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Torção testicular: veja como é feito o diagnóstico e a importância

por Dr. Augusto Bussab



"A infertilidade afeta milhões de pessoas no mundo todo e pode ser provocada tanto por fatores femininos quanto masculinos. A infertilidade masculina, por exemplo, geralmente é resultado de interferências na espermatogênese, processo pelo qual os espermatozoides são produzidos, ou de obstruções que impedem seu transporte […]"
Torção testicular: veja como é feito o diagnóstico e a importância

A infertilidade afeta milhões de pessoas no mundo todo e pode ser provocada tanto por fatores femininos quanto masculinos.

A infertilidade masculina, por exemplo, geralmente é resultado de interferências na espermatogênese, processo pelo qual os espermatozoides são produzidos, ou de obstruções que impedem seu transporte para fecundar o óvulo.

Embora a torção testicular seja uma condição rara e não esteja entre as causas mais conhecidas, pode interferir na capacidade reprodutiva dos homens e causar a perda do testículo afetado. Assim, é considerada uma emergência médica e deve ser diagnosticada o quanto antes para evitar complicação mais série à saúde geral ou reprodutiva.

Explicamos, neste texto, como é feito o diagnóstico da torção testicular destacando a sua importância. Acompanhe a leitura até o final para saber mais! Confira!

O que é torção testicular?

Para a gravidez ser bem-sucedida é preciso que os órgãos reprodutores de homens e mulheres funcionem corretamente. Os masculinos são os testículos, epidídimos, ductos deferentes, ductos ejaculatórios, uretra, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais, pênis e bolsa testicular.

Os testículos são as gônadas ou glândulas sexuais, cuja função é a produção de espermatozoides, gametas ou células sexuais masculinas que carregam as informações genéticas dos homens e de testosterona, hormônio essencial para esse processo.

Têm o formato oval e são abrigados na bolsa testicular, que os protege contra danos externos e mantêm na temperatura ideal para a espermatogênese, que acontece nos túbulos seminíferos, estruturas dispostas em novelo nos lóbulos testiculares.

Formados durante o desenvolvimento intrauterino, são fixados na parte superior pelo cordão espermático, responsável pelo fornecimento de sangue para a região e, na inferior, pela bolsa testicular, que os armazena, protege e mantêm na temperatura ideal para espermatogênese, abaixo da corporal.

Torção testicular é uma condição em que o cordão espermático se torce, ou seja, o testículo gira em torno de seu próprio eixo sobre essa estrutura, levando à interrupção do fluxo sanguíneo e resultando em dor intensa.

Na maioria dos casos é consequência da fixação inadequada dos testículos durante o desenvolvimento embrionário, bem como é mais comum no testículo esquerdo, embora também possa ser bilateral. Conhecida como deformidade de badalo, em homens esse problema os testículos se movimentem livremente na bolsa testicular, aumentando a chance de torção.

A deformidade de badalo, por sua vez, segundo estudos tem componentes genéticos, ou seja, o risco de torção testicular e mais alto em filhos de pais com o problema.

Traumas testiculares podem igualmente aumentar o risco, como a prática excessiva de atividades físicas que causam impactos na região, entre elas o ciclismo e a ginástica olímpica se destacam.

Ainda que a torção testicular seja mais comum na adolescência, dos 12 anos aos 18 anos, homens velhos, crianças e até mesmo bebês podem ter seus testículos torcidos, inclusive durante o sono, quando o corpo está em repouso.

Veja como é feito o diagnóstico da torção testicular e sua importância

Observar os sintomas da torção testicular é fundamental para garantir que a condição seja diagnosticada e tratada precocemente, evitando, dessa forma, maiores danos e complicações. A dor súbita e intensa é o principal e já indica a necessidade de procurar uma emergência médica, porém outros podem surgir quando o tratamento não é imediato.

Inchaço do testículo afetado e alterações na cor da bolsa testicular estão entre eles, embora o testículo também possa encolher como consequência do corte de suprimento sanguíneo, resultando em assimetria.

Além disso, o homem pode ter dor abdominal e urinar com maior frequência, assim como náuseas e vômito em algumas situações.

O diagnóstico inicia durante a consulta com o especialista pelo exame físico e por ultrassonografia testicular, exame que a ausência ou diminuição de fluxo sanguíneo na região.

As principais consequências da torção testicular são a morte do tecido testicular, o que é chamado necrose, infertilidade e a perda do testículo afetado, principalmente quando o tratamento é realizado 24 horas após a torção.

As chances para salvá-lo, por outro lado, são de quase 100% quando acontece nas seis horas e seguintes e reduzem pela metade após 12h.

Como a torção testicular é tratada?

O tratamento da torção testicular é feito inicialmente pela rotação manual dos testículos e o problema é corrido posteriormente por cirurgia.

No entanto, a fertilidade pode ser comprometida mesmo quando a torção testicular é tratada no tempo certo. Isso porque, os tecidos testiculares não recebem oxigênio se não houver circulação sanguínea, interferindo, assim, na produção de espermatozoides, levando à baixa concentração no sêmen, oligozoospermia, ou ausência, azoospermia, causas comuns de subfertilidade e infertilidade masculina.

Nesse caso, para engravidar é preciso contar com o auxílio da reprodução assistida, particularmente da fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (FIV com ICSI).

Na FIV, a fecundação acontece em laboratório, precedida da coleta e seleção dos melhores espermatozoides pelo preparo seminal, técnica que os capacita. Em homens com azoospermia, eles podem ser coletados por diferentes métodos dos testículos ou epidídimos, ductos em que são após armazenados após a produção e depois capacitados.

Durante a fecundação cada espermatozoide selecionado é novamente avaliado por um microscópio potente e injetado diretamente no citoplasma do óvulo, aumenta as chances quando há baixa concentração. Os embriões formados são transferidos ao útero materno depois de alguns dias de desenvolvimento.

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