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Como preservar a sua fertilidade?

por Dr. Augusto Bussab



"Homens e mulheres costumam ser afetados na mesma proporção pela infertilidade, mas muitas vezes o diagnóstico só é feito quando o casal tenta engravidar e não consegue, já que muitas patologias que levam à infertilidade são assintomáticas."
Como preservar a sua fertilidade?

A infertilidade é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde, que resulta de distúrbios e patologias que afetam o corpo, como desequilíbrio hormonal, ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), doenças genéticas e também pelo estilo de vida estressante que a maior parte das pessoas tem hoje.

Homens e mulheres costumam ser afetados na mesma proporção pela infertilidade, mas muitas vezes o diagnóstico só é feito quando o casal tenta engravidar e não consegue, já que muitas patologias que levam à infertilidade são assintomáticas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que de 10% a 15% dos casais em idade fértil no mundo tenham algum problema de infertilidade, portanto ela é considerada um problema de saúde pública.

A infertilidade masculina e a feminina são multifatoriais e podem ser desencadeada também por hábitos não saudáveis, como má alimentação, sedentarismo ou excesso de atividade física, distúrbios do sono e o consumo exagerado de álcool, tabaco e outras substâncias nocivas à saúde.

Além disso, muitas mulheres hoje optam por adiar a maternidade e encontram dificuldades em engravidar após os 35 anos, quando a capacidade reprodutiva feminina começa a decair naturalmente.

Cuidar da fertilidade é uma atitude preventiva que deve incluir mudanças do estilo de vida e o acompanhamento constante da saúde reprodutiva. Acompanhe a leitura do texto a seguir para saber como preservar sua fertilidade!

O que é infertilidade?

A OMS define infertilidade como a incapacidade de obter uma gestação e chegar ao parto, após um ano de tentativas sem o uso de qualquer método contraceptivo.

A infertilidade pode ser transitória, passível de reversão com o auxílio do tratamento da patologia que a causou, ou permanente, sendo solucionada somente por técnicas de reprodução assistida, principalmente a fertilização in vitro (FIV). A etiologia da infertilidade é bastante diversa.

Em homens, as principais causas estão relacionadas a problemas com a contagem de espermatozoides no líquido ejaculado e também com sua motilidade e anomalias morfológicas, obstruções no trajeto entre o epidídimo e a uretra.

Nas mulheres, a infertilidade costuma ser consequência de desequilíbrios hormonais que levam a doenças como SOP (síndrome dos ovários policísticos), miomas, pólipos, endometriose, adenomiose, entre outras patologias. Malformações nos órgãos do sistema reprodutivo, como útero didelfo ou septado, também podem prejudicar a fertilidade por provocarem problemas na nidação do embrião e na manutenção da gestação como um todo. Além disso, existe o problema da idade.

Como um estilo de vida inadequado pode prejudicar a fertilidade?

Hábitos de vida não saudáveis prejudicam o corpo de homens e mulheres como um todo, mas a saúde reprodutiva é especialmente afetada por eles. Entre os hábitos mais nocivos à fertilidade estão o tabagismo, o consumo de álcool, má alimentação, não ter sono adequado e sedentarismo ou excesso de atividade física.

A prática sexual sem a utilização de preservativos também pode levar à infertilidade, uma vez que certas ISTs podem provocá-la.

Sedentarismo e alimentação inadequada

Nesse caso, tanto a desnutrição quanto a obesidade são problemas que interferem no metabolismo dos hormônios sexuais, especialmente a disponibilidade de testosterona e estradiol.

A obesidade, porém, é também um fator de risco severo, já que pode desencadear a SOP, que atinge até 70% das mulheres obesas. A SOP interfere no metabolismo da testosterona e leva à anovulação.

As alterações na testosterona também são visíveis em homens obesos, que apresentam alterações na quantidade e qualidade dos espermatozoides.

Excesso de atividade física

A prática de exercícios físicos tem o potencial de estimular a secreção de hormônios, como serotonina, dopamina e adrenalina, que são benéficos ao corpo, quando praticados de forma moderada. Porém, quando em excesso, há um aumento no estresse oxidativo das células, que eleva a liberação de radicais livres, e a degeneração celular é também acelerada.

