O que é oligozoospermia?

O sêmen exerce papel fundamental na fertilidade, sendo o responsável por transportar os espermatozoides até o óvulo. Homens que sofrem de azoospermia ou oligozoospermia podem ter sua fertilidade afetada e devem realizar um espermograma a fim de analisar a qualidade do sêmen.

A infertilidade por fatores masculinos ocorre em cerca de 40% dos casais inférteis. Diversas anomalias, doenças e infecções podem ter influência na qualidade do sêmen. Muitos de seus aspectos podem ficar comprometidos, tanto os relacionados aos espermatozoides como os relacionados ao líquido seminal.

Dessa forma, casais que desejam engravidar podem se frustrar por tentativas malsucedidas de obter uma gravidez. É importante consultar um médico especialista para que ele possa realizar os exames necessários a fim de determinar as causas da infertilidade.

Oligozoospermia

A infertilidade masculina pode ser caracterizada por qualquer problema de saúde que ocorra no organismo do homem e cause uma redução das chances de que ele consiga engravidar sua parceira.

A oligozoospermia é definida por uma concentração ou número total de espermatozoides que esteja abaixo dos limites de referência mais baixos do que o que é considerado normal. Essa é uma condição, portanto, que afeta a contagem do número de gametas presentes no sêmen.

Esse termo faz referência à redução na quantidade do número de espermatozoides no sêmen. Esse número pode ser afetado por fatores diversos, como doenças, lesões, o estilo de vida do homem e problemas crônicos que afetam a produção de espermatozoides. O principal fator que é geralmente analisado a fim de diagnosticar as causas da infertilidade em homens é o esperma.

Parâmetros seminais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera alguns valores mínimos de referência para determinar os parâmetros ideais do sêmen:

• um volume do ejaculado de 1,5 ml;
• concentração de espermatozoides de 15 x 106 por ml;
• número total de espermatozoides de 39 milhões;
• motilidade normal de 40% das células ou mais;
• vitalidade de 58%;
• morfologia de 4% ou mais.

Causas e prevalência

A oligozoospermia pode ser causada por motivados variados. Alguns desses motivos são hábitos de vida que sejam prejudiciais, como maus hábitos alimentares, alcoolismo e tabagismo.

O estresse também é um fator que pode causar a redução do número de espermatozoides. A oligozoospermia, nesse caso, é transitória e reversível.

As alterações hormonais causadas por problemas de ordem hormonal também podem levar a uma alteração no número de espermatozoides, bem como à dilatação das veias testiculares, conhecida como varicocele, e algumas doenças e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Cada causa deve receber um tratamento específico para que o homem consiga recuperar a fertilidade. Quando isso não é possível, indica-se alguma técnica de reprodução assistida.

Como tratar a oligozoospermia

Para que o tratamento da oligozoospermia ocorra, primeiro devem ser diagnosticadas suas causas. O diagnóstico também busca analisar a reversibilidade dessa condição. Ainda que essa condição não seja causada por maus hábitos alimentares ou ingestão de substâncias tóxicas, o tratamento inclui também a reeducação alimentar e a mudança de hábitos, a fim de o homem levar uma vida mais saudável.

Mudanças de hábitos podem corrigir o problema nos casos decorrentes de fatores não genéticos, mas existe também a possibilidade de tratamento medicamentoso, incluindo a reposição hormonal, intervenção cirúrgica ou técnicas de reprodução assistida para os casos mais severos ou atrelados a outros fatores de infertilidade.

Alguns casos mais específicos, como a varicocele, podem exigir a realização de uma cirurgia. A oligozoospermia por disfunções hormonais pode ser tratada por meio da reposição de hormônios.

Relação com a reprodução assistida

Em casos nos quais o exame diagnóstico de oligozoospermia indique a infertilidade por fatores masculinos, a reprodução assistida pode ser recomendada para homens que desejam ser pais.

Nesse caso, recomenda-se a realização da fertilização in vitro (FIV), que permite a manipulação laboratorial dos espermatozoides a fim de selecionar os melhores para que a fecundação ocorra.

A fecundação é feita por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), em que o espermatozoide é injetado diretamente no citoplasma do ovócito, aumentando as chances de sucesso da fecundação.

Quando a contagem de espermatozoides não é severamente baixa, é possível obter alto grau de sucesso com a FIV, fazendo dela uma técnica importante, que pode reverter as consequências de quadros como o da oligozoospermia.

Além disso, a FIV conta com técnicas complementares que visam contornar problemas específicos relacionados à baixa contagem de espermatozoides. Por meio das técnicas de PESA, MESA e Micro-TESE, por exemplo, é possível coletar os gametas masculinos diretamente nos testículos ou epidídimos.

Como na FIV com ICSI um número baixo de espermatozoides já pode possibilitar a gravidez, mesmo que o homem tenha uma condição de produção prejudicada é possível ter filhos.

Outras condições do sêmen

A infertilidade por fatores masculinos ocorre em cerca de 40% dos casais inférteis. Além da oligozoospermia, outras patologias que acometem a normalidade das células reprodutivas, como azoospermia, que é a ausência de espermatozoides no sêmen, aspermia, caracterizada pela ausência de fecundação, astenozoospermia, espermatozoides com pouca ou nenhuma motilidade, e teratozoospermia, o formato anormal dos espermatozoides, promovem quadros de infertilidade e podem ter suas consequências revertidas com a aplicação de técnicas de FIV.

A oligozoospermia é a baixa contagem de espermatozoides no sêmen, e pode ter impacto negativo na fertilidade.

Saiba mais sobre a infertilidade masculina.

 

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