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Inseminação artificial heteróloga: o que é e como é feita?

por Dr. Augusto Bussab



"Quando se fala em tratamentos de reprodução assistida, muitas pessoas ainda confundem as técnicas e acreditam que inseminação artificial é a mesma coisa que fertilização in vitro (FIV). No entanto, são técnicas que diferem uma da outra em termos de complexidade, indicações, etapas de realização […]"
Inseminação artificial heteróloga: o que é e como é feita?

Quando se fala em tratamentos de reprodução assistida, muitas pessoas ainda confundem as técnicas e acreditam que inseminação artificial é a mesma coisa que fertilização in vitro (FIV). No entanto, são técnicas que diferem uma da outra em termos de complexidade, indicações, etapas de realização e até local da fecundação.

A inseminação artificial, que pode ser heteróloga ou homóloga — explicaremos o que isso significa, ao longo do post —, consiste na introdução de uma amostra de sêmen no útero da paciente para que os espermatozoides sigam até as tubas uterinas e o óvulo seja fertilizado in vivo, isto é, no corpo da mulher.

A FIV já é uma técnica mais complexa e que passa por várias etapas. Nesse caso, os óvulos e os espermatozoides são coletados e a fecundação é feita em laboratório. Depois de serem monitorados por alguns dias, os embriões, que começaram a se desenvolver em incubadora, são transferidos para o útero.

Neste post, vamos explicar o que é exatamente inseminação artificial heteróloga. Confira!

O que é inseminação artificial?

Inseminação artificial — cujo termo clínico mais correto é inseminação intrauterina (IIU) — é uma técnica de baixa complexidade da reprodução assistida. É assim classificada porque requer poucas intervenções no processo reprodutivo e a fecundação acontece nas tubas uterinas, assim como na concepção natural.

Nos tratamentos atuais, há poucas indicações para o uso de inseminação artificial, uma vez que os casos mais graves de infertilidade têm chances maiores de sucesso com a FIV. Por outro lado, as disfunções mais simples, como falhas de ovulação, podem ser solucionadas com a relação sexual programada — outra técnica de baixa complexidade —, desde que o casal não apresente alterações masculinas.

Contudo, quando bem indicada, a inseminação artificial pode alcançar bons resultados para o casal que não pode se reproduzir com os próprios gametas ou apresenta outros problemas reprodutivos de baixa gravidade. Sendo assim, é possível tentar a gravidez com essa técnica nas seguintes situações:

O que significa inseminação artificial heteróloga?

A técnica de inseminação artificial heteróloga permite que os casais inférteis cheguem à gravidez utilizando o material genético de um doador anônimo. Fica claro, então, que na inseminação homóloga, tanto os óvulos quanto o sêmen pertencem ao casal em tratamento, isto é, aos futuros pais da criança.

A doação de sêmen é uma possibilidade prevista pelas normas que regem os serviços de reprodução assistida e pode ser empregada tanto na inseminação artificial heteróloga quanto na FIV.

A doação de gametas traz novas chances para pessoas que sofrem com infertilidade e esterilidade, uma vez que os recursos científicos existentes podem ajudar na concretização do sonho de gravidez.

É oportuno distinguir a infertilidade da esterilidade. Na primeira condição, existe dificuldade de reprodução espontânea, mas o quadro é reversível com o tratamento correto. Com esterilidade, a pessoa definitivamente não pode ter filhos e sua situação biológica não pode ser revertida.

Na reprodução assistida, entretanto, há recursos importantes para pessoas inférteis e estéreis, os quais incluem doação de óvulos e sêmen, doação de embriões e útero de substituição.

Voltando à definição da inseminação artificial heteróloga, realiza-se essa técnica, portanto, quando o casal precisa realizar a fecundação com doação de sêmen. O material geralmente se encontra em um banco de esperma e o anonimato do doador é preservado.

Além dos tratamentos com inseminação artificial heteróloga e homóloga, existe a possibilidade de utilizar uma amostra bisseminal, isto é, o material fecundante masculino pertence a duas pessoas diferentes. Essa é uma alternativa quando há espermatozoides viáveis do companheiro da paciente, mas não em número suficiente para a inseminação intrauterina, sendo necessário misturá-los aos de um doador.

A inseminação artificial, heteróloga ou homóloga, é preferencialmente indicada para mulheres com idade inferior a 35 anos, com boa reserva ovariana e que tenha ao menos uma das tubas uterinas desobstruída.

Como a inseminação artificial é feita?

A inseminação artificial é realizada em três etapas: estimulação ovariana, preparo seminal e introdução do sêmen no útero.

A estimulação ovariana é feita com medicamentos que intensificam a função dos ovários, promovendo o desenvolvimento de vários folículos, com o objetivo de obter 2 ou 3 óvulos maduros. Vale dizer que, na ovulação natural, somente um óvulo é liberado por ciclo, enquanto na FIV, o protocolo é mais intenso visando à coleta do maior número possível de oócitos.

O crescimento dos folículos ovarianos é monitorado por ultrassons e dosagens hormonais, facilitando a previsão do dia da ovulação. Nesse dia, a amostra de sêmen é preparada em laboratório com métodos de capacitação espermática para identificar e selecionar os espermatozoides saudáveis, quanto aos aspectos de motilidade e morfologia.

A última etapa consiste na inseminação intrauterina propriamente. O procedimento é simples e indolor, realizado em consultório. Com a paciente em posição ginecológica, a amostra preparada de sêmen é introduzida em seu útero pelo canal vaginal, com o auxílio de uma cânula fina.

As taxas de sucesso da inseminação artificial heteróloga, assim como da inseminação homóloga, chegam a aproximadamente 20% em pacientes com menos de 35 anos. Idade materna avançada, obstrução tubária, entre outros fatores, reduzem as chances de êxito da IIU, sendo a FIV uma indicação mais promissora para esses casos.

Saiba mais um pouco sobre inseminação artificial tocando aqui para ler outro texto sobre o assunto!


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