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Estrogênio e estradiol: veja as diferenças

por Dr. Augusto Bussab



"Um processo complexo, a gravidez depende do funcionamento adequado dos órgão reprodutores e do equilíbrio dos diferentes hormônios envolvidos no processo reprodutivo. O estrogênio, por exemplo, tem funções importantes no ciclo menstrual das mulheres, assim como a progesterona. Os dois são os principais hormônios sexuais […]"
Estrogênio e estradiol: veja as diferenças

Um processo complexo, a gravidez depende do funcionamento adequado dos órgão reprodutores e do equilíbrio dos diferentes hormônios envolvidos no processo reprodutivo. O estrogênio, por exemplo, tem funções importantes no ciclo menstrual das mulheres, assim como a progesterona. Os dois são os principais hormônios sexuais femininos.

Além dos hormônios sexuais outros também garantem que as fases do ciclo ocorram de forma adequada, como as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), cuja ação é fundamental no recrutamento, desenvolvimento e amadurecimentos dos folículos ovarianos, bolsas que contêm o óvulo primário.

As gonadotrofinas atuam ainda na espermatogênese, produção de espermatozoides, em associação com a testosterona, principal hormônio masculino. Os homens também produzem estrogênio, assim como as mulheres testosterona, mas em menor quantidade.

Dessa forma, pode-se dizer que os hormônios são necessários para a fertilidade e qualquer desequilíbrio nos níveis durante a fase reprodutiva pode resultar em infertilidade feminina ou masculina.

Neste texto abordamos o estrogênio, destacando a diferença entre o estradiol e sua atuação nas diferentes etapas da vida das mulheres, da puberdade, quando a fase reprodutiva inicia, à menopausa, quando finaliza, e, na reprodução assistida, considerada o tratamento padrão quando há problemas na fertilidade. Continue a leitura até o final e confira!

O que é estrogênio?

Estrogênio é uma designação genérica de uma classe de hormônios cuja ação está relacionada ao processo reprodutivo e desenvolvimento de características femininas, como o crescimento das mamas e de pelos pubianos. É produzido pelos ovários em maior quantidade e, em menor, pelas glândulas suprarrenais e pelo tecido adiposo.

Existem três tipos de estrogênios: estradiol, estriol e estrona, que desempenham papéis importantes em diferentes etapas da vida mulher.

Estradiol é o tipo de estrogênio mais prevalente durante a fase fértil feminina, que se inicia quando ocorre a primeira menstruação, estimulada pelo hormônio, inaugurando os ciclos menstruais ou reprodutivos.

O ciclo menstrual é dividido em três fases, que funcionam em sincronia para proporcionar a gravidez. Na primeira, chamada folicular, vários folículos são recrutados pelo FSH, um deles se torna dominante, amadurece e rompe liberando o óvulo na ovulação.

Durante o crescimento, os folículos passam a produzir estradiol, que age promovendo o espessamento do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta para dar início à gestação.

À medida que o folículo dominante se desenvolve os níveis de estrogênio aumentam e, na fase seguinte, a ovulatória, um pico do hormônio estimula o LH a induzir seu amadurecimento e rompimento, quando o óvulo é liberado para ser fecundado pelo espermatozoide.

Na fase lútea, última do ciclo menstrual, as células do folículo rompido formam uma glândula endócrina temporária, o corpo lúteo, que passa a secretar progesterona. Em associação com o estradiol, agora em níveis mais baixos, garante o preparo final do endométrio, tornando-o receptivo para receber o embrião.

Esse tipo de estrogênio, portanto, é essencial em todas as fases do ciclo reprodutivo. Porém, durante a gravidez outro tipo passa a predominar, o estriol. Entre suas funções está a preparação da musculatura uterina para o parto e o aumento da sensibilidade à ocitocina, hormônio que vai estimular as contrações para a expulsão do feto. Por ser produzido pela unidade feto-placentária é ainda um importante marcador da saúde fetal durante o desenvolvimento intrauterino.

Estrona, por outro lado, é o principal estrogênio na pré-menopausa e na menopausa, etapa marcada pela última menstruação. Durante a pré-menopausa o hormônio continua sendo produzido em maior quantidade pelos ovários, entretanto, na menopausa, quando o órgão entre em falência e a reserva ovariana se esgota, as glândulas suprarrenais e o tecido adiposo passam a suprir a produção.

Além de estar presente nas diferentes etapas de vida das mulheres, o estrogênio tem ainda uma participação especial nos tratamentos de reprodução assistida.

Estrogênio na reprodução assistida

Alterações nos níveis de estrogênio podem comprometer a ovulação e a implantação do embrião, problemas que podem ser solucionados pela reprodução assistida. Hoje, entre os tratamentos disponíveis duas técnicas podem ser indicadas nesses casos, a relação sexual programada (RSP) e a fertilização in vitro (FIV).

A RSP é mais adequada quando há distúrbios de ovulação leves. A primeira etapa do tratamento é a estimulação ovariana, procedimento realizado com medicamentos hormonais sintéticos, semelhantes aos naturais, para induzir o desenvolvimento e amadurecimento de até 3 folículos ovarianos. O estrogênio é um dos hormônios utilizados.

No entanto, nessa técnica a fecundação acontece de forma natural, nas tubas uterinas. Por isso, deve ser apenas utilizada quando elas estão permeáveis e se a mulher tiver até 35 anos, idade em que os níveis da reserva ovariana ainda são mais altos.

Se os distúrbios de ovulação forem mais severos, a mulher estiver acima dos 35 anos ou se o problema for abortamento de repetição consequente de falhas na implantação do embrião, é indicado o tratamento com FIV, em que a fecundação é realizada em laboratório.

A técnica também tem a estimulação ovariana como primeira etapa, entretanto, as dosagens hormonais são mais altas com objetivo de obter uma quantidade maior de óvulos para a fecundação. Os embriões formados se desenvolvem posteriormente por alguns dias em laboratório e são transferidos ao útero para se implantar naturalmente.

Antes da transferência é possível preparar o endométrio com estrogênio e progesterona sintéticos, aplicados nas fases do ciclo menstrual que necessitam da ação de cada um. Até que o preparo esteja concluído, os embriões são congelados e a transferência ocorre apenas no ciclo seguinte.

Assim, o estrogênio destaca sua importância no processo reprodutivo feminino, tanto na gestação espontânea quanto na reprodução assistida.

Siga o link e conheça detalhadamente o tratamento por fertilização in vitro (FIV), principal técnica de reprodução assistida!


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