Esse processo atinge também o sistema reprodutivo e, em homens, pode diminuir a concentração espermática, a capacidade de se moverem e a morfologia dos espermatozoides. Nas mulheres, as consequências incluem alterações na função do hipotálamo, que culmina em alterações menstruais e ovulatórias.

Distúrbios do sono

Aproximadamente 18% da população brasileira sofre de distúrbios relacionados ao sono. A melatonina, conhecido hormônio do sono, é também um neuro-hormônio do eixo hipotálamo-hipofisário e sua desregulação pode interferir no equilíbrio dos hormônios sexuais produzidos no mesmo local.

Tabagismo, álcool e outras drogas

Algumas substâncias, como o álcool e o cigarro, podem influenciar o ciclo reprodutivo e a função sexual de homens e mulheres, provocando inclusive impotência sexual.

Sexo sem a utilização de preservativo

É comprovado que algumas ISTs, principalmente aquelas provocadas pelas bactérias Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, respectivamente clamídia e gonorreia, podem causar infertilidade, especialmente se não tratadas adequadamente.

As cicatrizes deixadas por essas doenças afetam as tubas uterinas e provocam obstruções que impedem tanto a chegada do óvulo ao útero quanto o encontro entre óvulo e espermatozoide, que costuma acontecer nessa região do aparelho reprodutivo feminino.

Dicas para preservar a fertilidade em homens e mulheres

A primeira dica para a preservação da fertilidade em homens e mulheres é válida também para melhorar a qualidade de vida como um todo. Manter uma boa alimentação, evitando o consumo de alimentos super processados, que contêm conservantes e outras substâncias químicas que podem afetar a dinâmica hormonal do corpo, é tão fundamental quanto a boa prática de atividade física.

Enquanto a falta de atividade física pode levar ao sobrepeso e obesidade, fatores de risco para infertilidade em homens e mulheres, o excesso de atividade física também interfere no sistema endócrino, especialmente no metabolismo da testosterona, podendo inibir a ovulação e a espermatogênese.

No mesmo sentido, a manutenção de uma rotina de sono regular, respeitando as 8h diárias recomendadas, pode assegurar a saúde do corpo como um todo e especialmente a saúde reprodutiva.

Apesar de altamente sinalizado inclusive nas embalagens de cigarro, nunca é demais aconselhar àqueles que fumam e consomem bebidas alcoólicas em excesso que revejam seus hábitos e procurem tratamento para a compulsão, caso seja necessário.

O mesmo vale para as relações sexuais desprotegidas. O uso de preservativos de barreira física (camisinhas masculina e feminina) é a única forma de impedir com segurança a contaminação por ISTs e as consequências decorrentes dessas infecções.

Além disso, em casos específicos, é possível fazer a preservação social da fertilidade que consiste na coleta de gametas (óvulos e espermatozoides) e sua posterior criopreservação (por congelamento).

Normalmente pessoas que vão iniciar tratamentos oncológicos, assim como mulheres que desejam adiar a maternidade e casais com história familiar de doenças genéticas, podem recorrer a essa possibilidade sem maiores restrições.

Consultas

Também devem ser regulares as consultas ao ginecologista e urologista, que acompanham a saúde reprodutiva e facilitam o diagnóstico e tratamento precoce para doenças muitas vezes assintomáticas, que normalmente só são percebidas pelo exame clínico e exames laboratoriais e de imagem.

Reprodução assistida

As dicas para preservação da fertilidade valem também para potencializar os resultados da reprodução assistida, quando não é mais possível gestar. Especialmente aconselhada para mulheres com mais de 35 anos, que demonstram dificuldades em engravidar ou na manutenção da gestação, a reprodução assistida é muito importante.

Em algumas técnicas, como a FIV, é possível ainda promover teste genético pré-implantacional (PGT), que rastreia os embriões produzidos em laboratório em busca de problemas genéticos que possam prejudicar a gestação e a vida do bebê após o parto.

Colabore para a difusão do conhecimento e da conscientização sobre as condições de exposição dos indivíduos à infertilidade compartilhando esse texto nas suas redes sociais!


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