Como os testículos, os ovários são classificados como glândulas sexuais. A diferenciação ocorre ainda durante a formação do feto. Elas são fundamentais para a fertilidade, devido à produção de hormônios e dos gametas femininos e masculinos.
Com relação à fertilidade feminina, o bom funcionamento dos ovários é essencial, pois a presença de doenças pode abalar a capacidade reprodutiva da mulher.
Ao longo do artigo, vamos mostrar quais são as principais doenças que atingem os ovários e podem afetar a fertilidade. Vamos lá?
Quais são as funções dos ovários?
Os ovários contribuem com duas funções essenciais para o organismo. Ele produz os hormônios sexuais femininos progesterona e estrogênio. E para a reprodução humana, os ovários são responsáveis pela produção e o armazenamento dos óvulos, os gametas femininos.
Quais doenças e condições podem atingir os ovários?
Diversos fatores podem atingir os ovários. As principais são: os endometriomas, a síndrome dos ovários policísticos e a falência ovariana precoce. Saiba mais sobre elas, a seguir!
Endometriomas
Endometrioma é o nome dado para a endometriose que se manifesta nos ovários. Ela também é conhecida como “cistos de chocolate”, devido a sua coloração escura.
A endometriose é uma doença complexa e cercada por estigmas. Muitas pacientes levam anos para serem diagnosticadas corretamente, devido à falta de informação — inclusive de profissionais de saúde — ou por acharem que os seus sintomas são uma “frescura”.
Por isso, conhecer os seus sintomas é fundamental para suspeitar da doença e procurar um médico. Entre eles, destacamos:
- cólicas menstruais intensas;
- aumento do fluxo menstrual;
- dor durante a relação sexual;
- infertilidade.
Os endometriomas afetam a fertilidade porque provoca alterações hormonais, afetando a ovulação. E ainda, é muito comum que a paciente possua focos da doença em outros locais, como a endometriose profunda na região pélvica.
A descrição dos sintomas e os exames de ultrassonografia pélvica e ressonância magnética são as melhores ferramentas para o diagnóstico da doença.
Síndrome dos ovários policísticos
A síndrome dos ovários policísticos, também conhecida como SOP, atinge entre 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Provocada por um desequilíbrio hormonal, os folículos ovarianos se acumulam e formam cistos na região dos ovários.
Com relação à infertilidade, uma das principais consequências da SOP é a anovulação, conhecida como a ausência da ovulação. Sem a liberação do óvulo, a fecundação não pode ser realizada de forma natural.
Os seus principais sintomas são:
- menstruação irregular (principalmente, ciclos muito longos);
- hirsutismo (surgimento de pelos em locais tipicamente masculinos, como na face, seios e costas);
- obesidade;
- acne;
- seborreia;
- dificuldade para engravidar.
O diagnóstico é feito com base no histórico, na descrição dos sintomas da paciente e no resultado de exames, como a ultrassonografia transvaginal, o exame de sangue e o exame físico realizado durante a consulta médica.
Falência ovariana precoce
A mulher nasce com uma quantidade definida de óvulos, que são utilizados ao longo da sua vida reprodutiva. Com o passar da idade, em especial, a partir dos 40 anos, o “estoque” limitado de gametas femininos começa a diminuir. A menopausa, que ocorre entre os 45 a 50 anos, marca a última menstruação.
Para mulheres com falência ovariana precoce esse processo ocorre muito antes do previsto. Também conhecida como menopausa precoce, a sua causa não é conhecida, porém, o histórico familiar é apontado como um dos principais fatores de risco.
Sabe-se que ela está relacionada com o desequilíbrio hormonal, principalmente, do estrogênio. Ela deve ser investigada quando a mulher percebe que os seus ciclos menstruais duram mais do que 35 dias (oligomenorreia) ou devido a ausência da menstruação (amenorreia) por mais do que 4 meses.
Os seus sintomas são similares aos da menopausa. Abaixo, listamos os principais:
- aumento da sudorese e de ondas de calor;
- atrofia vaginal;
- diminuição do desejo sexual;
- instabilidade emocional;
- insônia.
A falência ovariana precoce também pode ser uma consequência de danos causados pela quimioterapia, radioterapia ou doenças autoimunes. O diagnóstico é feito com exames laboratoriais para checar o nível dos hormônios e exames de imagem, como o ultrassom transvaginal.
O tratamento dessas doenças recupera a fertilidade feminina?
As principais doenças que atingem os ovários possuem tratamento, sendo possível recuperar a fertilidade. Para os endometriomas, o tratamento é complexo e varia de acordo com a realidade da paciente. Entre as alternativas está a cirurgia, responsável pela retirada dos focos da doença dos ovários.
O tratamento da SOP, caso a paciente queira ter filhos naquele momento, tem o controle de peso como o primeiro passo. Estudos apontam que pacientes obesas que perderam peso melhoraram a função ovariana.
A fim de regular a estimulação dos folículos ovarianos, a mulher pode receber indutores de ovulação e, caso as alternativas anteriores não funcionem, existe o tratamento cirúrgico. Por fim, o tratamento da falência ovariana precoce baseia-se em reposição hormonal.
Se o tratamento não for suficiente para que a mulher engravide, as técnicas de reprodução assistida são uma possibilidade cada vez mais procurada pelos casais.
Para as doenças que atingem os ovários, a fertilização in vitro (FIV) é encorajada por ser a técnica mais completa e que oferece os melhores resultados. Em especial, para pacientes com falência ovariana precoce, que podem realizar o tratamento por meio da doação de óvulos.
Os ovários são as glândulas sexuais femininas, responsáveis pela produção dos óvulos. Doenças como os endometriomas, a SOP e a falência ovariana precoce podem afetar diretamente a capacidade reprodutiva feminina. Após o tratamento, caso seja necessário, a FIV é a alternativa mais procurada por casais para realizarem o sonho de terem filhos.
Você já conhecia essas doenças e as suas consequências para a fertilidade feminina? Se você gostou do artigo, compartilhe-o nas redes sociais!
A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]
Ler mais...