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PGT: conheça todos os tipos que podem ser feitos na FIV

por Dr. Augusto Bussab



"FIV é a sigla para fertilização in vitro, principal técnica de reprodução assistida, área da medicina que auxilia a reprodução humana. Se tornou popularmente conhecida na década de 1970, quando nasceu o primeiro bebê concebido com a sua utilização. Foi inicialmente desenvolvida para solucionar os […]"
PGT: conheça todos os tipos que podem ser feitos na FIV

FIV é a sigla para fertilização in vitro, principal técnica de reprodução assistida, área da medicina que auxilia a reprodução humana. Se tornou popularmente conhecida na década de 1970, quando nasceu o primeiro bebê concebido com a sua utilização.

Foi inicialmente desenvolvida para solucionar os problemas de infertilidade feminina por obstruções tubárias, causa comum, uma vez que elas não têm nenhuma função no tratamento, pois a fecundação é realizada em ambiente laboratorial.

Com o avanço tecnológico a FIV também evolui e hoje, além de permitir o tratamento da infertilidade femininos e masculina, independentemente da gravidade, reúne um conjunto de técnicas complementares que proporcionam a solução de diferentes problemas, atendendo, assim, praticamente a todas as necessidades reprodutivas das sociedades contemporâneas.

O PGT, teste genético pré-implantacional, está entre elas, e é a única forma de evitar a transmissão das doenças genéticas aos filhos, principalmente as conhecidas, além de detectar anormalidades cromossômicas que podem levar à perda gestacional ou mesmo determinar possíveis riscos de algumas doenças se desenvolverem no futuro.

Para isso, existem diferentes tipos de PGT, que embora utilizem a mesma tecnologia são indicados em diferentes situações. No entanto, apesar de muitos casais recorrerem à FIV apenas para fazer o teste, ele não é de rotina.

Continue a leitura até o final para conhecer os tipos de PGT que podem ser feitos na FIV e quando cada um é indicado. Confira!

Conheça os tipos de PGT feitos na FIV

A FIV é a única técnica de reprodução assistida que prevê a fecundação em laboratório, de forma controlada. Nas outras duas, relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), esse processo acontece naturalmente, nas tubas uterinas.

Por isso, o PGT pode apenas ser feito no tratamento com a técnica, uma vez que o objetivo do teste é analisar as células do embrião para identificar possíveis distúrbios genéticos, o que é feito com a utilização da tecnologia NGS, next generation sequencing, ou sequenciamento de nova geração, que analisa simultaneamente o sequenciamento de fragmentos de DNA, comparando-os com sequências que podem indicar esses distúrbios.

O sucesso do PGT foi reforçado pela evolução dos meios de cultura, que permitiu o desenvolvimento dos embriões formados na fecundação por mais tempo, até 6 dias, fase chamada blastocisto, em que já possuem centenas de células divididas por função.

O grupo celular externo, trofoblasto, forma a placenta e outros anexos embrionários, enquanto o interno, embrioblasto, o embrião propriamente dito. O teste é feito a partir de uma biopsia no trofoblasto, o que não compromete o embrioblasto e, consequentemente, a formação dos sistemas necessários ao desenvolvimento adequado do embrião.

Apesar disso, entretanto, é um exame invasivo e por isso não deve ser feiro como rotina, apenas em situações específicas. Conheça abaixo os tipos de PGT feitos na FIV e a indicação de cada um:

PGT-A

Cada um dos pais transmite aos seus filhos 23 cromossomos, estruturas que armazenam os genes, 22 são homólogos, não relacionados à determinação do sexo e 1 par é de cromossomos sexuais. O PGT-A é feito quando há suspeita de aneuploidia, anormalidade cromossômica caracterizada pela presença ou ausência de mais de um cromossomo do que o normal.

A aneuploidia ocorre como consequência de erros durante o processo de divisão celular das células sexuais, óvulos e espermatozoides, ou do embrião nos primeiros dias de desenvolvimento. Compromete a implantação do embrião no endométrio, camada de revestimento interno do útero, evento que marca o início da gestação, bem como seu desenvolvimento, resultando, dessa forma, em abortamento.

O PGT-A é indicado nas seguintes situações:

  • Para mulheres com histórico de abortamento de repetição, quando há perda da gravidez clinicamente comprovada antes da 22ª semana de gestação;
  • Para casais em idade mais avançada em tratamento com a FIV, pois a qualidade de óvulos e espermatozoides naturalmente diminui com o envelhecimento.

PGT-SR

O PGT-SR também investiga alterações cromossômicas, nesse caso, as estruturais, que afetam a morfologia do cromossomo, como perdas de partes do material genético ou mudanças na sequência dos genes, presentes em todas as células ou apenas em algumas. Essas anormalidades podem ser herdadas de um dos pais ou ocorrer espontaneamente e também resultam em falhas de implantação e abortamento.

O PGT-SR é feito quando há histórico de abortamento de repetição e o PGT-A não identificou aneuploidias.

PGT- M

O PGT-M é indicado nos casos em que há histórico de doenças hereditárias monogênicas, causadas por mutações de um único gene, que pode ser dominante ou recessivo. O nanismo, por exemplo, doença que causa o desenvolvimento inadequado os ossos, está entre as que podem ser causadas por genes dominantes, enquanto fibrose cística, distúrbio das glândulas que causa excesso de muco nos pulmões, exemplifica as que podem resultar de genes recessivos.

Distúrbios relacionados ao cromossomo X, provocados por genes dominantes ou recessivos, também podem ser identificados por esse tipo, como a síndrome do cromossomo X frágil, que causa deficiência intelectual e problemas cognitivos e a hemofilia, em que há problemas de coagulação sanguínea.

PGT-P

O embrião também pode herdar doenças poligênicas, aquelas que são causadas por uma combinação de fatores ambientais e mutações de vários genes, incluindo alguns tipos de câncer, diabetes tipos 1 e 2, doença de Alzheimer, esquizofrenia e hipertensão arterial, por exemplo.

O PGT-P permite determinar possíveis riscos de essa doenças se desenvolveram no futuro, após o nascimento, porém, ao contrário dos outros tipos, não tem caráter diagnóstico, embora contribua para adoção de medidas que minimizem as chances de essas doenças se desenvolverem.

Após a coleta das células, os embriões são congelados até que os resultados apontados pelo PGT indiquem os mais saudáveis para serem transferidos diretamente ao útero materno.

Toque aqui e conheça em detalhes o tratamento com a FIV, responsável pelo nascimento, anualmente, de milhares de crianças no mundo todo.


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