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Beta hCG: por que esse exame identifica a gravidez?

por Dr. Augusto Bussab



"O exame Beta hCG, gonadotrofina coriônica humana ou teste imunológico da gravidez, é usado no diagnóstico e acompanhamento da gestação normal."
Beta hCG: por que esse exame identifica a gravidez?

Embora hoje muitos casais escolham não ter filhos, a maioria ainda tem esse desejo. Um percentual expressivo dos que alimentam a intenção de ter um bebê, entretanto, sofre com a infertilidade, um problema de saúde mundial, que desde a década de 1970 conta com um reforço essencial: as técnicas de reprodução assistida (TRA). O Beta HCG, além de identificar a gravidez, também é importante nesse contexto.

O exame Beta hCG, gonadotrofina coriônica humana ou teste imunológico da gravidez é usado no diagnóstico e acompanhamento da gestação normal, gravidez ectópica e de tumores germinativos (ovarianos e testiculares).

Neste post, vou explicar sobre o hCG e a função que esse hormônio exerce no organismo, como é feito o exame e quais os índices de confiabilidade.

O que é o hCG e qual a sua função?

A gonadotrofina coriônica humana (hCG), também conhecida como ‘hormônio da gravidez’, tem um papel importante na reprodução. Ela é fundamental para o estabelecimento e manutenção da gravidez, por meio da placentação (formação da placenta) e desenvolvimento embrionário precoce.

Além disso, o hCG tem sido usado em protocolos de reprodução assistida para mimetizar a erupção endógena do hormônio luteinizante (LH) – a elevação dos níveis de LH desencadeia a ovulação durante a fase folicular –, para induzir a maturação do folículo final e do óvulo, ou seja, a ovulação.

Contribui, ainda, para aumentar a receptividade endometrial ou mesmo determinar o sucesso obtido com a transferência de embriões.

O hCG é produzido pelo trofoblasto, conjunto de células do embrião que dá origem à placenta. Após seis dias de fecundação, o embrião, em formação, se aloja na parede uterina, momento em que o hCG pode ser detectado por exames.

De acordo com o desenvolvimento da placenta e do embrião, uma quantidade maior de hCG é produzida e lançada na corrente sanguínea. Nas primeiras semanas os níveis dobram a cada 2 ou 3 dias.

Nos 30 dias iniciais, o ritmo de elevação da gonadotrofina também irá determinar a evolução gestacional. Uma baixa elevação, por exemplo, pode indicar problemas no desenvolvimento fetal, ou mesmo uma gravidez ectópica.

Como o Beta hCG é realizado?

O hCG é um hormônio composto por duas moléculas, chamadas subunidade alfa (ou fração alfa) e subunidade beta (ou fração beta). A primeira é estruturalmente semelhante a vários outros hormônios, como o folículo-estimulante (FSH) ou o hormônio luteinizante (LH).

A segunda, no entanto, é única, não existindo em mais nenhum outro. Para evitar a reação cruzada com outros hormônios e a ocorrência de falsos positivos, os laboratórios pesquisam apenas a fração beta.

Produzido pelo feto, o hCG passa para a circulação sanguínea da mãe e é filtrado pelos rins, sendo parte dele eliminado pela urina. Por isso, pode ser dosado tanto pelo sangue, quanto pela urina. Existem duas formas para avaliar a presença da gonadotrofina coriônica humana: Beta hCG qualitativo e Beta hCG quantitativo.

O Beta hCG qualitativo não fornece valores, apenas revela se há ou não quantidades relevantes do hormônio no sangue na mãe. É o formato dos testes de gravidez de farmácia que usam a urina como fonte de pesquisa.

Já o Beta hCG quantitativo é usado pelos exames de sangue. Nesse formato, o resultado é fornecido em valores, geralmente em mili unidades internacionais por mililitro (mUI/ml). A maioria dos laboratórios considera haver gravidez quando os valores estão acima de 25 mUI/ml.

Para classificar os níveis de Beta hCG são usados os seguintes valores de referência:

  • Beta hCG abaixo de 5 mIU/ml: resultado negativo, não havendo gravidez em curso;
  • Beta hCG entre 5 e 25 mIU/ml: resultado indefinido, geralmente indicando inexistência de gravidez em curso ou gestação muito recente, quando ainda não houve tempo de o hCG ser produzido em quantidades suficientes para ser detectado no sangue. A recomendação é de que o exame seja repetido após três dias;
  • Beta hCG acima de 25 mIU/ml: resultado positivo, indicando gravidez em curso.

Qual o percentual de confiabilidade do Beta hCG?

Atualmente, os testes de hCG de urina (comprados em farmácias) podem revelar resultados positivos no terceiro ou quarto dia após a implantação, com uma margem de erro mínima. Ou seja, após mais ou menos dez dias de atraso em relação à última menstruação, caso a mulher esteja grávida, o resultado será 98% positivo.

Da mesma forma, se for negativo, é praticamente garantido que não exista gravidez. Porém, os resultados do teste de hCG falso-negativos geralmente envolvem a dosagem por urina. As razões para esse resultado podem incluir desde a concentração de hCG abaixo do limite de sensibilidade do teste utilizado, ao erro de cálculo sobre o atraso, ou mesmo perda de gravidez precoce. A ovulação atrasada ou a implantação tardia também podem provocar baixas concentrações de hCG no momento do teste e, portanto, um resultado falso-negativo.

Por isso, é sempre aconselhado que seja realizado o Beta hCG sanguíneo como forma de confirmar o teste de urina, principalmente se algum outro sintoma sugerir a possibilidade de gravidez.

O exame Beta hCG sanguíneo é o método diagnóstico de gravidez considerado de maior precisão. Quando realizado na época certa e interpretado corretamente, ele apresenta uma taxa de acerto de praticamente 100%.

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