Embrião é o termo que designa o estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano, cuja primeira célula é formada na fecundação, evento em que o espermatozoide, gameta masculino, penetra o óvulo, gameta feminino, permitindo a fusão dos pronúcleos com a informação genética dos pais.
Na gestação espontânea, a fecundação acontece nas tubas uterinas. A célula primordial, denominada zigoto, sofre sucessivas divisões celulares ainda nesses órgãos, enquanto o embrião é transferido ao útero, que o recebe e abriga.
O embrião chega ao útero aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento, fase conhecida como blastocisto em que se implanta no endométrio, camada interna uterina para dar inÃcio à gestação. Da oitava semana de gravidez até o nascimento passa a ser denominado feto.
O termo embriões excedentes, por sua vez, é utilizado na reprodução assistida, particularmente em uma das técnicas disponÃveis atualmente.
Para saber o que são embriões excedentes acompanhe a leitura do texto até o final. Confira!
Reprodução assistida
Reprodução assistida é a área da medicina que auxilia a gravidez por diferentes técnicas e procedimentos. Atualmente, as três principais técnicas disponÃveis são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV), classificadas de acordo com a complexidade.
Na RSP e IA, por exemplo, a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas como na gestação espontânea, por isso são classificadas como de baixa complexidade. Assim, para utilizar qualquer uma delas, é preciso que as tubas estejam permeáveis, ou seja, sem nenhum tipo de obstrução.
A RSP é a mais simples entre elas, o tratamento prevê a estimulação ovariana, procedimento em que os ovários são estimulados por dosagens mais baixas de medicamentos hormonais para se obter mais óvulos disponÃveis para a fecundação, entre 1 e 3 e a programação do melhor momento para intensificar a relação sexual. Por isso, os espermatozoides do parceiro também devem ser saudáveis.
Na IA, por sua vez, além da estimulação ovariana é realizado o preparo seminal, técnica que possibilita a capacitação dos espermatozoides por diferentes métodos, a partir do processamento de amostras de sêmen, substância em que são abrigados; as que contêm os melhores espermatozoides, são inseridas em um cateter e depositadas no útero. Dessa forma, permite o tratamento quando há pequenas alterações nos gametas masculinos.
Já na FIV, classificada como de alta complexidade, a fecundação acontece em laboratório e os embriões formados são transferidos ao útero materno depois de alguns dias de desenvolvimento. O tratamento é realizado em cinco etapas diferentes, estimulação ovariana, preparo seminal, cultivo de embriões e transferência embrionária.
A estimulação ovariana, como nas outras técnicas é feita pela administração de medicamentos hormonais no inÃcio dos ciclos menstruais. Porém, a dosagem utilizada é mais alta para obter uma quantidade maior de óvulos, aproximadamente 10 e garantir, assim, que um número maior de embriões sejam formados.
O desenvolvimentos dos folÃculos, estruturas que contêm o óvulo imaturo armazenadas nos ovários é acompanhado por exames de ultrassonografia periódicos, que indicam o momento ideal para que novos medicamentos os induzam ao amadurecimento final e ovulação, quando o óvulo é liberado para ser fecundado pelo espermatozoide.
Os folÃculos maduros são, então, coletados por punção folicular, seus óvulos extraÃdos em laboratório, selecionados e usados na fecundação. Os espermatozoides, como na IA, são capacitados e selecionados pelo preparo seminal.
Hoje, a fecundação é realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) na maioria das clÃnicas de reprodução assistida, em que cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, aumentando as chances de sucesso.
Os embriões formados são posteriormente acomodados em incubadoras em que se desenvolvem por até seis dias, processo acompanhado diariamente por um embriologista, e podem ser transferidos ao útero em dois estágios de desenvolvimento, de acordo com cada caso, D3 ou clivagem, entre o segundo ou terceiro dia ou no blastocisto.
O que são embriões excedentes?
Embriões excedentes é o termo utilizado na FIV para designar os que não foram transferidos ao útero em um ciclo de tratamento.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão que regulamente a reprodução assistida no Brasil, determina que a transferência seja feita de acordo com a idade da mulher. Mulheres com até 37 anos podem receber entre 1 e 2 embriões e acima dessa idade até 3 embriões.
Os embriões excedentes são congelados para serem usados em um próximo ciclo quando não há sucesso gestacional ou no futuro para obter uma nova gravidez. O processo de congelamento é feito por vitrificação, técnica que causa danos praticamente inexpressivos, permitindo que permaneçam armazenados por muitos anos.
Para serem usados em ciclos seguintes ou em novas gestações são descongelados e transferidos ao útero.
Por outro lado, os embriões excedentes que não forem usados em nenhuma dessas situações, podem ser doados para pessoas inférteis que não conseguem engravidar com os próprios gametas ou para pesquisa de células-tronco.
Segundo as regras do CFM, O destino dos embriões excedentes deve ser determinado em documento assinado pelos pacientes antes de o tratamento iniciar.
Siga o link e conheça em detalhes o tratamento com a fertilização in vitro (FIV)!
A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]
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