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Reprodução assistida: veja como é possível recorrer às técnicas

por Dr. Augusto Bussab



"Apesar de a reprodução assistida ser reconhecida como importante opção para o tratamento de infertilidade feminina e masculina muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto, das técnicas disponíveis e soluções que elas podem proporcionar, ao funcionamento e indicação de cada uma. É comum, por […]"
Reprodução assistida: veja como é possível recorrer às técnicas

Apesar de a reprodução assistida ser reconhecida como importante opção para o tratamento de infertilidade feminina e masculina muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto, das técnicas disponíveis e soluções que elas podem proporcionar, ao funcionamento e indicação de cada uma.

É comum, por exemplo, que o funcionamento das técnicas e as situações em que são indicadas sejam frequentemente confundidos. Além disso, diversos mitos circulam na Internet, gerando ainda mais dúvidas em que busca informações sobre o assunto.

Este texto foi elaborado com objetivo de esclarecê-las. Explica em detalhes o que é reprodução assistida, quando é importante procurar e o que ela pode oferecer. Continue a leitura até o final para saber mais. Confira!

O que é reprodução assistida?

A reprodução humana assistida é uma área da medicina que reúne diferentes técnicas e procedimentos para proporcionar a gravidez quando há dificuldades reprodutivas. A especialidade geralmente é exercida por profissionais de ginecologia e urologia, que possuem conhecimento sobre os sistemas reprodutores de mulheres e homens.

Ou seja, o especialista pode diagnosticar e prescrever os tratamentos mais adequados para as doenças e condições que podem afetar a saúde reprodutiva, entre eles as técnicas de reprodução assistida.

A reprodução assistida é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece as regras para utilização das técnicas e procedimentos. Além do tratamento de infertilidade, o CFM permite o uso das técnicas por pessoas solteiras que desejam uma gravidez independente e para que casais homoafetivos femininos e masculinos tenham filhos biológicos, independentemente de problemas de fertilidade.

Todos os tratamentos disponíveis proporcionam ótimas chances de gravidez quando são adequadamente indicados. Por isso, é sempre importante optar por clínicas e profissionais especializados, que podem ser selecionados por indicação ou pesquisa, considerando, entre os requisitos, a experiência no manuseio das técnicas e os percentuais de sucesso.

Quando procurar a reprodução assistida?

É possível recorrer à reprodução assistida quando há dificuldades para engravidar por um ano ou mais sem o uso de nenhum método contraceptivo, incluindo os preservativos de barreira, as camisinhas masculinas ou femininas. Após esse período o casal é considerado infértil.

A infertilidade feminina geralmente é consequência de distúrbios de ovulação, obstruções nas tubas uterinas, malformações uterinas adquiridas ou congênitas. Enquanto a masculina pode ser resultado de bloqueios que inibem o transporte dos espermatozoides ou de alterações na produção, espermatogênese. O desequilíbrio dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo também pode afetar a fertilidade nos dois casos.

Esses quadros são provocados por diferentes doenças e condições. Algumas apresentam sintomas, um importante alerta para possíveis problemas na fertilidade. As mulheres, por exemplo, podem ter alterações no fluxo menstrual, como amenorreia ou ausência de menstruação, cólicas intensas antes e durante os períodos menstruais dor durante as relações sexuais, corrimento anormal e com odor forte ou crescimento anormal de pelos em locais tipicamente masculinos.

Já os homens podem observar alterações testiculares, como assimetria, dor e inchaço na região, formação de varizes na bolsa testicular, secreção peniana anormal, alterações na cor do sêmen, dor durante a ejaculação e mudanças corporais, como a perda de pelos e o crescimento das mamas (ginecomastia).

Assim, diante da suspeita de infertilidade um especialista em reprodução assistida deve ser procurado e ambos os parceiros investigados para identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado em cada caso.

