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Varicocele: veja como é feito o diagnóstico

por Dr. Augusto Bussab



"Está suspeitando de que seu companheiro ou alguém que você conhece possa ter varicocele? É uma doença que pode representar um desafio, principalmente se o homem está tentando ter filhos. Por isso, vamos detalhar o processo diagnóstico da varicocele. A varicocele acontece quando as veias […]"
Varicocele: veja como é feito o diagnóstico

Está suspeitando de que seu companheiro ou alguém que você conhece possa ter varicocele? É uma doença que pode representar um desafio, principalmente se o homem está tentando ter filhos. Por isso, vamos detalhar o processo diagnóstico da varicocele.

A varicocele acontece quando as veias do cordão espermático, estrutura que sustenta os testículos na bolsa testicular, sofrem uma dilatação anormal. O sangue que deveria ser drenado começa a se acumular em determinados pontos e a comprometer a estrutura e/ou as funções desses órgãos.

Na maioria dos casos, essa retenção do sangue resulta em inchaço e no aumento da temperatura dos testículos. E, por essa razão, a varicocele é um fator de infertilidade masculina, já que a qualidade e a produção dos espermatozoides são prejudicadas.

Mas por que isso acontece? Os testículos ficam na bolsa testicular porque eles precisam se manter em uma temperatura mais baixa que a do corpo como um todo. Se a temperatura aumenta, pode haver um prejuízo da produção de espermatozoides.

O diagnóstico da doença é realizado a partir do exame físico, embora exames complementares sejam solicitados com frequência.

Continue a leitura e conheça os principais métodos utilizados para diagnosticar a varicocele, doença também conhecida como varizes dos testículos. Confira!

Causas e sintomas da varicocele

Ainda não há um consenso sobre a causa da varicocele, embora causas genéticas sejam as mais prováveis. Sabe-se, no entanto, que o funcionamento inadequado das válvulas venosas do cordão espermático impede o fluxo sanguíneo reverso, ou seja, que o sangue retorne.

Alguns fatores também podem aumentar o risco para o desenvolvimento da doença. A genética está entre os principais: é mais prevalente em homens que possuem parentes de primeiro grau com a doença. Outros fatores de risco são o baixo índice de massa corporal e a prática excessiva de atividades físicas de mais impacto.

A varicocele se desenvolve lentamente e geralmente é assintomática em estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Porém, com a evolução, podem surgir sintomas como dor, que pode variar de desconforto agudo a incômodo, assimetria testicular e infertilidade:

  • dor que aumenta em intensidade se houver esforço físico;
  • dor que aumenta em intensidade durante períodos prolongados em pé;
  • dor que pode piorar durante o dia;
  • dor que alivia quando o homem se deita de costas;
  • sensação de peso nos testículos;
  • assimetria testicular;
  • visualização das veias;
  • infertilidade.

É importante procurar um médico se houver a manifestação de sintomas como esses, individualmente ou associados.

Varicocele e infertilidade

A varicocele é considerada uma importante causa de infertilidade masculina. A dilatação das veias pode, por exemplo, interferir na temperatura da bolsa testicular, que armazena os testículos e os mantém em temperatura mais baixa do que a corporal, o que é ideal para a produção dos espermatozoides, processo chamado espermatogênese.

Além disso, com o fluxo sanguíneo estagnado, pode ocorrer a obstrução de pequenos vasos e causar alterações nas células de Leydig, responsáveis pela secreção de testosterona, hormônio fundamental para a espermatogênese.

A varicocele, portanto, compromete principalmente a produção dos espermatozoides e, com as alterações na espermatogênese, não há gametas suficientes para a fecundação, ao mesmo tempo que a qualidade deles também pode ser alterada.

Como diagnosticar a varicocele?

O diagnóstico da varicocele inicia com o exame físico, quando são avaliadas características clínicas, como a manifestação de dor e assimetria testicular. Na ocasião, é realizada a manobra de Valsalva, expiração do ar com o nariz e os lábios tampados. Com a aplicação da técnica, as varizes são evidenciadas, possibilitando a classificação da doença em três graus:

  • grau I: quando as varizes são pequenas e dificilmente visualizadas, podendo ser palpadas apenas com a manobra de Valsalva;
  • grau II: quando as varizes podem ser palpadas sem necessidade da manobra de Valsalva;
  • grau III: quando as varizes são facilmente visualizadas e palpadas.

Os riscos para a fertilidade são maiores quando a varicocele é classificada em grau III. Outros exames, entretanto, podem ser solicitados para confirmação do quadro, como:

  • venografia da veia espermática: considerado padrão-ouro para o diagnóstico de varicocele, é um exame de raio-X realizado com a utilização de contraste, que facilita a o obtenção de imagens das áreas desejadas;
  • ultrassom com Doppler: avalia a circulação dos vasos sanguíneos e o fluxo de sangue;
  • doppler estetoscópio: realizado durante manobra de Valsalva para auscultar um ruído característico de refluxo venoso;
  • espermograma: analisa a qualidade do sêmen e dos espermatozoides presentes nas amostras, indicando critérios como a concentração dos gametas masculinos e alterações na motilidade (movimento) ou morfologia (forma).

O espermograma não é um exame para diagnóstico da varicocele, mas pode indicar alterações que sugerem a doença.

Os resultados dos exames orientam a indicação do tratamento mais adequado para cada paciente.

Tratamento e reprodução assistida

Para os quadros mais leves de varicocele, geralmente é indicada apenas a observação e o uso de medicamentos para aliviar o desconforto testicular. Em estágios mais avançados, por outro lado, quando a doença provoca alterações na fertilidade, a indicação passa a ser a abordagem cirúrgica.

A cirurgia proporciona a normalização da circulação sanguínea na região e, dessa forma, da produção de espermatozoides, restaurando a fertilidade.

No entanto, quando mesmo após o procedimento a dificuldade para engravidar a parceira ainda permanece, a reprodução assistida pode ser indicada.

A principal técnica indicada nesses casos é a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), que possibilita a recuperação dos espermatozoides diretamente dos epidídimos ou dos testículos quando eles não estão presentes nas amostras de sêmen.

Na FIV também é realizado o preparo seminal, técnica que seleciona os espermatozoides mais capacitados para a fecundação.

Durante a fecundação, que na FIV é feita em laboratório especializado, cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo com o auxílio de um equipamento chamado micromanipulador de gametas.

Os embriões formados são cultivados por alguns dias e transferidos ao útero materno. As chances de sucesso gestacional proporcionadas pela técnica são bastante expressivas.

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