O funcionamento do sistema reprodutor feminino é bastante complexo, mas fácil de entender quando nos aprofundamos. Todos os órgãos deste aparelho são fundamentais para a reprodução humana e alterações podem levar a dificuldades de engravidar.
Este complexo sistema é composto por órgãos que externos e internos. Dentre os órgãos internos que compõem o aparelho reprodutor feminino, podemos destacar o útero, as tubas uterinas e os ovários. O colo do útero é a parte inferior do útero, porção mais estreita em contato com a vagina.
O colo do útero é muito importante para o processo de reprodução, e neste texto abordaremos sua estrutura e função. Confira!
Colo do útero
O colo do útero é a porção fibromuscular que se encontra na parte inferior do útero e que se projeta para a vagina. É um canal e uma barreira de entrada para o útero. Anatomicamente é uma superfÃcie brilhante e lisa, diferente em mulheres que já deram à luz e nas que não o fizeram.
Só existe no aparelho reprodutor feminino e tem uma função muito importante: transportar o sangue menstrual do útero para o exterior, mas, além disso, também possui outras.
O colo do útero desempenha um papel muito importante na gravidez e no parto. Os músculos dessa área são responsáveis ​​por sustentar o feto no útero. Mais tarde, será o canal pelo qual o bebê passará para chegar ao mundo.
É uma estrutura muscular e celular fundamental no corpo da mulher, pois além de ter funções essenciais em todo o processo de gravidez, é também o canal pelo qual o sêmen passa, permitindo que o espermatozoide fertilize o óvulo e, assim, leve à gravidez.
CaracterÃsticas do colo do útero
Apesar de muito pequeno, o colo do útero é dividido em cinco partes:
- exocérvice:é a parte visÃvel da vagina (por colposcopia) e é recoberta por um epitélio escamoso estratificado (camadas de pele unidas) de cor rosada;
- endocérvice: não é visÃvel, está localizada na parte central e une o orifÃcio cervical externo e interno, onde desemboca na vagina. Neste caso, apresenta uma cor mais avermelhada;
- orifÃcio cervical externo: o curioso dessa parte é que cada mulher a pode ter de uma maneira, dependendo do número de partos: quanto mais filhos, maior o diâmetro.
- orifÃcio cervical interno: mede menos de 1 cm e tem um papel muito importante na gravidez: delimita o canal endocervical e o útero;
- canal endocervical: é aquele que vai do orifÃcio externo para o interior e tem apenas 0,6 cm de diâmetro. Se esconde atrás do modo cervical e é o local onde o tampão de gravidez é formado.
Colo do útero e fertilidade
O colo do útero também desempenha um papel importante na fertilidade, pois é ele, sob a ação de hormônios, que secreta em certas partes do ciclo o famoso muco cervical, responsável por manter os espermatozoides vivos e conduzi-los ao óvulo.
Além disso, é nas criptas do colo do útero (suas paredes) que o espermatozoide pode ser armazenado por alguns dias.
É também ele que, se estiver fechado, bloqueia o acesso a qualquer intruso (espermatozoide, mas também bactéria) e que, ao se abrir, contribui para que ocorra a fertilização.
E como a natureza é perfeita, essa abertura e secreção de muco acontecem justamente no momento da ovulação, para que a passagem seja clara e acolhedora durante as 24 horas de vida do óvulo!
Infertilidade por fator cervical
O diagnóstico de infertilidade por fator cervical começa com uma história médica abrangente, que geralmente pode determinar se existem riscos.
A avaliação é realizada através de ultrassonografia transvaginal e transferência simulada de embriões, o que muitas vezes pode revelar se existe uma anormalidade significativa no colo do útero.
O tratamento para o fator cervical leve geralmente envolve a inseminação intrauterina (IIU) ou inseminação artificial (IA). Essa técnica simples facilita a passagem do esperma para a cavidade uterina, contornando o colo do útero e o depositando diretamente no topo da cavidade uterina.
Já a infertilidade por fator cervical grave (estenose/estenose cervical grave, colo do útero ausente) pode ser tratada com fertilização in vitro (FIV).
Doenças do colo do útero
Além do câncer, sendo 100% tratável quando diagnosticado precocemente, outras doenças podem afetar o colo do útero.
Uma das mais comuns é a cervicite. As causas de um colo uterino inflamado podem ser variadas, mas o mais comum é que elas se originem de uma infecção, incluindo as ISTs (infecções sexualmente transmissÃveis). Geralmente se manifesta com dor ou desconforto na região.
A insuficiência cervical, por outro lado, é uma condição que ocorre na gravidez e causa um alargamento do colo do útero antes do nascimento do bebê. Isso pode levar ao aborto espontâneo ou parto prematuro.
Por fim, pólipos e cistos também aparecem entre as doenças e são crescimentos anormais que causam dor no colo do útero, sangramento irregular e abundante, entre outros sintomas.
O que fazer para manter o colo do útero saudável?
É muito importante que a mulher faça check-ups regulares com o ginecologista, pois só assim é possÃvel verificar se está tudo bem. Se houver alguma alteração em seus órgãos reprodutivos, as consequências podem ser muito graves, como câncer ou infertilidade, transtornos que em muitos casos poderiam ser evitados se detectados precocemente, desde que o tratamento necessário possa ser aplicado.
Agora que você conhece um pouco melhor o colo do útero, lembre-se da importância de fazer os seus exames. Para saber mais sobre a FIV e como essa técnica de reprodução assistida possibilita a gravidez de casais com infertilidade grave, por fatores femininos ou masculinos, basta tocar aqui!
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