Quando uma mulher deseja engravidar, mas já não possui óvulos disponíveis para a fecundação, isso não significa o fim do sonho de ser mãe: hoje, existem diversas alternativas para tornar isso possível, e a doação de óvulos é uma delas.
Quer saber como funciona a doação de óvulos e entender quem pode ser doadora e receptora? Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
Qual é a importância da doação de óvulos?
Também conhecido como ovodoação, esse é um dos principais tratamentos de reprodução humana. Durante o procedimento, a mulher recebe em seu útero embriões formados a partir dos óvulos de uma doadora, que podem ser fecundados pelos espermatozoides do próprio parceiro ou também de um doador.
A doação é importante porque as mulheres, ao contrário dos homens, já nascem com todos os óvulos que terão durante toda a vida. Assim, os cerca de 400 mil óvulos existentes desde a primeira menstruação vão sendo liberados pelo corpo por meio de ovulações cíclicas. A velocidade dessa liberação varia de mulher para mulher, seguindo fatores individuais, ambientais e da idade da menarca.
Em geral, estima-se que a mulher libere cerca de 1000 óvulos por mês, limitando sua idade fértil em torno de 400 meses. Portanto, a idade aproximada da menopausa é 50 anos, mas isso pode variar de acordo com a reserva ovariana.
Como é feita a preparação para a doação e implantação de óvulos?
Tanto a receptora quanto a doadora de óvulos devem receber um tratamento específico no início do processo. A receptora recebe um tratamento para preparar o endométrio antes da transferência embrionária, enquanto a doadora passa por um processo farmacológico de indução da ovulação.
Após o estímulo da ovulação, realiza-se a aspiração dos folículos ovarianos, guiado por ultrassom transvaginal. Em seguida, com os óvulos já coletados, é feita a fecundação por meio da fertilização in vitro (FIV) convencional ou pela técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), formando o embrião que será implantado no útero da receptora.
Quem pode ser doadora de óvulos?
A doação é realizada por mulheres com até 35 anos, uma vez que seus óvulos estão mais novos e possuem menos chance de apresentar problemas de estrutura genética.
A doadora não pode ter histórico de doenças genéticas, psiquiátricas ou problemas de saúde que possam se agravar pela indução da ovulação. Por isso, é fundamental consultar um fertileuta de confiança.
A legislação atual no Brasil exige que a doação seja compartilhada. Isso significa que a doadora também deve estar em tratamento de reprodução assistida para fazer a doação. Não é permitida a doação de óvulos por mulheres que não necessitem de técnicas de reprodução assistida para alcançar a gravidez.
Quem pode receber os óvulos?
As receptoras são mulheres que desejam engravidar, mas não produzem óvulos ou enfrentam algum problema na hora da concepção. A doação também pode ajudar mulheres que tiveram falhas seguidas de tratamento ou abortos de repetição, ou ainda doenças genéticas de herança ligada ao óvulo.
No caso de casais homoafetivos masculinos, existe a possibilidade de utilizar um óvulo doado, a ser fecundado com esperma de um dos futuros pais ou do banco de sêmen.
Conseguimos esclarecer como funciona a doação de óvulos e todos os detalhes envolvidos nesse procedimento? Caso tenha restado alguma dúvida, deixe seu comentário aqui no post!
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Acho injusto uma mulher não poder receber óvulos doados por uma parenta ou amiga, mas só única e exclusivamente por mulheres q participaram de tratamento para engravidar e doaram óvulos.
Eu pensei q poderia aceitar óvulos de minha irmã ou de outra parente.
Olá, Dominga. Realmente a Conselho Federal de Medicina (CFM) tem regras sobre a doação de óvulos. Obrigado pela leitura.