O sistema reprodutor feminino é formado por: ovários, tubas uterinas, útero, canal vaginal e vulva.
Determinadas alterações nesses órgãos, assim como no eixo adenoipófise, que regula os nÃveis hormonais, podem levar a mulher à infertilidade.
A fertilidade feminina depende de uma série de fatores. Tudo deve estar em correto funcionamento, em sincronia, para que a mulher possa engravidar.
Neste post, falarei sobre um dos órgãos importantes para a fertilidade: o útero, mais especificamente, abordarei a malformação congênita que pode acometer esse órgão denominado útero bicorno.
Também abordarei as dúvidas mais frequentes das pacientes sobre o assunto.
Confira: o que é útero bicorno? Como identificar essa anomalia? Qual é a relação do útero bicorno com a fertilidade feminina?
O que é útero bicorno?
O útero é o órgão responsável por abrigar e proteger o embrião durante o desenvolvimento da gravidez.
No entanto, esse órgão tão importante para o sucesso da gestação pode ser acometido por diferentes tipos de malformações congênitas, sendo uma delas o útero bicorno.
O que pode causar malformações uterinas congênitas? Há vários fatores etiológicos que podem desencadear esses distúrbios, como: genéticos, ambientais, multifatoriais (coexistência dos fatores ambientais e genéticos).
Porém, esses fatores não estão completamente estabelecidos e esclarecidos, e alguns são, ainda, desconhecidos.
No entanto, pesquisas já revelaram que essas malformações uterinas são congênitas, ou seja, ocorrem quando o feto ainda está no útero da mãe, durante o desenvolvimento gestacional.
Dessa forma, a mulher nasce com a malformação.
Acredita-se que distúrbios genéticos são responsáveis por diferentes malformações congênitas uterinas, seja por: aplasia ou hipoplasia, defeitos na fusão dos ductos de Müller (46,3% das anomalias uterinas) e anomalias na reabsorção do septo inter-mülleriano.
O útero bicorno é a anomalia mais comum dos ductos müllerianos.
Seu diagnóstico indica desenvolvimento anormal do órgão, caracterizado pela presença de uma membrana interna que o divide.
Essa membrana apresenta-se com tamanhos variados, desde uma pequena divisão ou até mesmo a divisão completa da cavidade uterina em duas cavidades.
O útero bicorno é, em alguns casos, um obstáculo para a evolução gestacional por diversos motivos.
Como identificar essa anomalia congênita?
A presença de útero bicorno é relativamente comum e, muitas vezes, essa condição é assintomática ou mesmo os sintomas são reconhecidos como naturais.
Uma vez que a mulher nasceu com o útero bicorno, qualquer sintoma potencial pode parecer normal.
Os sintomas, quando se manifestam, surgem durante a adolescência e inÃcio da vida adulta, geralmente. Veja a seguir quais são esses sintomas:
- sangramento vaginal irregular;
- abortamentos de repetição;
- perÃodos menstruais dolorosos;
- desconforto abdominal;
- dor durante a relação sexual.
O desenvolvimento anormal do útero, geralmente, é diagnosticado durante exames de rotina por meio de exames de imagem, como:
- exame pélvico;
- histerossalpingografia;
- ultrassonografia;
- ressonância magnética;
- laparoscopia;
- histeroscopia.
Algumas mulheres só descobrem que têm a malformação durante a gravidez e ficam surpresas. Outras passam a vida inteira sem saber que têm a condição.
Qual é a relação do útero bicorno com a fertilidade feminina?
Essa malformação é mais comum em mulheres que são inférteis, mas nem sempre ela causa infertilidade feminina.
Isso acontece porque essa condição traz dificuldades para levar a gravidez a termo devido a incidências de abortos espontâneos repetitivos e partos prematuros.
O útero bicorno é uma malformação que provoca a divisão do útero em duas cavidades, logo, o útero tem sua capacidade muito limitada para expandir.
Caso uma das cavidades seja menor que a outra e o embrião se fixe nela, a gravidez provavelmente não se desenvolverá.
No entanto, se a gravidez ocorrer no lado maior do útero bicorno, a gravidez pode se desenvolver naturalmente, desde que monitorada por um especialista.
Essa é considerada uma gestação de alto risco, sendo necessário acompanhamento rigoroso para garantir os cuidados e análises necessárias, a fim de minimizar os riscos para a saúde da mãe e do bebê.
Outro risco que pode ocorrer é o bebê se acomodar em uma posição de culatra, o que significa que a parte inferior ou os pés estão voltados para baixo antes do nascimento.
A paciente pode precisar de testes extras e terá maior probabilidade de dar à luz por meio de parto cesariano.
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