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O que é trombofilia?

por Dr. Augusto Bussab



"Trombofilia, saiba o que é e quais são os riscos à gestação"
O que é trombofilia?

O organismo feminino é complexo e sensível a alterações, sejam elas hormonais, sejam provocadas pela presença de alguma patologia. Muitas vezes, a infertilidade feminina pode se manifestar e a mulher não conseguir identificar sua causa.

Considerando doenças, a endometriose, a adenomiose, os miomas uterinos, a síndrome dos ovários policístico (SOP) e também a trombofilia podem diminuir as chances de gravidez e causar outras complicações de saúde.

Neste texto, vou falar sobre a trombofilia e seus efeitos no organismo feminino.

O que caracteriza a trombofilia?

A trombofilia é uma patologia que torna o organismo propenso ao desenvolvimento de trombose por conta de alterações no processo de coagulação sanguínea. Esse problema de saúde pode ser adquirido ou herdado.

Algo importante de ser colocado sobre essa condição de saúde é que ser portadora não significa estar doente ou então ser propensa a sofrer abortos espontâneos ou ter dificuldades de engravidar.

Quando uma mulher tem o desejo de engravidar e é portadora de trombofilia, alguns cuidados precisam ser tomados antes e durante o período de gestação. Além disso, por dificultar o processo de coagulação, essa condição de saúde pode diminuir as chances de a mulher engravidar de maneira natural.

Estima-se que cerca de 15% das mulheres portadoras de trombofilia sofrem aborto espontâneo por diferentes causas. No entanto, a repetição do aborto é menos frequente.

Causas

Essa condição de saúde pode ser adquirida ou transmitida de pais para filho, portanto existem dois tipos de causas: causas adquiridas e causas hereditárias.

Causas adquiridas de trombofilia

  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Presença de varizes;
  • Fraturas;
  • Obesidade;
  • Alterações cardíacas;
  • Diabetes;
  • Hipertensão arterial;
  • Altos níveis de colesterol;
  • Uso de anticoncepcionais ou medicamentos para reposição hormonal;
  • Ficar na mesma posição por muito tempo, como no caso de longas viagens;
  • Presença de doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus, por exemplo;
  • Presença de patologias infecciosas, como hepatite, sífilis ou HIV;
  • Câncer.

Causas hereditárias da trombofilia

  • Deficiência natural de anticoagulantes corporais, as chamadas proteína C e proteína S;
  • Concentração elevada de homocisteína, um aminoácido produzido pelo organismo;
  • Mutações nas células da medula óssea;
  • Excesso de enzimas sanguíneas capazes de promover o processo de coagulação.

Em ambos os tipos do problema de saúde, é importante preconizar o cuidado alimentar, evitar o sedentarismo e manter exames e visitas médicas regulares em dia para manter essa condição sob controle.

Sintomas

A trombofilia aumenta consideravelmente as chances de trombos se formarem. Por isso, os sintomas mais comuns são:

  • Trombose venosa profunda, caracterizada pelo inchaço de alguma região corporal. Nesse caso, as extremidades inferiores, como pernas e pés, são as mais afetadas pelo problema, tornando-se inchadas e avermelhadas;
  • Falta de ar intensa, seguida por dificuldade para respirar;
  • Ocorrência de AVC;
  • Trombose placentária ou no cordão umbilical, impedindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao bebê, podendo causar aborto, parto prematuro ou complicações na gravidez, como eclampsia.

É relativamente comum que a paciente não saiba que é portadora dessa condição de saúde. Isso pode acontecer, no entanto, caso um inchaço repentino surja, assim como ela tenha dificuldade de engravidar.

Exames

Como forma de diagnosticar e controlar a doença, a paciente precisa passar por um clínico geral ou hematologista de confiança, que normalmente solicitam alguns exames específicos. Entre eles estão o hemograma completo, dosagem de glicose, colesterol total e frações, dosagens de enzimas de coagulação, tempo de protrombina e tempo de coagulação.

Tratamento

O tratamento de trombofilia consiste basicamente em cuidados para evitar quadros de trombose. O principal tipo de tratamento é o uso de medicamentos anticoagulantes, que impedem a formação de trombos em diferentes regiões do organismo.

Os medicamentos mais comuns são a heparina e a varfarina, por exemplo. Além dos medicamentos, algumas medidas no dia a dia podem ser adotadas como forma de prevenir a ocorrência de trombose, entre elas: evitar ficar muito tempo na mesma posição em viagens, fazer uso correto dos medicamentos passados pelo médico, manter uma alimentação saudável e controlar o diabetes e os níveis de colesterol sanguíneo.

Trombofilia na reprodução assistida

A trombofilia pode interferir de maneira negativa no processo de fecundação por vias naturais, mas isso não é um problema para as mulheres que desejam engravidar.

Mulheres que sofreram algum tipo de aborto ou complicações em gestações passadas devido à doença podem fazer uso de tratamentos de reprodução assistida, como a FIV, para engravidar.

Uma vez diagnosticada com trombofilia, a mulher tem todo o acompanhamento necessário durante o processo da FIV para aumentar as chances de implantação do embrião e seu desenvolvimento em segurança.

Ser diagnosticada com trombofilia pode ser um desafio, principalmente para quem deseja engravidar. Entretanto, saber que a FIV pode ajudar no que diz respeito ao processo de gravidez, traz esperança a todas as mulheres que desejam ser mães.

Compartilhe esse conteúdo em suas redes sociais e faça com que mais mulheres saibam que é possível engravidar mesmo sendo portadoras de trombofilia.


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