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Reserva ovariana: qual a relação com a infertilidade feminina?

por Dr. Augusto Bussab



"Existem diversos fatores que podem afetar a fertilidade feminina, como doenças nos órgãos reprodutores e distúrbios hormonais, por exemplo. É fundamental que o organismo esteja saudável para que a mulher consiga engravidar. Mas existe uma condição que torna a mulher infértil, independentemente de sua saúde: […]"
Reserva ovariana: qual a relação com a infertilidade feminina?

Existem diversos fatores que podem afetar a fertilidade feminina, como doenças nos órgãos reprodutores e distúrbios hormonais, por exemplo. É fundamental que o organismo esteja saudável para que a mulher consiga engravidar. Mas existe uma condição que torna a mulher infértil, independentemente de sua saúde: a idade.

É de conhecimento geral que com o passar dos anos as mulheres vão perdendo sua capacidade reprodutiva e que depois de certa idade elas não conseguem mais engravidar, mas muita gente não sabe o porquê disso. A resposta é simples: isso acontece por causa da reserva ovariana.

Mas o que é reserva ovariana? Qual sua relação com a infertilidade feminina? Estas e outras possíveis dúvidas sobre o assunto serão respondidas no conteúdo a seguir. Continue lendo:

O que é reserva ovariana?

Em poucas palavras, pode-se dizer que reserva ovariana é o número de folículos ovarianos que a mulher tem disponível em seu organismo para uma possível gestação. Ou seja, aqueles que têm a capacidade de crescer, amadurecer e ovular.

Todas as mulheres já nascem com um número determinado de folículos e o corpo feminino não produz mais nenhum ao longo da vida. A cada ciclo menstrual um folículo é estimulado pelos hormônios e libera um óvulo, para que a fecundação possa acontecer.

Um único óvulo é liberado a cada ovulação, mas milhares de folículos são perdidos nesse processo. Isso significa que com o passar do tempo a reserva ovariana da mulher vai diminuindo. Além da diminuição da quantidade de folículos, com o passar dos anos eles vão envelhecendo e perdendo sua qualidade e capacidade de ovulação.

Depois dos 35 anos a queda da reserva é ainda maior, e por isso é mais comum que após essa idade seja mais difícil de engravidar. Por volta dos 50 anos a mulher passa pela menopausa, momento que representa o fim da reserva ovariana e, consequentemente, o fim da fertilidade feminina.

Exames para medir a reserva ovariana

Existem algumas opções de exames para estimar a reserva ovariana e avaliar a fertilidade da mulher. São exames que geralmente só são solicitados pelo médico quando há alguma dificuldade para engravidar ou caso a paciente demonstre o interesse em realizar o congelamento de seus óvulos para utilização futura.

Contagem de folículos antrais

A contagem de folículos antrais é feita por meio de uma ultrassonografia transvaginal nos primeiros dias do ciclo menstrual. Conta-se o número de folículos que possui entre 2 mm e 10 mm de diâmetro e o resultado define a reserva ovariana.

Se o número de folículos for menor que 10, significa que a mulher possui baixa reserva ovariana.

Dosagem do hormônio antimülleriano

É possível estimar a reserva ovariana por meio de um exame de sangue que mede a dosagem do hormônio antimülleriano, que é produzido pelos folículos. Quanto maior a dosagem, maior o número de folículos.

A grande vantagem desse exame é a possibilidade de realizá-lo a qualquer momento do ciclo menstrual.

Dosagem do hormônio folículo-estimulante

O hormônio folículo-estimulante (FSH) está relacionado ao crescimento e amadurecimento dos folículos. Quanto maior for a reserva ovariana da mulher, menor é a dosagem do FSH no sangue. Também é um exame de sangue e deve ser feito até o terceiro dia do ciclo menstrual.

Possibilidades de preservação da fertilidade

Apesar de ser um processo totalmente natural e que não está relacionado a nenhum problema de saúde, a diminuição da reserva ovariana preocupa muito as mulheres que ainda sonham em engravidar. Mas hoje já existem possibilidades de preservar a fertilidade ou de ter uma gestação mesmo já sendo considerada infértil, por meio das técnicas de reprodução assistida.

Criopreservação de óvulos

A criopreservação de óvulos é o procedimento utilizado para a realização da preservação social da fertilidade. Ele consiste no congelamento dos gametas femininos, que podem ser mantidos dessa forma por aproximadamente 10 anos, sem perder suas características originais.

É um procedimento muito indicado para mulheres que planejam ter filhos em uma idade mais avançada ou que ainda não sabem se querem engravidar, mas gostariam de preservar essa opção. Assim, mesmo que a reserva ovariana diminua ou se esgote, a mulher ainda terá seus óvulos saudáveis para uma futura fecundação.

O primeiro passo é realizar da estimulação ovariana, na qual a mulher utiliza medicamentos hormonais para estimular um número maior de folículos e auxiliar no amadurecimento. Quando eles estiverem no tamanho ideal, os gametas são coletados e então selecionados. Apenas os de melhor qualidade serão congelados.

Futuramente os óvulos são descongelados — quando e se a mulher decidir ter um filho —, e são fecundados em laboratório por meio da fertilização in vitro (FIV). Posteriormente o embrião fecundado é transferido para o útero.

Fertilização in vitro

A FIV é a técnica de reprodução assistida com maior taxa de sucesso e a única que pode ser indicada para mulheres com baixa reserva ovariana. É realizado o mesmo procedimento citado anteriormente, com a estimulação ovariana e posterior coleta dos óvulos. Estes gametas coletados são fecundados em laboratório.

Porém, há casos em que a reserva ovariana é extremamente baixa e que as chances de se coletar óvulos saudáveis e com capacidade reprodutiva são quase nulas. Quando isso acontece, o médico pode aconselhar que a FIV seja realizada com os óvulos de uma doadora anônima.

Ovodoação

No caso das mulheres que já estão tentando engravidar e descobrem que possuem uma baixa reserva ovariana e que não há a possibilidade de utilizar seus próprios gametas para a realização da FIV, uma possibilidade é optar pela ovodoação.

Realiza-se o mesmo procedimento da FIV, fecundando em laboratório um óvulo doado por uma mulher anônima com os espermatozoides do parceiro da paciente.

Para informações abrangentes sobre o assunto, recomendo a leitura do artigo sobre infertilidade feminina.


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