Muitos casais com dificuldades de engravidar buscam as técnicas de reprodução para conseguir ter um filho. A técnica mais indicada e empregada no mundo para aumentar as chances de gravidez é a FIV (fertilização in vitro) e uma das formas de se potencializar a ação da FIV se dá com o uso da técnica de hatching assistido.
Embora seja um procedimento raramente necessário, pode melhorar as chances de implantação e assim de gravidez.
Neste texto, serão abordados diferentes aspectos do hatching assistido, como suas indicações, diferentes metodologias e o que ela pode evitar.
O que é hatching assistido?
O óvulo possui uma membrana que o envolve como forma de proteção que se chama zona pelúcida. Após a fecundação, o embrião continua com essa membrana, que deve se romper (eclodir) antes da implantação para que ela seja bem-sucedida. No entanto, nem sempre isso acontece.
O hatching assistido, também chamado de eclosão assistida, é uma técnica que realiza pequenas aberturas na zona pelúcida do embrião, facilitando seu processo de implantação.
Quando a técnica é indicada?
A técnica de hatching assistido é indicada nas seguintes situações:
- Mulheres com idade acima de 35 anos;
- Embriões que apresentam zona pelúcida espessa;
- Embriões que apresentam fragmentação excessiva;
- Falhas recorrentes de implantação em ciclos anteriores de FIV.
Diferentes métodos de hatching assistido
Existem três métodos de realizar o hatching assistido:
- A laser (realizado em praticamente todos os casos);
- QuÃmico;
- Mecânico;
Hatching assistido a laser
A utilização do laser avançou bastante na medicina nas últimas décadas, chegando até à reprodução assistida, fazendo parte desse tipo de procedimento.
O hatching assistido a laser é o tipo mais atual da técnica. Esse tipo de procedimento é capaz de diminuir a espessura da zona pelúcida de maneira controlada, dentro de ambiente controlado de laboratório.
A técnica à laser é a maneira mais segura de evitar danos ao embrião e favorecer o processo de fixação no útero.
Hatching assistido mecânico
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O tipo mecânico foi o primeiro método a ser desenvolvido. Com uma agulha fina, abre-se um orifÃcio na zona pelúcida, para que haja liberação do embrião. Trata-se de uma técnica de baixo custo, mas com alto risco de danos ao embrião.
Hatching assistido quÃmico
Essa metodologia consiste na aplicação de ácido na zona pelúcida do embrião, visando a seu rompimento. Trata-se de um processo difÃcil de ser controlado, e a substância pode afetar o embrião. Devido a seu alto grau de risco, o hatching assistido quÃmico deixou de ser indicado.
Hatching assistido e FIV
O hatching assistido só pode ser realizado no contexto da FIV, antes da transferência dos embriões ao útero, durante o cultivo embrionário, uma vez que a implantação ocorre depois da transferência.
Durante o processo de cultivo e desenvolvimento dos embriões em laboratório, é possÃvel avaliar a espessura da zona pelúcida e com isso concluir se a zona pelúcida se encontra dentro da normalidade ou se está alterada, mais espessa que o esperado.
Caso o revestimento do embrião esteja normal, o uso do hatching não se faz necessário. O uso do hatching assistido visa promover melhor funcionamento e aumentar ainda mais as taxas de sucesso da FIV.
Se você quer saber um pouco mais sobre o hatching assistido, leia outro texto que fala sobre a técnica clicando aqui.
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