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hCG e fertilidade: saiba mais sobre a relação

por Dr. Augusto Bussab



"Você sabe o que é hCG e qual a sua relação com a fertilidade? Para que a fecundação aconteça, é necessário que pelo menos um espermatozoide consiga penetrar no óvulo. Para isso, ele precisa ter motilidade e estrutura adequadas. A fertilização, por sua vez, pode […]"
hCG e fertilidade: saiba mais sobre a relação

Você sabe o que é hCG e qual a sua relação com a fertilidade? Para que a fecundação aconteça, é necessário que pelo menos um espermatozoide consiga penetrar no óvulo. Para isso, ele precisa ter motilidade e estrutura adequadas. A fertilização, por sua vez, pode acontecer nas 24 horas seguintes à ovulação.

No entanto, esse evento ocorre com o auxílio de certos hormônios, os quais possuem relação direta com a fertilidade, como: FSH, LH, estrogênio, progesterona e o hCG. Para conhecer melhor essa relação, continue conosco!

Como funciona o ciclo menstrual?

A cada ciclo menstrual, o corpo da mulher é preparado para uma possível gravidez. Também chamado de ciclo reprodutivo, inicia na puberdade e é divido em três fases. Veja a seguir o que acontece em cada uma:

Fase folicular

A fase folicular inicia no primeiro dia da menstruação e tem duração de 13 dias. Durante esse período, o hormônio folículo-estimulante (FSH), secretado pela hipófase, promove o recrutamento de vários folículos ovarianos, porém apenas um deles se desenvolve o suficiente e torna-se dominante.

O folículo em desenvolvimento passa a secretar estrogênio, hormônio que responde pelo preparo do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta.

Fase ovulatória

A fase ovulatória tem um evento principal: a ovulação. Nessa fase, ocorre um aumento da produção do hormônio luteinizante (LH), o qual será responsável pelo amadurecimento do óvulo. No meio do ciclo, ocorre um pico do FSH, estrogênio e LH, funcionando como uma espécie de gatilho para o rompimento do folículo e liberação do óvulo na ovulação. Essa fase, chamada ovulatória, geralmente ocorre no 14º dia do ciclo menstrual.

Fase lútea

Na fase lútea, o folículo que se rompeu para liberação do óvulo se transforma em o corpo-lúteo, uma glândula endócrina temporária cuja função é a produção de progesterona, hormônio que atua no preparo endometrial, tornando-o receptivo para receber o embrião.

Caso a fecundação ocorra, o óvulo fecundado se torna um embrião e, então, passa a produzir o hCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana), que manterá o corpo-lúteo e, assim, a produção de progesterona, que garante a manutenção da gravidez.

Por outro lado, se não houver fecundação, o corpo-lúteo se degenera e os níveis hormonais diminuem, provocando a descamação da camada basal do endométrio, a menstruação e o início de um novo ciclo.

Por que o teste de gravidez é o de hCG?

A liberação do hCG no organismo inicia quando o embrião se implanta no endométrio. É secretado pela células embrionárias que formarão posteriormente a placenta, quando seus níveis se tornam mais altos, permitindo a manutenção de um ambiente favorável para o desenvolvimento do feto.

Assim, a presença desse hormônio no organismo é um forte indicativo de gravidez, o que pode ser confirmado aproximadamente 15 dias após a ovulação, por teste de urina ou sangue. Vale ressaltar, no entanto, que os testes de farmácia não são tão eficazes quanto os exames realizados com o sangue da mulher.

Além disso, para confirmar a gravidez, posteriormente deve ser realizada a ultrassonografia transvaginal.

Pode-se dizer, portanto, que o hCG é um hormônio importante para a fertilidade, ao mesmo tempo que é um marcador da gravidez.

Como funciona o hCG na reprodução humana assistida?

O hCG é utilizado em todas as técnicas de reprodução assistida na etapa de estimulação ovariana e indução da ovulação.

A estimulação ovariana é um procedimento que utiliza medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento dos folículos e obter, assim, mais óvulos disponíveis para a fecundação. Apesar de ser aplicado em todas as técnicas, os protocolos utilizados são diferentes.

Na relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), técnicas de baixa complexidade, como a fecundação acontece de forma natural, nas tubas uterinas, as dosagens hormonais são mais baixas, para obter no máximo 3 óvulos maduros.

Já na fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade, como a fecundação é realizada em laboratório, as dosagens são mais altas, uma vez que o objetivo é obter uma quantidade maior de óvulos.

Em todas as técnicas, quando os folículos estão quase maduros, no tamanho ideal, critério apontado por exames de ultrassonografia transvaginal periódicos, uma injeção de hCG é aplicada, induzindo-os ao amadurecimento final e ovulação, que ocorre em aproximadamente 35 horas.

A diferença entre as técnicas está nas etapas posteriores à estimulação ovariana. Enquanto na RSP, após a administração do hCG, a relação sexual é programada, na IA os espermatozoides são inseridos por um cateter na cavidade uterina.

Na FIV, por outro lado, durante o período previsto para a ovulação, os folículos maduros são aspirados individualmente e os óvulos são extraídos em laboratório, quando são selecionados e preparados para a fecundação, que é a etapa seguinte da técnica.

Agora que você já sabe sobre a relação do hCG com a fertilidade feminina, toque aqui e aproveite para aprender como calcular o período fértil!


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