Desde que as mulheres se tornam aptas a engravidar, o que acontece a partir da puberdade, a cada ciclo menstrual um óvulo é liberado para ser fecundado pelo espermatozoide, respectivamente os gametas feminino e masculino, as células sexuais de mulheres e homens com as informações genéticas dos pais.
A fecundação é uma das etapas mais importantes da gravidez. É sediada pelas tubas uterinas, que fazem a ligação entre os ovários e o útero. Nela, ocorre a fusão dos dois gametas originando o zigoto.
As mulheres já nascem com uma reserva ovariana, quantidade de folÃculos, bolsas que contêm os óvulos imaturos. Armazenados nos ovários, são utilizados durante a idade fértil e se esgotam na menopausa. A produção de espermatozoides, por outro lado, também inicia na puberdade, porém acontece continuamente durante toda a vida dos homens.
Ainda que a formação do zigoto pareça simples, na verdade é um processo bastante complexo, que depende de diferentes variáveis para ser bem-sucedido.
Continue a leitura até o final para entender o que é o zigoto e sua importância para a reprodução humana. Confira!
O que é zigoto?
O ciclo menstrual das mulheres começa com a menstruação. A primeira fase, chamada folicular, depende da atuação de dois hormônios, o hormônio folÃculo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH).
Vários folÃculos são recrutados e crescem estimulados pela ação do FSH, porém, apenas um deles se torna dominante, isso significa que se desenvolve e amadurece adequadamente, assim como o óvulo contido em seu interior. O hormônio luteinizante (LH) é responsável por esse amadurecimento.
O folÃculo se torna totalmente maduro aproximadamente na metade do ciclo, quando os nÃveis de LH atingem o pico e o induzem ao rompimento para liberação do óvulo na ovulação. Captado pelas tubas uterinas, o óvulo aguarda por 24h o encontro com o espermatozoide.
Os espermatozoides são produzidos nos túbulos seminÃferos, estruturas localizadas em cada testÃculo, e amadurecem nos epidÃdimos, ductos que os transportam quando ocorre o estÃmulo sexual. Milhares são liberados durante a ejaculação e viajam até o óvulo pela porção uterina das tubas. No entanto, apenas um deles o alcança e, para penetrá-lo, deve romper a zona pelúcida, camada de glicoproteÃnas que o protege.
Quando o espermatozoide penetra o óvulo ocorre a fusão dos pronúcleos dos gametas com as informações genéticas dos pais, originando a primeira célula do futuro ser humano, o zigoto. Também chamado de célula-ovo, é a partir do zigoto que todo o organismo se forma.
A ovulação marca o perÃodo de maior fertilidade da mulher, ou seja, quando há mais chances de o óvulo ser fecundado e o zigoto formado.
O que acontece após a formação do zigoto?
O zigoto, portanto, é o estágio inicial de desenvolvimento do embrião, que sofre sucessivas divisões celulares ainda nas tubas uterinas enquanto é transportado ao útero. No quinto dia de desenvolvimento, já no útero, fase chamada blastocisto, inicia o processo de implantação, quando se fixa ao endométrio, camada interna uterina, marcando o inÃcio à gestação.
O endométrio é devidamente preparado para receber o embrião desde a primeira fase do ciclo menstrual, tornando-se mais espesso pela ação do estrogênio, hormônio secretado pelo folÃculo em desenvolvimento. Na última fase, após a liberação do óvulo, esse folÃculo se transforma em uma glândula endócrina temporária responsável por secretar progesterona, hormônio que finaliza o preparo.
Na fase de blastocisto o embrião possui dois grupos celulares distintos, o trofoblasto e o embrioblasto. O primeiro forma a placenta e os anexos embrionários, enquanto o segundo forma o embrião propriamente dito. Da oitava semana de gestação ao nascimento o embrião passa a ser chamado de feto.
A formação do zigoto, portanto, é fundamental para a continuidade do processo gestacional, tanto na gestação natural quanto na reprodução assistida.
Zigoto na reprodução assistida
Nas técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), a fecundação também acontece nas tubas uterinas, assim, o zigoto é formado como na gestação natural, pela penetração do óvulo no espermatozoide.
Na fertilização in vitro (FIV), por outro lado, o processo é realizado em laboratório a partir da manipulação de óvulos e espermatozoides, previamente coletados e selecionados. Hoje, o método mais utilizado é a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada um é injetado diretamente no citoplasma do óvulo para que ocorra a fusão dos pronúcleos formando o zigoto.
Ao facilitar esse processo, o método garante mais chances de sucesso, possibilitando que um número maior de embriões sejam formados. A etapa inicial de desenvolvimento embrionário também ocorre em laboratório.
Eles são acomodados em incubadoras e se desenvolvem do zigoto ao blastocisto, quando são transferidos ao útero materno para que a implantação ocorra naturalmente. A transferência é bastante simples, realizada na clÃnica de reprodução assistida e, logo após, a mulher pode retomar suas atividades cotidianas sem a necessidade de repouso.
As técnicas de reprodução assistida são consideradas o tratamento padrão quando há problemas de infertilidade. As RSP e a IA são indicadas nos casos de fatores mais leves, enquanto a FIV proporciona a solução dos mais severos e de outras demandas reprodutivas, como a gravidez de casais homoafetivos e pessoas solteiras que desejam uma gravide independente.
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A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]
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