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SOP e FIV: veja quando a técnica é indicada

por Dr. Augusto Bussab



"As técnicas de reprodução assistida, como a FIV (fertilização in vitro), trouxeram mais esperança para casais tentantes que enfrentam a infertilidade. A SOP, síndrome dos ovários policísticos, por exemplo, está entre as doenças femininas que podem ser tratadas pela técnica, com chances bastante altas de realizar […]"
SOP e FIV: veja quando a técnica é indicada

As técnicas de reprodução assistida, como a FIV (fertilização in vitro), trouxeram mais esperança para casais tentantes que enfrentam a infertilidade. A SOP, síndrome dos ovários policísticos, por exemplo, está entre as doenças femininas que podem ser tratadas pela técnica, com chances bastante altas de realizar o sonho de ter filhos.

Diferentemente das técnicas mais simples, como a inseminação artificial (IA) e a relação sexual programada (RSP), a FIV prevê a fecundação fora do corpo, em laboratório especializado. Uma vez que os embriões se formam, são transferidos para o útero.

Quando se trata de infertilidade, a FIV pode ser uma opção se houver diagnóstico envolvendo endometriose, baixa contagem de espermatozoides, problemas com o útero ou tubas uterinas, doença genética da mãe ou do pai, entre diversas outras doenças, inclusive a SOP.

Para saber mais sobre o tratamento com FIV para as mulheres com SOP que querem ter filhos, continue a leitura deste texto até o final!

O que é SOP?

A SOP é um problema de saúde que afeta mulheres em idade reprodutiva, causada por um desequilíbrio de hormônios específicos. Esse desequilíbrio pode levar a uma variedade de sintomas e afetar, inclusive, a fertilidade da mulher.

Durante a idade fértil da mulher, vários folículos ovarianos são recrutados a cada ciclo menstrual. No entanto, apenas um chega a amadurecer o suficiente para liberar o óvulo, e esse folículo é chamado de dominante.

Diferentes hormônios participam desse processo, incluindo as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), além do estrogênio.

O FSH atua no recrutamento dos folículos, enquanto o LH estimula as células foliculares a produzirem testosterona, convertida pelo FSH em estrogênio, hormônio responsável pelo espessamento do endométrio, preparando-o para receber um possível embrião e, assim como o LH, pelo amadurecimento do folículo dominante.

É principalmente o pico do LH, perto da metade do ciclo menstrual, que leva ao rompimento do folículo para a liberação do óvulo, evento conhecido como ovulação. Após a ovulação, o folículo rompido se transforma em corpo-lúteo, uma glândula endócrina temporária responsável pela produção de progesterona, hormônio cuja ação é fundamental para o preparo final do endométrio, que se torna receptivo à fixação do embrião.

Em mulheres com SOP, o desequilíbrio pode impedir o desenvolvimento folicular e a liberação de óvulos maduros. E, como consequência, a ovulação e a gravidez não acontecem.

Como a SOP causa infertilidade?

Os problemas de ovulação são a principal causa de infertilidade em mulheres com SOP. A ovulação pode ser irregular, ou seja, ocorrer apenas em alguns ciclos, ou não ocorrer em nenhum, condições respectivamente denominadas de oligovulação e anovulação.

Mesmo que ocorra a ovulação, o desequilíbrio hormonal pode impedir que o revestimento do útero se desenvolva adequadamente para permitir a implantação do embrião, evento que marca o início da gestação.

Isso acontece porque, na SOP, enquanto o FSH está presente em menores concentrações, os níveis do LH são mais elevadas do que o normal, resultando também em uma produção alta de testosterona. Os baixos níveis de FSH impedem a conversão adequada da testosterona em estrogênio, o que interfere no amadurecimento do folículo dominante e no preparo do endométrio.

As alterações nos níveis impedem que o pico hormonal aconteça e, assim, mesmo que o folículo se desenvolva e amadureça não consegue se romper para a liberação do óvulo. Com a ausência de ovulação, não há formação do corpo-lúteo e, consequentemente, o endométrio não é adequadamente preparado.

Os folículos que não se romperam nos ciclos menstruais de mulheres com SOP permanecem aderidos aos ovários, formando os cistos característicos da doença. Além disso, o aumento anormal da testosterona (hiperandrogenismo) também leva ao desenvolvimento de outros sintomas, como o crescimento de pelos em locais anormais, queda de cabelo temporária, acne, seborreia e ganho de peso.

Tratamento da SOP e FIV

Diferentes técnicas de reprodução assistida podem ser indicadas para as pacientes com síndrome dos ovários policísticos que desejam engravidar, uma vez que em todas elas a primeira etapa é a estimulação ovariana, procedimento em que medicamentos hormonais estimulam o desenvolvimento e amadurecimento dos folículos, portanto mais de um folículo libera o óvulo.

A mais indicada para cada caso, entretanto, é definida após uma investigação da saúde reprodutiva do casal. A FIV geralmente é o tratamento de escolha quando o quadro é de anovulação crônica, ou se não houver sucesso no tratamento com técnicas de menor complexidade, como a relação sexual programada (RSP).

Na FIV, o óvulo é fertilizado pelo espermatozoide em laboratório e, para isso, os gametas são previamente coletados e selecionados. Na estimulação ovariana são utilizadas dosagens hormonais mais altas porque o objetivo é coletar um número maior de óvulos.

Quando os folículos atingem o tamanho ideal, são induzidos ao amadurecimento final e aspirados individualmente por punção folicular, para posterior extração dos óvulos e seleção em laboratório.

Enquanto a punção folicular é realizada, o sêmen do parceiro é coletado por masturbação e as amostras submetidas ao preparo seminal, técnica que utiliza diferentes métodos para selecionar os melhores espermatozoides.

A fecundação, atualmente, é realizada por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada espermatozoide é injetado diretamente no citoplasma do óvulo. Os embriões formados são, então, cultivados por alguns dias e depois transferidos ao útero.

Embora a FIV geralmente seja a recomendação para os casos de anovulação, ou a RSP, mais simples das técnicas de reprodução assistida, pode aumentar as chances de engravidar quando a SOP causa apenas oligovulação, ou seja, em alguns ciclos o óvulo é liberado normalmente.

A relação sexual programada (RSP) também é chamada de coito programado. É uma técnica que utiliza dosagens hormonais mais baixas para obter no máximo três óvulos maduros, pois o objetivo é indicar o período fértil para programar a relação sexual do casal, o que pode elevar as possibilidades de fecundação, que acontece naturalmente, nas tubas uterinas.

Para que a técnica seja bem-sucedida, é importante que não haja outros problemas que prejudiquem a fertilidade do casal, como alterações nos padrões de normalidade dos espermatozoides ou problemas nas tubas uterinas.

Toque aqui e saiba detalhadamente com a FIV funciona.


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