Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

FIV: como é feito o cultivo embrionário

por Dr. Augusto Bussab



"A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida que mais cresce no país. Segundo dados da ANVISA, o número de ciclos da FIV realizados em 2018 cresceu 18,7%, em comparação com o ano anterior. Ela é composta por 5 etapas: a estimulação […]"
FIV: como é feito o cultivo embrionário

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida que mais cresce no país. Segundo dados da ANVISA, o número de ciclos da FIV realizados em 2018 cresceu 18,7%, em comparação com o ano anterior.

Ela é composta por 5 etapas: a estimulação ovariana e indução da ovulação, a coleta dos óvulos e dos espermatozoides, a fertilização, o cultivo embrionário e a transferência dos embriões para o útero materno.

Neste artigo, vamos mostrar como funciona a penúltima etapa do processo, que é o cultivo embrionário. Conhecer, com detalhes, cada uma das etapas da FIV ajuda a entender como a técnica de reprodução assistida funciona.

Continue a leitura e confira!

O que é FIV?

A fertilização in vitro é indicada para a maioria dos casos de infertilidade, em especial, para fatores graves femininos e masculinos e para mulheres com idade acima dos 35 anos.

Ela é a única técnica de reprodução assistida de alta complexidade, pois a sua fecundação acontece em um laboratório. O processo se inicia com a estimulação ovariana, realizada para estimular o maior número de folículos ovarianos possíveis. Os óvulos se desenvolvem dentro dos folículos.

Quando eles atingem o tamanho adequado, os folículos são coletados por meio da aspiração folicular. O parceiro também faz a coleta dos espermatozoides, que passam por uma análise seminal para garantir que apenas os gametas de maior qualidade serão usados na próxima etapa.

A fecundação marca o encontro entre os óvulos e os espermatozoides. Na FIV clássica, os gametas são colocados juntos em uma placa de Petri, “imitando” o que acontece em uma gestação natural.

Porém, atualmente, a técnica mais utilizada é a ICSI. Por meio de um micromanipulador de gametas, o espermatozoide é inserido diretamente no óvulo, aumentando as chances de sucesso da FIV.

Como é feito o cultivo embrionário?

Após a fecundação, os óvulos fertilizados são rapidamente levados para uma incubadora, onde irão se desenvolver nos próximos dias. O período de cultivo embrionário dura, em média, entre 3 a 7 dias. Durante esse tempo, a equipe de embriologistas analisa cada um dos embriões formados para avaliar o seu nível de maturidade.

Os embriões passam por 2 fases ao longo do cultivo embrionário. Entre o segundo e o terceiro dia, eles estão no estágio de clivagem. Nesse momento, as divisões celulares estão começando. Entre o quinto e sexto dia, os embriões atingem a fase de blastocisto.

Os embriões já estão com 40 a 80 células, dando início à reprodução de células diferentes. Parte delas farão parte da placenta e o restante, do embrião.

O ideal é que os embriões sejam transferidos durante a etapa de blastocisto, porém, essa prática pode não ser viável para pacientes com mais de 40 anos, devido a queda na qualidade dos óvulos com a idade. Por isso, o médico responsável deve avaliar caso a caso para decidir qual é o melhor momento para a transferência.

A última etapa da FIV é a transferência dos embriões para o útero da paciente. O procedimento é simples e realizado sem anestesia. O número máximo de embriões transferidos é definido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), de acordo com a idade da mulher.

Se sobrarem embriões viáveis após o procedimento, segundo as regulamentações do CFM, eles devem ser congelados para uma futura gestação.

Técnicas complementares da FIV

A fertilização in vitro é a única técnica de reprodução assistida que permite o uso de técnicas complementares ao longo do seu processo. Elas são utilizadas de acordo com a necessidade do casal, com o objetivo de aumentar as chances de sucesso do procedimento.

Entre as técnicas complementares disponíveis atualmente, temos: a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), a doação de gametas e embriões, os testes genéticos (como o PGD), o hatching assistido e a criopreservação.

Elas são realizadas ao longo da FIV, sendo o PGT feito durante o cultivo embrionário. O teste genético pré-implantacional tem o objetivo de identificar alterações cromossômicas e genéticas por meio de algumas células retiradas dos embriões. Dessa forma, os embriões que possuem algum tipo de anomalia são descartados, aumentando as chances de sucesso da gravidez.

Qual é a taxa de sucesso da fertilização in vitro?

Cada ciclo da FIV é único e diversos fatores o influenciam. Entre os principais estão: a idade da mulher, a qualidade do embrião, os hábitos do casal e a receptividade endometrial no momento da transferência embrionária.

Estima-se que, em média, 40% dos ciclos da FIV sejam bem-sucedidos. Essa taxa é superior às outras técnicas de reprodução assistida, confirmando a sua preferência entre os casais do Brasil e do mundo.

O cultivo embrionário é uma das etapas mais importantes para a FIV. Ela ocorre entre a fecundação e a transferência embrionária, sendo responsável por acompanhar o desenvolvimento dos embriões. Dessa forma, a equipe de embriologistas conseguem analisar e escolher os embriões de maior qualidade para serem utilizados durante o processo.

O cultivo embrionário corresponde a uma pequena parcela da FIV, para saber mais sobre a técnica de reprodução mais popular atualmente, confira a nossa página sobre a fertilização in vitro.


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Prxima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...