Inseminação artificial (IA), também conhecida como inseminação intrauterina (IIU), é uma técnica de reprodução assistida, área da medicina que auxilia a gravidez por diferentes técnicas e procedimentos.
Essas técnicas permitem, por exemplo, a manipulação dos gametas, óvulos e espermatozoides, as células sexuais de mulheres e homens que se fundem para gerar a primeira célula do futuro ser humano.
São classificadas de acordo com a complexidade dos tratamentos, critério que também interfere na indicação de cada uma. A inseminação artificial, assim como a relação sexual programada (RSP), a mais simples entre elas, são de baixa complexidade, pois ambas preveem a fecundação de forma natural nas tubas uterinas, como acontece na gestação espontânea.
Na fertilização in vitro (FIV), por outro lado, a fecundação é realizada em laboratório, bem como as etapas iniciais dos embriões formados nesse processo, posteriormente transferidos ao útero materno.
Hoje, as técnicas de reprodução assistida possibilitam o tratamento de praticamente todos os fatores de infertilidade, femininos e masculinos, além de atenderem outras necessidades reprodutivas das sociedades contemporâneas.
Entenda, neste texto, as taxas de sucesso da inseminação artificial, as indicações da técnica e como ela é realizada. Acompanhe a leitura até o final e confira!
Quais são as taxas de sucesso da inseminação artificial?
O tratamento com a inseminação artificial é realizado em três etapas: estimulação ovariana, preparo seminal e a inseminação propriamente dita. Veja, abaixo, o funcionamento de cada uma delas:
- estimulação ovariana: nesse procedimento a mulher recebe medicamentos hormonais para estimular a função ovariana com objetivo de obter mais óvulos disponÃveis para fecundação, uma vez que apenas um é liberado a cada ciclo menstrual. O desenvolvimento dos folÃculos, bolsas que contêm os óvulos imaturos, é acompanhado periodicamente por exames de ultrassonografia transvaginal, indicando, assim, o melhor momento para introduzir novos medicamento que os induzem ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo na ovulação;
- preparo seminal: preparo seminal é a técnica que permite a manipulação dos espermatozoides. Utiliza diferentes métodos para capacitá-los, a partir do processamento de amostras de sêmen coletadas. Assim, é possÃvel selecionar apenas os mais saudáveis para a fecundação, aumentando as chances de sucesso;
- inseminação: na última etapa do tratamento é feita a inseminação dos espermatozoides após a administração dos medicamentos indutores. Para isso, eles são inseridos em um cateter e depositados no útero, encurtando, dessa forma, o caminho até as tubas uterinas, órgãos em que a fecundação acontece. Por essa caracterÃstica a inseminação artificial também recebe o nome de inseminação intrauterina.
Indicações da inseminação artificial
Por ser um tratamento de baixa complexidade, a inseminação artificial é indicada em situações bastante especÃficas, como por exemplo os problemas de infertilidade de menor gravidade. A técnica permite, ainda, à s mulheres solteiras, que desejam uma gravidez independente e aos casais homoafetivos femininos terem filhos biológicos. Para isso, entretanto, precisam contar com a doação de sêmen.
A inseminação artificial é indicada nas seguintes situações:
- para mulheres com distúrbios de ovulação mais leves (oligovulação), em que a liberação do óvulo acontece de forma irregular, durante poucos ciclos menstruais anuais. Os distúrbios ovulatórios podem ser consequência de doenças comuns durante a idade reprodutiva, entre a elas a SOP (sÃndrome dos ovários policÃsticos) se destaca;
- para homens com pequenas alterações na estrutura dos espermatozoides. Os gametas masculinos são formados por cabeça, peça intermediária é cauda, que permite a movimentação no organismo feminino. Assim, se houver pequenas alterações na forma (morfologia) ou na motilidade (movimento), eles têm dificuldades para alcançar o óvulo, o que é facilitado no tratamento;
- para homens com problemas de ejaculação, como pequenos volumes ejaculados e ejaculação precoce;
- para mulheres solteiras que desejam uma gravidez independente;
- para casais homoafetivos femininos.
Como a fecundação acontece naturalmente, é essencial que as mulheres tenham as tubas uterinas permeáveis, sem nenhum tipo de obstrução. Os nÃveis da reserva ovariana, quantidade de folÃculos presentes nos ovários, também devem estar altos, o que acontece apenas até os 37 anos, após essa idade o declÃnio é bastante acentuado.
As mulheres solteiras e os casais homoafetivos femininos podem selecionar o doador de sêmen em bancos de esperma ou clÃnicas de reprodução assistida, de acordo com suas caracterÃsticas.
O Conselho Federam de Medicina, CFM, órgão que regulamenta a reprodução assistida no Brasil, permite ainda aos casais que a doação seja feita por parentes de até quarto grau, desde que não incorra em consanguinidade. Ou seja, a mulher que vai gestar não pode ter nenhum parentesco com o doador.
Taxas de sucesso da inseminação artificial
As taxas de sucesso da inseminação artificial geralmente acompanham as da gestação natural, 20% por ciclo de tratamento. Porém, podem atingir percentuais um pouco mais altos, de acordo com cada caso.
Além disso, quando a técnica é bem indicada costuma-se obter sucesso nos ciclos em que o tratamento é realizado. A inseminação artificial pode ser feita por até três ciclos, depois disso o tratamento perde em eficácia e a indicação passa ser a fertilização in vitro (FIV), técnica que atende a praticamente todas as necessidades reprodutivas, com altos percentuais de nascimento no mundo todo, anualmente.
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