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Infertilidade feminina e infertilidade masculina: infertilidade conjugal

por Dr. Augusto Bussab



"Hoje, a infertilidade conjugal é um problema que afeta um percentual considerável dos casais em idade fértil e pode causar dificuldades para realizar o sonho de ter filhos e formar uma família. Muitas vezes, o problema não é exclusivo do homem ou da mulher, mas […]"
Infertilidade feminina e infertilidade masculina: infertilidade conjugal

Hoje, a infertilidade conjugal é um problema que afeta um percentual considerável dos casais em idade fértil e pode causar dificuldades para realizar o sonho de ter filhos e formar uma família.

Muitas vezes, o problema não é exclusivo do homem ou da mulher, mas a soma de fatores de infertilidade presentes em ambos. Por isso, quando há dificuldades para engravidar, os dois são investigados. Podem ser indicados diferentes exames para identificar a causa e determinar o tratamento mais adequado em cada caso.

Conheça, neste texto, os principais fatores de infertilidade feminina e masculina e saiba quando a infertilidade é considerada conjugal. Confira a seguir!

Principais causas da infertilidade feminina

A infertilidade feminina ocorre quando a mulher tem condições que interferem no funcionamento adequado dos órgãos reprodutores, principalmente útero, ovários e tubas uterinas.

Entre as principais causas de infertilidade feminina estão:

  • idade: após os 35 anos as chances de infertilidade aumentam, pois ocorre um declínio mais acentuado da reserva ovariana, termo que define a quantidade de folículos presentes nos ovários;
  • doenças que podem provocar anovulação crônica, ou seja, quando não há liberação do óvulo durante um ciclo menstrual. A causa mais comum de anovulação é a síndrome dos ovários policísticos (SOP). No entanto, outros distúrbios também podem provocar o quadro, como hiperprolactinemia, hipotireoidismo ou hipertireoidismo, amenorreia gerada por estresse, perda ou ganho de peso excessivos;
  • condições que geram alterações nas tubas uterinas: infecções pélvicas, algumas causadas por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como clamídia e gonorreia, endometriose, entre outros;
  • condições que podem gerar alterações uterinas: miomas uterinos, pólipos endometriais, sinequias uterinas ou malformações congênitas, como septos uterinos;
  • doenças imunológicas;
  • trombofilia.

A mulher tem naturalmente uma perda de fertilidade ao longo da vida. Isso porque já nasce com todos os folículos ovarianos e durante os ciclos menstruais eles vão sendo liberados e não são repostos. A mulher não produz novos óvulos ao longo da vida, como acontece com o homem, que não para de produzir espermatozoides. Por isso, quando chega a menopausa, ocorre a infertilidade natural, ou seja, não há mais óvulos disponíveis para serem liberados.

Problemas que comprometam essa reserva também podem gerar uma falência precoce dos ovários levando à infertilidade, como é caso da menopausa precoce ou falência ovariana prematura (FOP) e dos endometriomas, um tipo de cisto ovariano característico da endometriose.

Além disso, hábitos de vida como tabagismo, alcoolismo e alimentação inadequada também podem levar a dificuldades reprodutivas.

Principais causas da infertilidade masculina

A infertilidade masculina, assim como a feminina, ocorre quando alguma condição compromete o funcionamento adequado dos órgãos do sistema reprodutor, que é composto pela bolsa testicular, testículos, epidídimos, ductos deferentes, vesículas seminais, glândula bulbouretrais, próstata e pênis.

Geralmente, é consequência de condições que resultam em interferências no processo de produção dos espermatozoides, chamado espermatogênese, de obstruções que impedem o transporte dos gametas para serem ejaculados com o sêmen ou de alterações na estrutura dos espermatozoides, como na morfologia (forma) ou motilidade (movimento).

Entre as principais condições que podem causar a infertilidade masculina estão:

  • criptorquidia (posicionamento inadequado dos testículos);
  • varicocele (dilatação das veias do cordão espermático, que fica nos testículos);
  • orquite (inflamação dos testículos), epididimite (inflamação dos epidídimos) e prostatite (inflamação da próstata), normalmente provocadas por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
  • tumores benignos ou malignos;
  • desequilíbrios hormonais;
  • malformação congênita.

Hábitos de vida também podem interferir na fertilidade masculina, incluindo tabagismo, alcoolismo e alimentação inadequada, assim como a exposição excessiva da região pélvica ao calor.

Infertilidade conjugal

Segundo a definição da OMS, Organização Mundial da Saúde, a infertilidade ocorre quando há ausência de gestação mesmo após 12 meses de relações sexuais sem contraceptivos. Atinge entre 10% e 15% dos casais em idade reprodutiva.

Quando se fala em infertilidade, o casal é analisado como uma unidade. Por isso, considera-se que o problema em si é conjugal. Assim, embora ambos sejam investigados para determinar as possíveis causas, mesmo que sejam constatados fatores apenas no homem ou na mulher, a infertilidade é definida como conjugal. A partir do diagnóstico desse quadro, portanto, toda a abordagem é direcionada ao casal.

Em boa parte dos casos é possível engravidar após a realização dos tratamento primários, porém, quando isso não acontece, as técnicas de reprodução assistida podem aumentar as chances.

A importância da reprodução assistida

As três técnicas de reprodução assistida podem ajudar o casal a obter a tão sonhada gravidez. Elas são divididas em alta e baixa complexidade e indicadas de acordo com os fatores de infertilidade e das características do casal como um todo.

As de baixa complexidade, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), por exemplo, possibilitam o tratamento de casos mais leves de infertilidade, pois a fecundação acontece de forma espontânea, nas tubas uterinas, embora o processo seja diferente. Na RSP, a fecundação acontece após a relação sexual. Na IA, a fecundação acontece depois que os espermatozoides preparados em laboratório são depositados diretamente no útero.

Já na fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade, a fecundação acontece em laboratório, e os embriões formados durante esse processo são transferidos ao útero após alguns dias de desenvolvimento.

Assim, a FIV possibilita o tratamento quando os casos são mais graves, como obstruções tubárias, causa comum de infertilidade feminina que dificulta ou impede a fecundação, pois as tubas não possuem função na FIV; ou azoospermia, ausência de espermatozoides no sêmen, causa igualmente comum de infertilidade masculina, que também compromete o encontro dos gametas.

A indicação da técnica mais adequada para cada caso é feita pelo médico em conjunto com os pacientes, após uma investigação detalhada do casal que sofre com a infertilidade conjugal.

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