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Pólipos endometriais e infertilidade: veja a relação

por Dr. Augusto Bussab



"O crescimento de um tecido anormal nas membranas mucosas é denominado pólipo. Pólipos endometriais, crescem no endométrio, mucosa que recobre a parte interna do útero em que o embrião se implanta para dar início à gestação. São formações geralmente benignas e raramente evoluem para a […]"
Pólipos endometriais e infertilidade: veja a relação

O crescimento de um tecido anormal nas membranas mucosas é denominado pólipo. Pólipos endometriais, crescem no endométrio, mucosa que recobre a parte interna do útero em que o embrião se implanta para dar início à gestação.

São formações geralmente benignas e raramente evoluem para a malignidade, porém podem interferir na fertilidade, resultando, muitas vezes, em infertilidade. Assim, representam um problema para as mulheres que estão tentando engravidar.

Embora sejam assintomáticos em boa parte dos casos, principalmente nos estágios iniciais, podem provocar sintomas marcantes; apesar de comprometerem a qualidade de vida das portadoras quando estão presentes, contribuem para o diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de sucesso do tratamento e diminui as de possíveis danos.

A maioria dos pólipos endometriais retrocede naturalmente, quando isso não acontece eles devem ser periodicamente observados e/ou tratados, independentemente de a mulher estar ou não tentando engravidar no momento.

Para entender melhor a relação entre os pólipos endometriais e infertilidade é só continuar a leitura deste texto até o final. Confira!

Como os pólipos endometriais podem ser percebidos pelas mulheres?

Os sintomas de pólipos endometriais se apresentam geralmente quando eles crescem mais ou se espalham pela cavidade uterina. Além da infertilidade, o principal deles é o sangramento uterino anormal (SUA), que pode se manifestar de diferentes formas.

  • sangramento anormal durante a menstruação, caracterizado pelo aumento de fluxo menstrual;
  • sangramento entre os períodos menstruais;
  • sangramento após relações sexuais;
  • sangramento constante e com pouco volume, semelhante à borra de café.

Para se ter uma ideia, segundo estudos, mais de 30% das mulheres com sangramento uterino anormal têm pólipos endometriais. Também podem ocorrer cólicas severas antes e durante o período menstrual (dismenorreia), enquanto a infertilidade, por outro lado, pode ser percebida pela dificuldade em engravidar após um ano de tentativas sem o uso de nenhum método contraceptivo.

Ainda não se sabe a causa exata do desenvolvimento de pólipos endometriais, no entanto, por serem uma doença estrogênio-dependente, como a endometriose e os miomas uterinos, o desequilíbrio desse hormônio, que inicia o preparo endometrial, é apontado por estudos como a causa mais provável para sua formação. Genética, lesões e traumas no endométrio são considerados ainda fatores de risco.

Veja a relação dos pólipos endometriais com a infertilidade feminina

A principal consequência dos pólipos endometriais durante a idade reprodutiva é a infertilidade. Eles causam um processo inflamatório no local, que interfere no preparo adequado do endométrio. Dessa forma, o embrião não consegue se implantar, resultando em falhas e abortamento.

Além disso, em tamanhos maiores ou quando se espalham pela cavidade uterina, podem causar distorções na anatomia do útero, o que dificulta ou impede a sustentação da gravidez e, consequentemente, leva à perda gestacional.

Distorções anatômicas podem ser ainda consequência de aderência provocadas pelo processo inflamatório. Nesse caso, da mesma forma que levam ao abortamento, quando estão próximas à tubas uterinas, podem impedir o transporte dos espermatozoides para encontrar o óvulo e, assim, a fecundação não acontece.

Assim, é importante procurar um especialista se houver qualquer tipo de sangramento uterino fora do período menstrual ou dificuldades para engravidar após um ano de tentativas malsucedidas, o que determina o quadro de infertilidade. As chances de sucesso do tratamento são maiores quando os pólipos são precocemente diagnosticados.

Como os pólipos endometriais são diagnosticados?

O diagnóstico dos pólipos endometriais é feito principalmente por exames de imagem, importantes também para descartar a possibilidade de outras doenças estrogênio-dependentes, que causam sintomas semelhantes.

Geralmente, o primeiro solicitado é a ultrassonografia transvaginal, que atualmente, com a alta resolução de imagens em 3D ou 4D, permite identificá-los com bastante precisão. No entanto, se ainda assim os resultados forem inconclusivos, outros, podem ser solicitados de forma complementar, incluindo a vídeo-histeroscopia diagnóstica.

Por ser uma técnica minimamente invasiva, a vídeo-histeroscopia diagnóstica pode ser igualmente a primeira opção diagnóstica, uma vez que permite a visualização direta da cavidade uterina, com transmissão em tempo real do procedimento para um monitor, possibilitando uma observação mais detalhada da região.

A definição do tratamento mais adequado em cada caso, é feita a partir dos resultados diagnósticos. Pode ser expectante, feito por medicamentos hormonais, por cirurgia, ou com a utilização de técnicas de reprodução assistida.

Tratamento e reprodução assistida

O tratamento dos pólipos endometriais considera critérios como quantidade, severidade dos sintomas, incluindo infertilidade e o desejo da mulher de engravidar no momento. Quando os pólipos menores e podem retroceder naturalmente, geralmente a conduta é apenas expectante, ou seja, devem ser observados periodicamente.

Se forem maiores, por outro lado, causarem sintomas mais leves e a mulher não desejar engravidar no momento, são prescritos medicamentos hormonais que promovem a suspensão da menstruação, minimizando dessa forma a ação do estrogênio, levando à redução e ao alívio dos sintomas.

No entanto, se causarem infertilidade ou provocarem sintomas mais severos, é indicada a cirurgia para remoção. O procedimento, chamado de polipectomia, normalmente é realizado por vídeo-histeroscopia cirúrgica. Na ocasião também é feita ainda a correção da anatomia uterina, quando os pólipos endometriais provocam distorções.

Em boa parte dos casos a mulher consegue engravidar naturalmente após a remoção. No entanto, se isso não acontecer, a fertilização in vitro (FIV), principal técnica de reprodução assistida, pode auxiliar. Porém, antes de iniciar o tratamento os pólipos devem ser igualmente removidos, pois podem interferir igualmente na implantação do embrião.

A FIV é indicada para fatores de infertilidade de maior gravidade e reproduz, em laboratório, etapas da gravidez como a fecundação e o início do desenvolvimento embrionário. Após se desenvolverem por alguns dias, os embriões são, então, transferidos diretamente ao útero materno.

Antes da transferência, o endométrio é preparado com a utilização de medicamentos hormonais semelhantes aos naturais. Assim, os riscos de falhas na implantação e abortamento são significativamente reduzidos.

Portanto, apesar de os pólipos endometriais muitas vezes resultarem em infertilidade, a gravidez pode ser obtida com o tratamento adequado ou utilização da FIV.

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