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Como saber se tenho mioma?

por Dr. Augusto Bussab



"Existem muitos tipos de afecções ginecológicas que podem confundir as pessoas que não têm muito conhecimento sobre o assunto, devido à semelhança dos sintomas. Então, se você notou alguma alteração no fluxo menstrual ou tem sentido dor pélvica, pode estar se fazendo essa pergunta: “como […]"
Como saber se tenho mioma?

Existem muitos tipos de afecções ginecológicas que podem confundir as pessoas que não têm muito conhecimento sobre o assunto, devido à semelhança dos sintomas. Então, se você notou alguma alteração no fluxo menstrual ou tem sentido dor pélvica, pode estar se fazendo essa pergunta: “como saber se tenho mioma ou se é outra doença”?

Mioma é uma formação tumoral que se origina nas células do miométrio. Apesar de ser classificado como um tipo de tumor, não tem risco de malignidade e nem sempre precisa de tratamento cirúrgico.

Para começar, o que é o miométrio? É a camada intermediária da parede uterina, constituída por musculatura lisa. A função desse tecido é garantir a expansão do útero durante a gravidez, assim como provocar as contrações uterinas que ocorrem no trabalho de parto para facilitar a saída de bebê.

A parede do útero apresenta ainda outras duas camadas: a mais interna é o endométrio, onde o embrião se implanta para dar início à gravidez; a mais externa, que recobre o útero na cavidade peritoneal, é o perimétrio ou superfície serosa.

É importante ter esse conhecimento básico sobre as camadas da parede uterina para entender que há diferentes tipos de mioma, classificados conforme sua localização. Esses tumores também podem diferir em número e tamanho, e tais variações influenciam os sintomas.

Confira, agora, mais características que podem ajudar você a saber se tem mioma!

Quais são os tipos de mioma?

Os tipos de mioma são definidos conforme sua localização na parede uterina. Todos eles têm origem nas células do miométrio, mas podem crescer em direções distintas:

  • os submucosos são os que crescem na direção do endométrio, e podem alterar a arquitetura endometrial, causando infertilidade por falhas de implantação e abortamento espontâneo;
  • os intramurais se formam dentro da parede do útero, justamente na camada miometrial, são os que causam mais cólicas menstruais;
  • os subserosos crescem para o perimétrio, como têm mais espaço para expandir podem atingir grandes dimensões e pressionar os órgãos vizinhos.

O tratamento também difere de acordo com o tipo de mioma. Os submucosos são removidos por vídeo-histeroscopia ginecológica, enquanto os intramurais e subserosos são tratados com videolaparoscopia. Vale reforçar que nem sempre há indicação cirúrgica, somente nos casos de infertilidade, prejuízo aos órgãos adjacentes e sintomatologia intensa que não melhora com medicação.

Quais são os sinais e sintomas dos miomas?

Mulheres que têm mioma são assintomáticas na maior parte das vezes. Isso dificulta o diagnóstico e a definição da prevalência, pois uma fração significativa dos casos não chega a ser notificada às unidades de saúde.

Quando há sinais e sintomas, a mulher pode notar alterações ginecológicas como:

  • cólicas menstruais intensas;
  • dor na região pélvica;
  • sangramento uterino anormal (fluxo aumentado e por período prolongado);
  • distensão abdominal;
  • sintomas de compressão na bexiga e no intestino quando o mioma cresce muito, causando alterações urinárias e intestinais;
  • infertilidade;
  • anemia, em razão da grande perda sanguínea pelo fluxo menstrual aumentado.

Essas manifestações clínicas dos miomas ajudam a portadora a suspeitar da doença, mas somente a investigação médica completa, baseada em exame ginecológico e técnicas de imagem, pode confirmar o diagnóstico.

Afinal, como saber se tenho mioma?

Ao suspeitar de qualquer anormalidade ginecológica, você deve buscar avaliação com um médico especialista. A anamnese (entrevista clínica) e o exame físico são de grande relevância para formular a hipótese diagnóstica. Partindo disso, os exames de imagem são solicitados.

A ultrassonografia pélvica é quase sempre a primeira linha de investigação. A histerossalpingografia também é uma ferramenta muito utilizada para verificar problemas anatômicos no útero e nas tubas uterinas.

A vídeo-histeroscopia é a técnica padrão-ouro na avaliação e no tratamento de patologias que surgem na cavidade do útero. Portanto, é indicada quando há suspeita de mioma submucoso. No procedimento ambulatorial, é possível detectar e remover os tumores menores, enquanto os grandes precisam de intervenção histeroscópica em ambiente hospitalar.

É possível engravidar com mioma?

Infertilidade e aborto de repetição são possíveis consequências de miomas, mas não em todos os casos. É possível engravidar com essa alteração uterina e levar a gestação até o final. Os riscos obstétricos existem quando há miomas submucosos, pois esses alteram o endométrio.

O tratamento cirúrgico (miomectomia) é importante para portadoras de mioma que ficaram inférteis, pois a remoção do tumor restaura a cavidade endometrial. Entretanto, se também existirem outros fatores de infertilidade, a começar pela idade materna superior a 35 anos, a reprodução assistida pode ser necessária, em específico a fertilização in vitro (FIV).

Para finalizar, devemos esclarecer que se você quer saber se tem mioma, mas não tem intenção de engravidar, o tratamento medicamentoso também é uma opção. Como se trata de uma condição hormônio-dependente, os contraceptivos hormonais que diminuem a ação do estrogênio são úteis para o controle dos sintomas. De qualquer forma, somente com a avaliação médica individualizada é que podemos propor o tratamento mais adequado para cada caso.

Gostaria de mais informações? Aproveite sua visita e leia nosso texto principal sobre mioma!


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