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Videolaparoscopia e tratamento da infertilidade

por Dr. Augusto Bussab



"Um dos marcos da medicina contemporânea, foi o surgimento de novas tecnologias que possibilitaram diagnóstico e tratamento de diferentes condições, com maior precisão e de forma menos invasiva. Isso significa, por exemplo, que causam menores danos e/ou impactos aos órgãos pesquisados e tratados, proporcionando, entre […]"
Videolaparoscopia e tratamento da infertilidade

Um dos marcos da medicina contemporânea, foi o surgimento de novas tecnologias que possibilitaram diagnóstico e tratamento de diferentes condições, com maior precisão e de forma menos invasiva.

Isso significa, por exemplo, que causam menores danos e/ou impactos aos órgãos pesquisados e tratados, proporcionando, entre outros benefícios, por exemplo, menor tempo de recuperação pós-operatória.

Algumas, inclusive, permitem que diagnóstico e tratamento sejam realizados durante o mesmo procedimento em determinados casos, o que é conhecido na medicina como ‘see and treat’ ou ver e tratar em tradução livre.

A videolaparoscopia está entre as técnicas que se enquadram nessa categoria. Minimamente invasiva, é utilizada em diversas situações, muitas vezes com auxílio de um robô. Entre as áreas em que se destaca como padrão-ouro, estão a ginecológica e a reprodução assistida, sendo amplamente utilizada para diagnosticar e tratar condições que podem causar a infertilidade feminina.

Acompanhe o texto até o final, conheça tudo sobre a técnica e sua utilização no tratamento da infertilidade. Confira!

Saiba mais sobre o funcionamento da videolaparoscopia

As técnicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia, preveem apenas pequenas incisões, com no máximo 0,5 cm, resultando em cicatrizes praticamente invisíveis e riscos mínimos de infecção.

Utilizam equipamentos de alta tecnologia, como endoscópios com minicâmeras em alta resolução acopladas, fibras óticas e monitores, que transmitem o procedimento em tempo real. Dessa forma, é possível ter uma visão detalhada do espaço pesquisado e/ou operacional, inclusive com percepção de profundidade.

A videolaparoscopia é realizada com auxilio de um tipo de endoscópio denominado laparoscópio, inserido pelo abdômen. Se o objetivo for diagnóstico, é feita apenas uma incisão, nos casos cirúrgicos, por outro lado, são necessárias outras, para inserção de instrumentos em miniatura.

Além disso, o diagnóstico pode acontecer em ambiente laboratorial, com a mulher geralmente apenas sob sedação, enquanto a cirurgia é necessariamente realizada em ambiente hospitalar, com o uso de anestesia geral, embora o tempo de recuperação seja bem menor quando comparado às cirurgia abertas, bem como os riscos de infecção.

Na videolaparoscopia robótica, os cirurgiões operam a partir de um console equipado com controladores que manobram os braços. Os benefícios proporcionados pela técnica, entretanto, são os mesmo nas duas situações, como por exemplo:

  • Cicatriz pequena, praticamente invisível;
  • Menos dor pós-operatória;
  • Baixo risco de infecções;
  • Baixa taxa de complicações;
  • Menor risco para a formação de aderências;
  • Alta hospitalar precoce;
  • Recuperação mais rápida;
  • Retorno mais rápido as atividades habituais;
  • Menor tempo de realização;
  • Menor risco associado aos procedimentos.

Por todos esses benefícios e precisão operatória, a videolaparoscopia se tornou uma das principais opções para o tratamento de diversas condições que podem causar a infertilidade feminina.

Videolaparoscopia para o tratamento de condições relacionadas à infertilidade

Durante a fase fértil das mulheres, diversas condições podem causar infertilidade. Algumas, por sua característica assintomática, muitas vezes demoram mais a serem diagnosticadas, como é o caso da endometriose, descoberta, muitas vezes, em estágios mais avançados, quando há, por exemplo, a presença de aderência densas, que podem prejudicar a função de órgãos reprodutores como os ovários e as tubas uterinas, por exemplo.

Essas aderências causam obstruções, impedindo a liberação dos óvulos quando estão presentes nos ovários, sua captação, se estiverem nas tubas uterinas, ou o transporte dos espermatozoide. Dessa forma, não há fecundação, e quando ocorre as obstruções tubárias podem impedir o transporte do embrião ao útero.

A videolaparoscopia já demonstrou ser altamente eficiente na remoção dessas aderências em diferentes situações, bem como de implantes característicos da doença e de endometriomas, um tipo de cisto formado por tecido endometrial ectópico e sangue envelhecido em estágios mais avançados, fortemente associado à infertilidade.

Outras condições femininas relacionadas à infertilidade que podem ser tratadas com sucesso pela técnica são:

  • Miomas uterinos: formações benignas, os miomas podem ser encontrados em todas as camadas uterinas. Os que crescem no miométrio, intramurais, em tanhos maiores podem causar distorções na anatomia uterina. A videolaparoscopia é utilizada para remoção desse tipo de mioma e correção da anatomia;
  • Pólipos endometriais: pólipos endometriais se formam a partir do crescimento anormal das células do endométrio, camada de revestimento interno do útero na qual o embrião se implanta para dar início, à gestação. Assim, em tamanhos ou quantidades maiores, podem interferir nesse processo, resultando em falhas e abortamento;
  • Cistos ovarianos: cistos ovarianos em tamanhos ou quantidades maiores, incluindo os múltiplos cistos característicos da SOP (síndrome dos ovários policísticos), podem interferir no processo de desenvolvimento e amadurecimento folicular, causando anovulação ou ausência de ovulação;
  • Remoção de obstruções tubárias: além das aderências presentes em mulheres com SOP, a hidrossalpinge, consequência da salpingite, inflamação das tubas, pode causar a formação de líquidos que também as obstruem, impedindo sua função. A videolaparoscopia é indicada para remoção desses obstáculos, bem como de gravidez tubária, quando o embrião se implanta em uma das tubas em vez do útero;
  • Remoção de órgãos reprodutores: em situações mais graves, quando essas condições causam danos mais severos aos órgãos reprodutores ou se houver a presença de tumores malignos, pode ser necessário removê-los, o que também é feito pela videolaparoscopia. O procedimento para remoção do útero é denominado histerectomia, dos ovários, ooforectomia e das tubas uterinas, salpingectomia.

Na reprodução assistida, a videolaparoscopia tem como objetivo, portanto, melhorar a fertilidade a partir de intervenções nos órgãos reprodutores, assim como é utilizada muitas na avaliação inicial para diagnosticar as possíveis causas do problema.

Nos casos em que não há sucesso gestacional após o tratamento, entretanto, ainda é possível engravidar com auxílio da fertilização in vitro (FIV). A FIV é a principal técnica de reprodução assistida e hoje proporciona o tratamento de praticamente todos os problemas de infertilidade, femininos ou masculinos, além de solucionar outras necessidades reprodutivas.

Quer saber mais sobre a videolaparoscopia? Toque aqui.


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