Trombofilia: como é feito o tratamento?

A trombofilia é uma das condições que pode afetar a mulher e causa complicações durante a gravidez ou as tentativas. De forma geral, doenças que afetam o funcionamento do sistema reprodutor podem vir a causar infertilidade.

Cerca de 35% das causas de infertilidade investigadas são por fatores masculinos e outros 35% são femininos. Dessa forma, a investigação da infertilidade é essencial para que o tratamento adequado seja realizado, de modo a possibilitar uma gravidez.

As doenças que afetam a fertilidade feminina podem ter origens diversas.

O que é trombofilia?

A formação de coágulos, que recebem o nome de trombos, ocorre de forma natural no organismo, de modo a evitar perda excessiva de sangue quando há lesão ou rompimento nos vasos sanguíneos. Dessa forma, é possível evitar hemorragias.

A trombofilia é a predisposição para o desenvolvimento de trombos e, consequentemente, da trombose, obstrução do vaso sanguíneo. Embora rara, essa predisposição pode ser um fator de infertilidade por aumentar o risco de falha de implantação.

Tem-se maior potencial de desenvolvimento de trombose durante a gestação e durante o período de puerpério, devido às características pró-coagulantes que ambos os estados têm. A trombofilia pode ser adquirida ou hereditária, e ocorre em cerca de 15% da população.

Mulheres com trombofilia sofrem de uma menor circulação de sangue nos vasos sanguíneos que regam o útero e, durante a gravidez, a placenta. Isso pode causar abortos de repetição e óbitos fetais.

Dessa forma, mulheres que tenham histórico de desenvolvimento dessa condição e que estejam grávidas necessitam de atenção médica especial e constante durante esse período. A trombose também pode ocorrer em localizações incomuns e se desenvolver mesmo que sejam tomadas medidas preventivas.

Sintomas da trombofilia

É possível identificar a trombofilia por meio de seus sintomas, que ocorrem de forma diversa a depender da forma de manifestação da doença. A trombose venosa profunda apresenta sintomas como inchaço em uma das pernas, que ocorre devido à dificuldade que o sangue encontra em passar pelo trajeto venoso, causando dor e fazendo com que o membro fique, por vezes, avermelhado.

A temperatura local também pode aumentar, se configurando como outro sintoma da trombofilia. A dilatação das veias e ocorrência de úlceras dolorosas são outros sintomas que podem ser citados.

Quando a trombose ocorre durante a gravidez, tem-se o risco de abortos de repetição ou de parto prematuro, além do desenvolvimento anormal do feto.

Exames para identificar trombofilia

Para detectar a trombofilia, pode-se pedir uma investigação laboratorial completa, que consiste na realização de uma série de exames de sangue.

A investigação da trombofilia é importante para mulheres gestantes ou que desejam engravidar, devido às complicações que tal condição pode causar em gestantes que podem dificultar ou impedir a implantação embrionária ou causar abortos.

Tratamento da trombofilia

O tratamento da trombofilia tem como objetivo reduzir o risco de ocorrência de eventos trombóticos. Esse tratamento, no entanto, depende do fato de a mulher estar ou não estar grávida.

Muitos casos de trombofilia podem ser diagnosticados após a realização da investigação que visa determinar as causas da ausência de uma gravidez.

Uma das formas de tratamento é por meio da administração de medicamentos anticoagulantes, como a heparina. Esses tratamentos visam controlar a coagulação, o que evita que os trombos se formem. Para determinar a posologia, o médico leva em consideração o tipo de trombofilia desenvolvido e o peso da paciente.

Já pacientes gestantes devem utilizar os medicamentos desde o início da gravidez e interromper seu uso até um dia antes do parto.

O tratamento em gestantes é amplamente mais eficiente quanto antes for diagnosticada a trombofilia, o que diminui o risco de complicações durante a gestação e pós-parto.

Esse tratamento, no entanto, deve ser retomado logo após o parto, de forma a evitar hemorragias e sangramentos, já que os fatores de coagulação tendem a aumentar de forma natural durante esse período.

Riscos que a doença oferece

A trombofilia pode causar complicações que levam ao entupimento de veias e artérias, fazendo com que a circulação sanguínea ocorra com dificuldade. Esse risco é ainda maior no caso de gestantes ou de mulheres tentando engravidar.

Independentemente do fato de a mulher ter engravidado de forma natural ou por meio de reprodução assistida, a trombofilia pode se configurar como uma complicação que leva a abortos espontâneos, problemas de desenvolvimento do feto ou dificuldade de implantação embrionária, configurando-se como um fator de infertilidade, portanto é importante investigar a condição antes das tentativas de gravidez e da reprodução assistida.

Dessa forma, pacientes nesse quadro devem realizar acompanhamento médico constante durante todo o período da gravidez, a fim de que seja verificada a possibilidade da formação de trombos que possam vir a causar complicações durante a gestação.

Somente por meio do acompanhamento médico torna-se possível conciliar a trombofilia com a gravidez. O tratamento dessa doença depende de sua forma de manifestação e do fato de a mulher estar ou não grávida. Compartilhe esse texto em suas redes sociais e ajude a disseminar essa informação.

 

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