A fertilização in vitro (FIV) é uma das técnicas de reprodução assistida mais utilizadas em todo o mundo, atingindo uma taxa de sucesso média de 45% em um único ciclo de tratamento.
Contudo, a realização da FIV pode ocorrer de duas formas diferentes. Existem, atualmente, a FIV clássica e a FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Cada uma dessas formas tem indicações e resultados especÃficos, embora ambas possam alcançar as mesmas taxas de sucesso.
Quer entender a diferença entre a FIV clássica e a por ICSI? É só continuar lendo o nosso post!
1. O que é a fertilização in vitro
A FIV é uma técnica que promove a fecundação do óvulo pelo espermatozoide dentro do laboratório e é realizada por etapas:
Estimulação ovariana
Como o organismo feminino libera um único óvulo por ciclo menstrual, é necessário utilizar medicamentos hormonais para aumentar essa produção até o momento da coleta. Esse processo de estimulação dura alguns dias e é acompanhado minuciosamente pelo médico por ultrassons em série.
Coleta dos gametas
Os espermatozoides geralmente são coletados por masturbação pouco antes da realização da fecundação, mas, em alguns casos especÃficos, como em homens que realizaram vasectomia, é necessário realizar uma punção testicular. Já a coleta dos óvulos demanda a realização de um pequeno procedimento cirúrgico sob sedação profunda, no qual os óvulos são retirados diretamente do ovário com o auxÃlio de uma agulha bem fina na sonda do ultrassom.
Fecundação
Na FIV clássica, os óvulos e os espermatozoides são colocados juntos em uma placa de Petri, e a fecundação ocorre pela própria movimentação e permeabilidade das células. Dessa forma, qualquer espermatozoide pode fecundar qualquer óvulo e dar origem a um embrião, mas alterações nos gametas podem fazer com que esse encontro não seja bem-sucedido.
Transferência do embrião
Após a fecundação, as células do zigoto começam a se multiplicar e em alguns dias já é possÃvel transferir o embrião ao útero da mulher para que a gravidez tenha continuidade. A transferência é um procedimento simples e indolor realizado com a colocação de um pequeno cateter pela vagina para a passagem dos embriões até o útero.
2. O que é a FIV por ICSI
A FIV por ICSI é uma técnica mais recente, na qual um espermatozoide é selecionado e injetado diretamente dentro do óvulo. Isso significa que as etapas são idênticas à da FIV clássica, com exceção do momento da fecundação dentro do laboratório.
Na ICSI, os espermatozoides são criteriosamente selecionados, de acordo com sua morfologia e função para que só as células mais saudáveis sejam utilizadas. O processo de injeção é feito com o uso de um microscópio especial e uma agulha mais fina que um fio de cabelo, que penetra a parede do óvulo e libera o espermatozoide no citoplasma.
3. As vantagens da FIV por ICSI
A grande vantagem da ICSI é garantir um maior controle sobre a FIV e permitir que a fecundação ocorra mesmo quando o espermatozoide não é capaz de penetrar o óvulo de forma natural.
Dessa forma, a ICSI faz com que a chance de fecundação não seja menor quando há pequenas alterações na capacidade de movimentação ou no número de espermatozoides produzidos pelo homem ou quando a zona pelúcida dos óvulos já se encontra mais rÃgida e resistente à fecundação devido à idade da mulher.
Fatores como esses podem impedir a fecundação na FIV clássica, reduzindo a chance de sucesso de todo o processo, mas não são empecilho para a ICSI.
4. Para quem a FIV com ICSI é indicada
A FIV com ICSI geralmente é indicada para:
- casais nos quais a mulher tem mais de 40 anos;
- casais nos quais o homem apresenta alterações de motilidade, forma ou quantidade dos espermatozoides no espermograma;
- casais com amostra de sêmen limitada (uso de amostras congeladas, ejaculação retrógrada, vasectomia prévia, história de quimioterapia ou radioterapia);
- casais com baixo número de óvulos após a coleta;
- casais que não obtiveram sucesso com a FIV clássica.
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