Por outro lado, pessoas solteiras e casais homoafetivos podem recorrer à reprodução assistida quando houver o desejo de ter filhos biológicos. Nesses casos, é importante apenas observar as regras determinadas pelo CFM para o uso das técnicas, que podem ainda ser utilizadas por pessoas com suspeita ou histórico de doenças genéticas para evitar a transmissão às futuras gerações.

O que a reprodução assistida pode oferecer?

A reprodução assistida aumenta bastante as chances de ter filhos biológicos. Hoje, os tratamentos são realizados por três técnicas, classificadas de acordo com a complexidade dos tratamento e indicadas em diferentes situações.

Saiba, abaixo, sobre o funcionamento, indicação e chances de sucesso de cada uma delas:

Relação sexual programada (RSP)

Classificada como de baixa complexidade por prever a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas, a RSP é a mais simples das técnicas de reprodução assistida e tem como objetivo programar o melhor período para intensificar a relação sexual e aumentar as chances de engravidar.

O tratamento inicia com a estimulação ovariana, primeira etapa de todas as técnicas, um procedimento realizado com medicamentos hormonais para induzir o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos ovarianos, bolsas que contêm os óvulos imaturos. O desenvolvimento folicular é acompanhado periodicamente por exames de ultrassonografia transvaginal, permitindo determinar o período mais fértil.

A RSP é particularmente indicada quando há distúrbios de ovulação mais leves. No entanto, para utilizar a técnica as mulheres devem ter no máximo 35 anos, idade em que os níveis da reserva ovariana, quantidade de folículos presentes nos ovários, ainda estão mais altos, além das tubas uterinas permeáveis, uma vez que a fecundação acontece naturalmente. Da mesma forma, os espermatozoides do parceiro devem estar dentro dos parâmetros de normalidade.

Os percentuais de sucesso proporcionados pela técnica acompanham os da gestação espontânea: aproximadamente 20% a cada ciclo de tratamento.

Inseminação artificial (IA)

Na IA, assim como na RSP a fecundação acontece naturalmente, por isso, é igualmente classificada como de baixa complexidade. No entanto, se diferencia por permitir a seleção dos espermatozoides mais saudáveis pelo preparo seminal, técnica que os capacita possibilitando o tratamento quando há pequenas alterações.

Após a estimulação ovariana, quando os exames de ultrassonografia indicam o período mais fértil, as amostras com os melhores gametas masculinos são inseridas em um cateter e depositas no útero da parceira.

A IA, além de proporcionar o tratamento de fatores masculinos e femininos mais leves, é uma das técnicas indicadas para os casais homoafetivos femininos engravidarem, que, nesse caso, precisam recorrer à doação de sêmen. Os critérios femininos para sua utilização são os mesmos da RSP e os percentuais de sucesso também acompanham os da gestação espontânea.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV é a mais complexa das técnicas de reprodução assistida, pois, prevê a fecundação em laboratório. Para isso, após a estimulação ovariana os folículos são coletados por punção folicular, os óvulos extraídos e selecionados em laboratório e, os espermatozoides, pelo preparo seminal.

Atualmente, a fecundação é realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) na maioria das clínicas de reprodução assistida. Técnica em que cada um é injetado diretamente no óvulos aumentando as chances de sucesso. Os embriões formados se desenvolvem por até seis dias e são transferidos ao útero.

A FIV proporciona o tratamento de praticamente todos os fatores de infertilidade femininos e masculinos, assim como é a técnica indicada para os casais homoafetivos masculinos que desejam engravidar, que devem contar com a doação de óvulos e o útero de substituição, técnicas complementares ao tratamento.

Quando os embriões estão na etapa de blastocisto, entre o quinto e sexto dia, uma análise celular feita pelo PGT, teste genético pré-implantacional, indica possíveis distúrbios genéticos, permitindo a seleção dos mais saudáveis para serem transferidos ao útero.

Os percentuais de sucesso proporcionados pela FIV são os mais altos da reprodução assistida.

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