Dr. Augusto Bussab | Reprodução Humana | WhatsApp
Ebook SOP Baixe agora o e-book sobre Síndrome dos Ovários Policísticos e entenda tudo sobre essa doença! Clique Aqui!
Ficou com alguma dúvida? Agende sua consulta agora! Clique Aqui!

A infertilidade pode estar relacionada à adenomiose uterina?

por Dr. Augusto Bussab



"Muitos casais desejam engravidar, mas nem todos conseguem. Quando isso ocorre, a ajuda médica é essencial. O especialista em reprodução humana é o profissional indicado para ajudar o casal com a infertilidade conjugal e sugerir o tratamento necessário. A primeira etapa do acompanhamento é a […]"
A infertilidade pode estar relacionada à adenomiose uterina?

Muitos casais desejam engravidar, mas nem todos conseguem. Quando isso ocorre, a ajuda médica é essencial. O especialista em reprodução humana é o profissional indicado para ajudar o casal com a infertilidade conjugal e sugerir o tratamento necessário.

A primeira etapa do acompanhamento é a investigação da infertilidade, que tem início na entrevista realizada na primeira consulta e no exame físico detalhado. Depois disso, o médico solicita exames de sangue e laboratoriais para identificar as possíveis causas.

No caso das mulheres, são solicitados diferentes exames de imagem (ultrassonografia transvaginal, vídeo-histeroscopia, histerossalpingografia) que possam identificar malformações ou alterações na cavidade e nas tubas uterinas.

Neste post, vamos falar sobre uma dessas anomalias: a adenomiose uterina. Confira!

O que é adenomiose uterina?

Primeiro, é importante entender como os tecidos que formam a parede do útero são formados. A camada interna, mucosa que reveste o interior do útero, é o endométrio, onde o embrião se implanta para que a gestação se desenvolva. A intermediária é o miométrio, camada muscular que reveste o órgão. Já a parte externa é a serosa, que separa o útero dos outros órgãos da cavidade abdominal.

A adenomiose uterina é a condição na qual o tecido endometrial se desenvolve dentro do miométrio, incluindo as glândulas endometriais. Ela pode variar de pequenos pontos de crescimento glandular até extensas infiltrações nas paredes uterinas. É mais comum em mulheres entre 35 e 50 anos.

Qual a relação entre adenomiose uterina e infertilidade?

A adenomiose uterina pode ser uma das causas da infertilidade. O corpo entende a anomalia como uma lesão à parede do útero e desencadeia um processo de cicatrização, que aumenta a liberação de estradiol e prostaglandina. Como consequência, a progesterona (hormônio que está envolvido com o desenvolvimento do útero e a implantação do embrião) diminui.

A prostaglandina também aumenta a contratilidade do útero, o que pode acarretar abortos espontâneos. Além disso, a ação imune do corpo e a resposta inflamatória ficam exacerbadas, o que contribui para a falha de implantação e abortamentos.

Quais as suas causas?

As razões da adenomiose não são claramente compreendidas. Sabe-se que seu desenvolvimento depende da presença do estrogênio, por isso é comum que ela esteja presente com outras doenças que dependam desse hormônio (endometriose, miomas, pólipos, entre outras).

No entanto, algumas teorias defendem que as causas podem estar relacionadas a:

  • trauma uterino, que leva ao rompimento da barreira entre as camadas;
  • influência do uso de hormônios exógenos;
  • formação irregular do útero.

Como é feito o diagnóstico?

A descoberta da adenomiose pode demorar para acontecer, pois, em grande parte dos casos, a alteração não provoca sintomas. Quando presentes, os sinais incluem cólicas uterinas fortes, crescimento do volume do útero e aumento do fluxo menstrual, com presença de coágulos.

O diagnóstico é feito com base na entrevista e nos resultados da ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética e exame anatomopatológico para confirmação da doença (retirada de uma parte de tecido para análise).

Como é realizado o tratamento?

O tratamento depende da extensão da adenomiose no útero da mulher. Em casos extremos, a retirada do órgão é o indicado. Porém, quando a patologia está em grau leve, podem ser utilizados medicamentos anti-inflamatórios para a diminuição dos sintomas e da inflamação local, pílulas anticoncepcionais para controle da liberação hormonal e pequenas cirurgias locais.

A retirada do útero ocorre por meio da cirurgia de histerectomia, que pode ser parcial ou total, conforme a extensão da doença. O procedimento pode ser feito por meio da técnica vaginal, abdominal ou laparoscópica (cirurgia por vídeo feita com pequenas incisões no abdome).

O diagnóstico de adenomiose uterina exige acompanhamento por médico especialista, principalmente para as mulheres que desejam engravidar. Portanto, não deixe de fazer consultas periodicamente e seguir o tratamento indicado.

Gostou deste post? Então aproveite para seguir nossas páginas no Facebook e Instagram!


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Pr¨®xima leitura
Mórula, embrião e blastocisto: qual é a relação?

A gravidez é um processo complexo, que envolve diferentes elementos, por isso é comum várias dúvidas surgirem durante a tentativa de engravidar. Termos como gônadas, gametas, embrião, mórula, blastocisto, fecundação, nidação e eclosão, por exemplo, são frequentemente utilizados em referência ao processo, por profissionais de […]

Ler mais...