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Como se forma o embrião?

por Dr. Augusto Bussab



"Zigoto, feto, embrião e blastocisto: você sabe a diferença? Quando se é tentante ou buscam-se soluções para engravidar pela reprodução assistida, é importante compreender esses termos em preparação para esse novo ciclo. Eles correspondem a diferentes fases de desenvolvimento do futuro bebê. A fertilização, na […]"
Como se forma o embrião?

Zigoto, feto, embrião e blastocisto: você sabe a diferença? Quando se é tentante ou buscam-se soluções para engravidar pela reprodução assistida, é importante compreender esses termos em preparação para esse novo ciclo. Eles correspondem a diferentes fases de desenvolvimento do futuro bebê.

A fertilização, na gravidez natural, é um processo que geralmente ocorre poucas horas após a ovulação. É aquele momento na reprodução quando o espermatozoide encontra o óvulo recém-liberado. Nesse encontro, 23 cromossomos masculinos e 23 femininos se misturam para criar um embrião de uma única célula chamada zigoto que, mais adiante, irá se transformar no feto.

Continue a leitura deste artigo e entenda melhor esse processo!

O que é o embrião?

O embrião é considerado o estágio inicial da vida humana. Ele é produto da fecundação, isto é, resultante do processo de fecundação do óvulo.

Em sua primeira etapa de desenvolvimento o embrião é chamado de zigoto, sendo essa a célula que originará o futuro bebê. Depois de cinco ou seis dias da fecundação, o embrião chega ao estágio de blastocisto, já tendo a presença de diversas células que se formarão todos os tecidos.

A designação de embrião é utilizada até a oitava semana de gestação. Esse é conhecido como o período embrionário, caracterizado pela divisão e multiplicação celular – no fim da quarta semana, já há milhões delas presentes no embrião. Depois disso, a partir da oitava semana, o embrião é considerado um feto, dando início ao chamado período fetal.

Qual é a diferença entre embrião e blastocisto?

Há alguma confusão entre esses conceitos. Como vimos, o embrião é formado pela fusão dos núcleos do óvulo e do espermatozoide, na fecundação do óvulo, quando há a união dos cromossomos maternos e paternos para começar a divisão celular e, com isso, dar origem ao embrião.

O blastocisto é um embrião, porém essa denominação é usada para aqueles que evoluíram de forma adequada até o quinto dia de seu desenvolvimento e já apresentam uma estrutura interna chamada blastocele. Quando isso ocorre, esse blastocisto está pronto para se fixar no endométrio.

Como é formado o embrião em uma gestação natural?

 

De modo resumido, após a penetração do espermatozoide no óvulo, uma série de eventos prepara o cenário para a primeira divisão celular que irá originar o embrião. O embrião unicelular, como vimos, é denominado zigoto. Ao longo dos dias seguintes, o embrião passa por múltiplas divisões celulares, que ocorrem por um processo chamado mitose. Ao final desse período de transição, o embrião se torna uma massa de células muito organizadas, o blastocisto.

Assim, o período embrionário é quando a maior parte dos sistemas do bebê estará se formando. O embrião está dividido em três camadas nesse ponto, sendo do tamanho aproximado da ponta de uma caneta.

A camada superior é o ectoderma. Isso é o que acabará por se transformar na pele, sistema nervoso, olhos, ouvidos internos e tecido conjuntivo do bebê. Já a camada intermediária é o mesoderma. É responsável pelos ossos, músculos, rins e sistema reprodutivo. A última camada é o endoderma. É onde os pulmões, intestinos e bexiga do bebê irão se desenvolver mais tarde.

Ao final do período embrionário, muitos dos sistemas do corpo já estarão funcionando e, a partir dessa etapa, que ocorre entre a 8ª e 9ª semanas de gestação, o embrião será considerado feto, continuando a se desenvolver e crescer até o fim da gravidez.

Como se forma o embrião na reprodução assistida?

Para que a gravidez ocorra naturalmente, milhares de espermatozoides devem viajar pelo útero até uma das tubas uterinas, onde um deles fertiliza o óvulo. O embrião resultante deve ser de boa qualidade para que a implantação ocorra.

Embora o processo possa parecer simples, existem vários fatores que podem interferir no funcionamento correto dessas etapas, como uma baixa contagem de espermatozoides, uma tuba uterina comprometida ou bloqueada, um útero danificado ou doente ou a reserva ovariana e a qualidade dos óvulos abaixo do ideal.

Dessa forma, quando o espermatozoide e o óvulo não conseguem se encontrar, ou a qualidade do óvulo ou do espermatozoide é inferior ao desejado, a reprodução assistida pode ser a solução, sendo a fertilização in vitro (FIV) a técnica que possui as taxas mais elevadas, indicadas para os mais diferentes casos de infertilidade, feminina e masculina.

Durante a FIV, óvulos e espermatozoides são coletados e selecionados para a fecundação, realizada em laboratório. Hoje, podemos formar até 8 embriões em um ciclo. Dependendo das características da mulher, como idade, e dos embriões, 2 ou 3 dos embriões resultantes (geralmente quando se encontra na fase de blastocisto) podem ser transferidos para o útero materno, onde idealmente se implanta e se fixa no tecido endometrial e inicia o processo gestacional. Os outros devem ser congelados para utilização em ciclo futuro ou para ser doados.

Com isso, podemos ver que a formação do embrião tanto na gestação natural quanto na que ocorre por meio de reprodução assistida se dá de modo muito semelhante, com a diferença de que, no segundo caso, a fertilização ocorre em laboratório.

A receptividade do endométrio e a saúde do embrião são importantes para o processo de implantação em ambos os casos, para que a gravidez seja bem-sucedida.

Para continuar aprendendo mais sobre esse assunto, confira também o texto que explica a fertilização in vitro (FIV) em detalhes.


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