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Sintomas de gravidez ectópica: saiba identificar

por Dr. Augusto Bussab



"Os principais órgãos reprodutores femininos são os ovários, as tubas uterinas e o útero. Para a gravidez ser bem-sucedida, é fundamental que todos cumpram sua função no processo reprodutivo. Os ovários, são as glândulas sexuais das mulheres, responsáveis pela produção dos hormônios femininos, estrogênio e […]"
Sintomas de gravidez ectópica: saiba identificar

Os principais órgãos reprodutores femininos são os ovários, as tubas uterinas e o útero. Para a gravidez ser bem-sucedida, é fundamental que todos cumpram sua função no processo reprodutivo.

Os ovários, são as glândulas sexuais das mulheres, responsáveis pela produção dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, bem como pelo armazenamento e desenvolvimento dos folículos ovarianos, estruturas que contêm os óvulos imaturo, as células sexuais que carregam as informações genéticas das mulheres.

Já as tubas uterinas, dois tubos musculares que conectam os ovários ao útero, respondem pela fecundação, transporte dos gametas para que esse processo aconteça, e do embrião formado ao útero, órgão em que se implanta para dar início à gestação e desenvolve até o nascimento.

Alterações no funcionamento dos órgãos reprodutores, além de causarem problemas na capacidade reprodutiva, resultando, muitas vezes, em infertilidade feminina, também podem comprometer a saúde geral.

Esse é o caso da gravidez ectópica, condição potencialmente perigosa durante a idade reprodutiva. Assim, saber identificar os sintomas é um importante recurso para diagnosticá-la precocemente.

Continue a leitura do texto o final para saber como identificar os sintomas de gravidez ectópica, que destaca, ainda, os principais fatores de risco.

O que é gravidez ectópica?

Gravidez ectópica é o termo utilizado para definir a condição em que o embrião se implanta fora do útero, na maioria dos vezes, em mais de 90% dos casos, nas tubas uterinas.

A gravidez acontece em diferentes etapas, que ocorrem durante os ciclos menstruais. Na primeira fase do ciclo, vários folículos são recrutados e crescem estimulados pelo hormônio folículo-estimulante (FSH). Um deles se destaca, desenvolve e amadurece pela ação do LH (hormônio luteinizante), liberando estrogênio durante esse processo.

O estrogênio, inicia, então, o preparo do endométrio, tornando-o mais espesso e vascularizado para receber um possível embrião. Na segunda metade do ciclo, um pico de LH induz o folículo dominante ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo, também maduro.

O óvulo liberado é captado pelas tubas uterinas e aguarda na ampola, sua porção mais dilata. Os espermatozoides viajam pela extremidade uterina das tubas para encontrá-lo. Vários são eliminados nesse trajeto e apenas um deles alcança o óvulo para fecundá-lo.

Na fecundação, o espermatozoide penetra o óvulo e ocorre a fusão dos pronúcleos com as informações genéticas dos pais, formando a primeira célula do embrião, chamada zigoto, que inicia o processo de divisão celular ainda nas tubas uterinas, enquanto é transportado ao útero.

O embrião chega ao útero aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento, fase chamada blastocisto, em que já possui as células formadas e divididas por função. O grupo celular externo, trofoblasto, vai formar as placentas e outros anexos embrionários, enquanto o interno, embrioblasto, forma o embrião propriamente dito, que passa a ser denominado feto a partir da 8ª semana de gestação.

Porém, algumas condições podem causar alterações na função das tubas uterinas, resultando em obstruções que dificultam a fecundação ou impedem o transporte do embrião ao útero quando ela acontece, levando à gravidez ectópica.

Por ser muscular e oco, o útero tem a capacidade de se adaptar ao crescimento do feto, fornecendo a nutrição, abrigo e proteção necessários ao seu desenvolvimento até o nascimento, o que não acontece com a tubas uterinas, que não têm capacidade para suportar esse desenvolvimento.

Assim, podem se romper e causar hemorragias graves, que oferecem, inclusive risco de morte para as mulheres. Além disso, quando é diagnosticada em estágios mais avançados, pode danificar a tuba afetada, ou levar à sua remoção durante a interrupção da gravidez, o que diminui a capacidade de engravidar naturalmente.

Os bloqueios tubários podem ser resultado da DIP ((doença inflamatória pélvica), geralmente provocada por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia e gonorreia, que levam a um processo inflamatório nas tubas, salpingite, cujas consequências são a hidrossalpinge, acúmulo de líquido no interior, ou a formação de aderências.

Os processo inflamatório característico da endometriose também pode provocar a formação de aderências, bloqueando essas estruturas, assim como cirurgias tubárias. Histórico de gravidez ectópica, uso do DIU (dispositivo intrauterino) e idade da mulher – acima de 36 anos as chances são mais altas – são considerados, ainda, fatores de risco.

Principais sintomas de gravidez ectópica

No entanto, aproximadamente a metade de todas as mulheres que têm uma gravidez ectópica não apresentam fatores de risco conhecidos. Por isso, devem estar atentas às mudanças em seus corpos durante a fase reprodutiva, especialmente, nesse caso, se apresentarem sintomas de gravidez.

Entre os sintomas de gravidez mais comuns, que alertam inicialmente para a necessidade de realizar os exames necessários para confirmá-la e determinar a viabilidade, estão:

  • atraso da menstruação;
  • sensibilidade, dor e inchaço dos seios;
  • náuseas com ou sem vômito;
  • micção frequente;
  • fadiga e sonolência;
  • variações de humor.

Já os sintomas específicos de gravidez ectópica são:

  • sangramento vaginal anormal;
  • dor lombar;
  • dor leve no abdômen ou na pelve;
  • cólicas leves em um lado da pelve.

Porém, eles também podem estar presentes na gravidez normal, quando embrião se implanta no endométrio, por exemplo, muitas mulheres experimentam o que é chamado de sangramento de nidação, que pode ser acompanhado de cólicas, cujo volume normalmente é bem pequeno, semelhante ao início ou final de um período menstrual.

À medida que o embrião cresce, entretanto, sintomas mais graves podem ocorrer, especialmente se a tuba afetada se romper, e podem incluir:

  • dor abdominal súbita e intensa;
  • sangramento abundante (hemorragia);
  • dor no ombro;
  • fraqueza extrema;
  • tontura e desmaios.

Esses sintomas, isoladamente em associação, indicam a necessidade de procurar atendimento médico com urgência.

Infertilidade e reprodução assistida

Memo quando apenas a tubas afetada pela gravidez ectópica é removida, muitas vezes a mulher não consegue engravidar. Além disso, danos causados em uma ou em ambas, também podem dificultar ou impedir a gravidez, o que pode ser motivado pelas condições que resultaram em obstruções tubárias ou pela recorrência do quadro, por exemplo.

Nesse caso, é possível contar com a reprodução assistida para auxiliar a gravidez. A técnica indica é a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação é realizada em ambiente laboratorial, bem como o desenvolvimento inicial dos embriões, posteriormente transferidos diretamente ao útero materno. As tubas, uterinas, portanto, não têm nenhuma função.

Agora que você já sabe identificar os sintomas da gravidez ectópica, toque aqui e conheça outras condições que podem resultar em infertilidade feminina. Uma informação particularmente importante para as mulheres em tentativa de engravidar!


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