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Como saber se tenho azoospermia?

por Dr. Augusto Bussab



"O sucesso da gravidez, depende do funcionamento adequado dos órgãos reprodutores de homes e mulheres e diferentes elementos. No caso masculino, por exemplo, dois deles são essenciais, o sêmen e os espermatozoides. O sêmen é uma substância cremosa, esbranquiçada e opalina, um fluído espesso, expelido […]"
Como saber se tenho azoospermia?

O sucesso da gravidez, depende do funcionamento adequado dos órgãos reprodutores de homes e mulheres e diferentes elementos. No caso masculino, por exemplo, dois deles são essenciais, o sêmen e os espermatozoides.

O sêmen é uma substância cremosa, esbranquiçada e opalina, um fluído espesso, expelido pelo pênis durante a ejaculação. É formado pelos líquidos produzidos pelas glândulas anexas, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Sua principal função é abrigar, transportar, proteger e nutrir os espermatozoides durante trajeto que percorrem pelo organismo feminino para encontrarem o óvulo.

Os espermatozoides, por sua vez, são produzidos nos túbulos seminíferos, estruturas enoveladas localizadas no testículos e concluem seu amadurecimento nos epidídimos, ductos em que permanecem armazenados até que ocorra o estímulo sexual, quando são transportados aos ductos deferentes, ejaculatórios e lançados na uretra, após receberem os líquidos produzidos pela glândulas anexas, para serem ejaculados.

Possuem cabeça, uma peça intermediária e cauda com flagelo. A cabeça contém os genes masculinos e cauda é responsável pelo movimento ou motilidade.

Assim, a composição do sêmen e a saúde dos espermatozoides são elementos fundamentais para o sucesso da gravidez. Alterações, resultam em distúrbios seminais, entre eles a azoospermia, considerada uma das causas mais comuns de infertilidade masculina.

Continue a leitura até o final para saber como identificar a azoospermia e quais são as formas de tratamento. Confira!

O que azoospermia?

Apesar de a azoospermia ser uma causa comum de infertilidade masculina, não é uma doença, mas uma condição cujas causas afetam o funcionamento normal do sistema reprodutor masculino, resultando na ausência de espermatozoides no sêmen.

O sistema reprodutor masculino é composto por órgãos externos e internos. Os externos são o pênis e a bolsa testicular, que tem como função armazenar os testículos e mantê-los a uma temperatura adequada para a produção de espermatozoides, espermatogênese. Já os internos são os testículos, epidídimos, ductos deferentes, ductos ejaculatórios, uretra e as glândulas sexuais acessórias, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.

A azoospermia pode ser consequência de obstruções que inibem o transporte dos espermatozoides ou de interferências na espermatogênese. Por isso, é classificada em dois tipos principais, azoospermia obstrutiva e azoospermia não obstrutiva.

A obstrutiva, mais comum, geralmente é causada por inflamações nos testículos, orquite, ou nos epidídimos, epididimite, que na maioria das vezes são consequência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia e gonorreia. O processo inflamatório, pode levar à formação de aderências provocando o bloqueio.

Já a azoospermia não obstrutiva, pode resultar da varicocele, doença masculina em que ocorre a formação de varizes no cordão espermático, que sustenta os testículos na bolsa testicular. Essas varizes provocam um aumento na temperatura da bolsa testicular, normalmente abaixo da corporal.

Desequilíbrios nos níveis dos hormônios sexuais masculinos, que podem ser resultado de problemas na hipófise e no hipotálamo, ou de doenças genéticas, lesões nos testículos, tratamentos para o câncer, diabetes e caxumba, também podem interferir na espermatogênese causando azoospermia não obstrutiva.

Homens com azoospermia não conseguem engravidar a parceira e muitas vezes nem sabem que têm essa condição.

Como saber se tenho azoospermia?

Por ser assintomática na maioria dos casos, a azoospermia geralmente é descoberta após tentativas malsucedidas de engravidar a parceira. Porém, as doenças que provocam a condição podem apresentar sintomas que funcionam como alerta, como por exemplo:

  • dor e inchaço nos testículos;
  • varizes testiculares;
  • nódulos na virilha;
  • secreção peniana;
  • alterações na cor do sêmen;
  • diminuição de pelos corporais e faciais;
  • alteração na libido;
  • crescimento anormal das mamas (ginecomastia);
  • infertilidade.

Além do acolhimento dos sintomas, incluindo infertilidade, feito na primeira consulta, diferentes exames laboratoriais e de imagem são realizados para diagnosticar a azoospermia. O primeiro normalmente solicitado é o espermograma, que analisa aspectos seminais e dos espermatozoides, apontando critérios como motilidade e morfologia e concentração nas amostras. Quando eles não estão presentes, o diagnóstico é de azoospermia.

Para identificar a causa, são, então, realizados testes hormonais, que analisam os níveis dos hormônios sexuais masculinos, de sangue, para confirmar a presença de inflamações identificando o tipo de a bactéria, incluindo as sexualmente transmissíveis, além dos exames de imagem.

Os exames de imagem mais frequentemente realizados são ultrassonografia da bolsa testicular e a ressonância magnética, que permitem identificar bloqueios indicando a causa.

O acolhimento dos sintomas e os exames diagnósticos, portanto, permitem saber se azoospermia está presente, identificar o tipo e planejar o tratamento mais adequado para cada paciente.

Tratamento e reprodução assistida

O tratamento da azoospermia pode ser feito por medicamentos e/ou por cirurgia para remoção do bloqueio ou correção da varicocele.

Medicamentos incluem os hormonais, para reequilibrar os níveis, e antibióticos quando for causada por inflações, prescritos de acordo com cada tipo de bactéria. Se forem agentes sexualmente transmissíveis, a parceria sexual também deve ser medicada. Já a cirurgia é realizada para remoção de bloqueios ou correção da varicocele.

Embora muitas vezes a fertilidades seja restaurada após as abordagens primárias, de acordo com os danos, nem sempre a fertilidade é restaurada. Assim, a reprodução assistida é indicada para auxiliar a gravidez,

A técnica de reprodução assistida mais adequada nesses casos é a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), que possibilita a recuperação dos espermatozoides diretamente dos epidídimos ou dos testículos por diferentes métodos, para serem utilizados na fecundação, realizada em laboratório:

  • PESA (percutaneous epididymal sperm aspiration) ou aspiração percutânea de espermatozoides do epidídimo e MESA (microsurgical epididymal sperm aspiration) ou aspiração microcirúrgica de espermatozoides do epidídimo, permitem recuperá-los diretamente dos epidídimos;
  • TESE (testicular sperm extraction) ou extração de espermatozoides dos testículos e Micro-TESE (microdissection testicular sperm extraction) ou extração de espermatozoides por microdissecção testicular, os recuperam dos testículos.

Após a recuperação, os espermatozoides são submetidos ao preparo seminal, técnica que os capacita selecionando os melhores para a fecundação: cada espermatozoide é novamente avaliado, individualmente e em movimento, por um microscópio de alta magnificação e injetado diretamente no citoplasma do óvulo por um micromanipulador de gametas, o que aumenta as chances de sucesso.

Homens com azoospermia que desejam engravidar, portanto, podem contar com a reprodução assistida quando os tratamentos primários não forem bem-sucedidos.

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