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Espermatozoide: onde é produzido

por Dr. Augusto Bussab



"Embora seja uma terminologia mais técnica, as células reprodutivas humanas, óvulos e espermatozoides, são chamadas gametas e diferem das demais células somáticas por diversos motivos, especialmente por conter apenas metade do material genético de um ser humano no interior de seus pronúcleos. No momento da […]"
Espermatozoide: onde é produzido

Embora seja uma terminologia mais técnica, as células reprodutivas humanas, óvulos e espermatozoides, são chamadas gametas e diferem das demais células somáticas por diversos motivos, especialmente por conter apenas metade do material genético de um ser humano no interior de seus pronúcleos.

No momento da fecundação, a fusão das células reprodutivas de homens e mulheres origina a primeira célula do novo ser humano, contendo o material genético humano completo, que estará presente em todas as células do embrião e consequentemente do futuro bebê.

Além da saúde genética dos gametas, o sucesso da fecundação também depende da integridade geral dessas células e do meio em que a fecundação acontece.

Apesar de apresentarem funções semelhantes no contexto da fertilidade humana, óvulos e espermatozoides diferem entre si em muitos aspectos, desde a formação embrionária dessas células, os mecanismos pelos quais são produzidas ao longo da vida e os artifícios que utilizam para conseguir a fecundação e a gestação em si.

O texto a seguir aborda as principais questões sobre os espermatozoides, com foco para a forma e local em que são produzidos e como isso interfere nos processos reprodutivos humanos.

Boa leitura.

O que é o espermatozoide?

Chamamos espermatozoides as células reprodutivas masculinas, produzidas no interior dos testículos, sob ação dos hormônios sexuais – principalmente a testosterona – e expelidas durante a ejaculação. A principal função dos espermatozoides é participar diretamente da fecundação.

Os espermatozoides são formados por uma cabeça, onde localiza-se o pronúcleo contendo metade do material genético do homem, o acrossomo, envolvido na identificação do óvulo e no rompimento da zona pelúcida, e por uma cauda, utilizada pelo espermatozoide para se locomover, principalmente no interior do corpo da mulher, em direção ao óvulo.

De forma geral, para compreender melhor o funcionamento dessas células, é necessário conhecer sua origem embrionária e também a formação e função dos líquidos glandulares, que acompanham os espermatozoides na formação do sêmen.

Onde e como os espermatozoides são produzidos?

Os espermatozoides surgem de um processo que começa ainda no período embrionário, com a diferenciação entre células somáticas e germinativas, e a migração dos futuros gametas para as regiões onde estão se desenvolvendo as glândulas sexuais, no caso dos homens, os testículos.

Aproximadamente entre a 3ª semana após a concepção e o 5º mês de gestação, as células germinativas primordiais dividem-se por mitose, originando as espermatogônias, células precursoras das células reprodutivas masculinas, nesse momento ainda contendo todo o material genético.

Com a puberdade, as espermatogônias passam a dividir-se por meiose, levando à formação dos espermatócitos que, sob ação da testosterona e com auxílio das células de Leydig e de Sertoli, originam os espermatozoides.

Os espermatócitos, assim como as células de Leydig e Sertoli, estão localizados nas paredes dos túbulos seminíferos, que compõem os testículos, no interior da bolsa escrotal.

Sob ação das gonadotrofinas hipofisárias LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante), essas células produzem testosterona, que estimula o desenvolvimento do espermatócito em espermatozoide, e auxiliam esse processo nutrindo e sustentando as células reprodutivas masculinas.

Após sua formação nos túbulos seminíferos, os espermatozoides são conduzidas até os epidídimos onde desenvolvem uma espécie de flagelo, a cauda espermática, que lhes confere mobilidade. Seguem então em direção aos ductos deferentes, que se conectam à uretra e sediam o encontro entre os as células reprodutivas masculinas e os líquidos glandulares, formando o sêmen.

A parte líquida do sêmen é composta por substâncias produzidas pelas glândulas anexas ao sistema reprodutor masculino – próstata, glândulas bulbouretrais e vesículas seminais – e suas funções estão relacionadas principalmente à nutrição e condução dos espermatozoides, bem como sua proteção contra o ambiente ácido do canal vaginal.

A jornada do espermatozoide até a fecundação

A fecundação, atualmente, pode acontecer de duas formas principais: por vias naturais, após relações sexuais sem o uso de contraceptivos, que acontecem durante o período fértil da mulher, ou com auxílio das técnicas de reprodução assistida, como a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro).

Na fecundação por vias naturais, após a ejaculação os espermatozoides seguem ao longo do canal vaginal e penetram o útero, atravessando o colo do útero em direção às tubas uterinas.

Todo esse trajeto oferece obstáculos às células reprodutivas, e as mais frágeis tendem a não acompanhar a maioria, promovendo certa seleção natural das mais aptas.

O pH do trato reprodutivo feminino mais baixo é um desses obstáculos, conferindo um ambiente mais ácido para os espermatozoides, equilibrado em larga escala pela ação alcalina dos líquidos glandulares.

A zona pelúcida é outro obstáculo importante: revestindo o óvulo, essa camada controla a passagem para o seu interior, permitindo que somente uma célula reprodutiva masculina realize a fecundação.

O espermatozoide que consegue romper a zona pelúcida, penetra o óvulo e libera seu pronúcleo para que, unido ao pronúcleo do óvulo, origine o zigoto, a célula primordial do futuro bebê.

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