos (cerca de 1/2 milhões), que diminui gradualmente com o tempo, chegando à puberdade com aproximadamente 400 mil folículos.

Entender como essa reserva ovariana se esgota lentamente com a idade pode ajudar a tomar decisões que protegem as chances futuras de ter um bebê. Para isso, continue a leitura até o final!

O que significa reserva ovariana?

Reserva ovariana se refere à quantidade de óvulos presentes nos ovários com potencial reprodutivo. Como as mulheres são incapazes de produzir novos óvulos, seu suprimento de óvulos (e fertilidade) diminui naturalmente com a idade até a menopausa, quando a mulher deixa de ovular.

Quais são as causas da redução da reserva ovariana?

A idade da mulher é o principal fator e o que mais influencia o estado da reserva ovariana. A relação entre os dois é inversamente proporcional, ou seja, quanto mais a mulher envelhece, menor a quantidade e a qualidade de seus óvulos.

Existem outros fatores que podem afetar a reserva ovariana e, consequentemente, a fertilidade feminina. Esses fatores podem reduzir a vida fértil da mulher e levar à infertilidade antes da idade mais comum da menopausa.

Testes úteis para avaliar a reserva ovariana da mulher

Existem alguns exames que podem ajudar a estimar a reserva ovariana:

  • Hormônio folículo estimulante (FSH) do dia 3 do ciclo;
  • Hormônio antimülleriano (HAM);
  • Contagem de folículos antrais ovarianos (CFA) com ultrassonografia;
  • Inibina B (dependendo do caso).

O objetivo de fazer a avaliação da reserva ovariana é identificar pacientes com infertilidade e que são mais propensas a exibir uma baixa resposta à estimulação ovariana e ter uma chance menor de engravidar com técnicas de reprodução assistida, mais comumente FIV.

Como a reserva ovariana afeta a fertilidade?

Como já foi dito, a mulher nasce com os oócitos que terá ao longo da vida. O avanço da idade provoca o envelhecimento desses óvulos, fazendo com que percam características que garantem o seu bom funcionamento.

Isso tem duas consequências: 1. torna mais difícil para o espermatozoide fertilizar esse óvulo com sucesso; 2. por outro lado, mesmo que consiga a gravidez, o risco de o bebê nascer com um distúrbio cromossômico aumenta.

A partir dos 35, ocorre uma diminuição considerável da reserva ovariana não só em quantidade, mas também em qualidade e, quando a mulher atinge os 40 anos, o número de óvulos diminui ainda mais, reduzindo significativamente as chances de engravidar.

É possível melhorar a qualidade da reserva ovariana?

Não existe tratamento ou técnica que ajude melhorar a quantidade ou a qualidade dos óvulos presentes no corpo da mulher. Porém, conhecer os fatores que podem influenciar e seguir um estilo de vida saudável é uma alternativa. Evitar fumar, gerenciar o estresse e priorizar uma alimentação saudável, por exemplo, pode ser algumas das formas simples de preservar a fertilidade.

Preservação da fertilidade e congelamento de óvulos

A preservação da fertilidade e o congelamento de óvulos estão se tornando mais populares conforme as técnicas de congelamento melhoram e mais mulheres estão cientes dos efeitos do avanço da idade sobre a fertilidade.

Ao coletar e congelar os óvulos, uma mulher pode preservar os de sua juventude e usá-los no futuro. A capacidade dos óvulos de formarem um embrião normal está ligada à idade da mulher quando os óvulos são coletados, não quando serão usados.

Se uma mulher de 34 anos congelasse seus óvulos, ela poderia retornar em qualquer idade no futuro e tentar engravidar com os óvulos coletados nessa idade. Mesmo que ela guardasse os óvulos até os 45 ou 50 anos, ela teria óvulos dos 34 anos. É importante destacar que a idade-limite para a mulher engravidar com as técnicas de reprodução assistida é 50 anos.

O congelamento de óvulos, portanto, pode aliviar parte do estresse do relógio biológico e preservar a fertilidade da mulher para os anos posteriores.

Conclusão

O envelhecimento reprodutivo feminino é uma causa comum de infertilidade em mulheres entre 30 e 40 anos. Os profissionais de saúde devem aconselhar as mulheres sobre a realidade do relógio biológico e garantir que elas tenham expectativas realistas sobre as taxas de fertilidade natural e assistida, caso optem por atrasar a maternidade até os últimos anos reprodutivos.

Identificar se você tem reserva ovariana diminuída é um componente importante de uma avaliação de fertilidade. Se quiser saber mais sobre reserva ovariana, você pode marcar uma consulta com um especialista em fertilidade para obter a ajuda e o suporte de que precisa.

Para saber outros assuntos relacionados à reserva ovariana, sugerimos também a leitura sobre infertilidade feminina.


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26 de julho de 2022 16:09

[…] ainda no período pré-natal, formando uma reserva limitada de células reprodutivas, chamada reserva ovariana. Isso não acontece no corpo masculino, que após a puberdade produz gametas […]

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