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Congelamento de óvulos e reprodução assistida: como funciona?

por Dr. Augusto Bussab



"Os óvulos são as células sexuais femininas, carregam as informações genéticas transmitidas aos filhos quando ocorre a fusão com o espermatozoide na fecundação. As mulheres já nascem com uma reserva ovariana, termo que descreve a quantidade de folículos, que contêm os óvulos imaturos, utilizados durante […]"
Congelamento de óvulos e reprodução assistida: como funciona?

Os óvulos são as células sexuais femininas, carregam as informações genéticas transmitidas aos filhos quando ocorre a fusão com o espermatozoide na fecundação. As mulheres já nascem com uma reserva ovariana, termo que descreve a quantidade de folículos, que contêm os óvulos imaturos, utilizados durante a idade fértil, que se inicia na puberdade com os ciclos menstruais e finaliza na menopausa.

Em cada ciclo menstrual, vários folículos são recrutados e crescem, no entanto, apenas um deles se desenvolve e amadure o suficiente, conhecido como folículos dominante, rompendo para liberar o óvulo, também maduro, para ser fecundado pelo espermatozoide. Os que não desenvolveram são naturalmente eliminados.

Assim, à medida que a idade avança os níveis da reserva ovariana diminuem, da mesma forma que a qualidade dos óvulos é igualmente afetada. Por isso, o envelhecimento se torna o principal fator de infertilidade feminina.

Além da idade, os níveis da reserva ovariana e qualidade dos óvulos podem sofrer interferências de doenças que afetam as mulheres durante a idade fértil, como os endometriomas, cistos característicos da endometriose, ou de tratamentos para neoplasias do sistema reprodutor.

O congelamento de óvulos é um procedimento realizado para preservação da fertilidade feminina, garantindo que a qualidade dos gametas seja mantida para que eles possam ser utilizados no futuro.

Continue a leitura até o final e saiba como ele funciona. Confira!

Entenda melhor o congelamento de óvulos e saiba quando é indicado

O congelamento de óvulos é um procedimento realizado na reprodução assistida. Se tornou possível a partir da evolução dos métodos de criopreservação, que atualmente permitem o armazenamento e conservação das células sexuais por muitos anos, com danos praticamente inexpressivos.

Pode ser realizado para garantir o potencial reprodutivo das mulheres em antecipação ao declínio natural, o que é chamado de preservação social da fertilidade; um recurso importante nas sociedades contemporâneas, em que é forte a tendência de adiar os planos de maternidade, por motivos pessoais ou profissionais.

Também é igualmente importante quando a mulher precisa submeter-se a tratamentos para o câncer, que podem comprometer a quantidade de folículos e a qualidade dos óvulos. Nesse caso, o procedimento é conhecido como preservação oncológica da fertilidade e deve ser realizado antes de os tratamentos iniciarem.

Durante a fase fértil, algumas condições podem afetar as células sexuais femininas. A endometriose ovariana, um tipo da doença que hoje é considerada a principal causa de infertilidade feminina, é a que mais representa riscos aos folículos e seus óvulos.

Tem como característica a formação de endometriomas, um tipo de cisto que cresce no córtex ovariano, região em ficam armazenados os folículos. Em tamanhos ou quantidades maiores, eles podem causar danos aos que estão localizados ao redor, levando, em alguns casos, à infertilidade permanente.

Embora possam ser removidos por cirurgia, a abordagem pode igualmente comprometer a fertilidade de forma permanente. Por isso, antes da remoção, normalmente a mulher é aconselhada a fazer o congelamento de óvulos.

O congelamento de óvulos é, ainda, um procedimento realizado na doação de óvulo, quando mulheres férteis os doam às que não podem engravidar com gametas próprios.

Como o congelamento de óvulos é realizado?

O congelamento de óvulos deve ser feito preferencialmente em idades mais jovens, até no máximo os 37 anos, quando os níveis da reserva ovariana e a qualidade dos óvulos ainda estão altos. Principalmente se o objetivo for a preservação social da fertilidade.

O procedimento inicia com a estimulação ovariana, em que medicamentos hormonais estimulam o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos ovarianos, para obter mais óvulos maduros.

O desenvolvimento dos folículos é acompanhado periodicamente por exames de ultrassonografia transvaginal, que indicam o momento ideal para que novos medicamentos os induzam ao amadurecimento final e ovulação, que acontece em aproximadamente 36 horas.

Durante esse período, os folículos maduros são coletados individualmente; seus óvulos extraídos e selecionados em laboratório. Após a seleção são mergulhados em crioprotetores, uma substância nutritiva, que contém crioprotetores, mantendo a integridade mesmo em temperaturas mais baixas, permitindo, assim, que elas fiquem armazenadas por muitos anos.

Hoje, o método de congelamento mais utilizado é a vitrificação. Ultrarrápido, proporciona uma solidificação semelhante ao vidro, evitando a formação de cristais de gelo que podem provocar danos nas células criopreservadas.

Os óvulos congelados podem ser utilizados no futuro em tratamentos com a FIV (fertilização in vitro), quando a mulher desejar engravidar, única técnica de reprodução assistida que prevê a fecundação em laboratório.

Durante o tratamento, enquanto os óvulos passam por um processo de descongelamento, as amostras de sêmen do parceiro são submetidas ao preparo seminal, técnica que permite a capacitação dos espermatozoides e a seleção dos melhores.

Atualmente, a técnica mais utilizada para a fecundação é a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada um é injetado diretamente no óvulo. Os embriões formados são cultivados por alguns e transferidos ao útero materno.

O tratamento realizado com óvulos frescos ou congelados apresenta os mesmo percentuais de sucesso gestacional. A FIV é a principal técnica de reprodução assistida, com elevados índices de nascidos-vivos no mundo todo.

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